A Lista Nielsen PublishNews deste mês, referente ao período de 19 de maio a 15 de junho, trouxe novamente quatro novidades, todas em Não Ficção. Na apuração focada nos autores nacionais mais vendidos em livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento no país, o destaque vai para Eu só existo no olhar do outro? (Paidós), obra dos psicanalistas Ana Suy e Christian Dunker. O livro – que já havia estreado na lista de mais vendidos do PN há duas semanas – garantiu a 8ª posição na categoria. Na obra, Ana e Christian se reúnem para conversar e refletir sobre o amor e a condição humana da existência. Em um papo descontraído e partindo da provocação que nomeia o livro, esta edição apresenta as reflexões que transitam por temas como amor e identidade, luto e alteridade, psicanálise e literatura. Entre referências a grandes nomes da psicanálise e cenas curiosas do cotidiano, Ana e Christian mesclam experiências e conhecimentos em um exercício prático de comunicação ativa, construindo uma narrativa que evidencia a potência do encontro e da fala. A segunda estreia é do padre Marcelo Rossi com o livro Batismo no Espírito (Planeta), que visa ajudar quem padece de alguma condição mental. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O Governo de São Paulo anunciou o júri da 18ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura. Responsáveis por avaliar as obras inscritas nas categorias Melhor Romance do Ano de 2024 e Melhor Romance de Estreia do Ano de 2024, os jurados são: Andressa Veronesi, Antonio Carlos Sartini, Chris Ritchie, Diana Navas, Elaine Cristina Prado dos Santos, Felipe Franco Munhoz, Guilherme Sobota, Marcelo Ariel, Roberta Ferraz e Rogério Pereira. As inscrições para a 18ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura estão abertas até o dia 18 de julho e devem ser feitas exclusivamente pelo site. A premiação contempla duas categorias: Melhor Romance do Ano de 2024 e Melhor Romance de Estreia do Ano de 2024, com R$ 200 mil destinados a cada vencedor. Dúvidas podem ser encaminhadas para o e-mail premiosaopaulodeliteratura@sp.gov.br. Em 2024, Luciany Aparecida e Eliane Marques foram as vencedoras do prêmio. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Para celebrar o ano em que o Rio de Janeiro recebe o título de Capital Mundial do Livro, a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (Sececrj) lançou o pacote de fomento Literatura do Rio ao RJ, composto por quatro editais. A iniciativa garante investimento de mais de R$ 10 milhões, distribuídos em 237 vagas. As inscrições ficam abertas de hoje (25) até às 18h do dia 25 de julho. O pacote será dividido entre as seguintes chamadas públicas: "Feiras Literárias e Projetos Literários de Formação", "Produção Literária e Projetos Artísticos", "Manutenção de Espaços Literários" e "Contação de Histórias". Todas as informações foram publicadas no Diário Oficial da segunda-feira (23). “Pensamos em editais de linhas diversas, para premiar diferentes formas de fazer a literatura e levar o recurso para feiras, espaços e projetos em todas as regiões. Aqui no Governo do Estado, nós temos atuado para ampliar o acesso à cultura de forma democrática, chegando a todos os territórios, não só na capital, mas também no interior. O título de 'Capital Mundial do Livro' corrobora a força criativa que o nosso povo carrega - declarou a Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro”, comenta Danielle Barros, Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa. As inscrições devem ser feitas de forma online. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Editora Manole abriu uma vaga para representante de vendas para atuar em Belo Horizonte. As atribuições da caga incluem realização de visitas comerciais frequentes a clientes ativos e potenciais; fortalecimento do relacionamento com a carteira atual, identificando oportunidades de aumento de volume e novos pontos de atuação; prospecção e captação de novos clientes; negociações comerciais; elaboração e apresentação de relatórios periódicos de visitas, contendo informações sobre clientes, produtos, demandas identificadas e demais dados relevantes para a editora. É necessário experiência comprovada na área comercial, obrigatoriamente no mercado editorial, e viver na cidade de Belo Horizonte (MG), com profundo conhecimento da região. A vaga é PJ e interessados devem encaminhar currículos para rh@manole.com.br com o assunto: "Vaga vendas BH" até 30 de junho.

A Livraria Leitura de Volta Redonda (RJ) está à procura de um gerente. É preciso ter experiência mínima de dois anos no varejo; desejável conhecimento em livraria, papelaria e informática; ensino Superior Completo; e disponibilidade para atuar em horário de shopping. As responsabilidades incluem planejar e gerenciar a loja como um todo; intermediar as relações entre gestores e funcionários; manter preços atualizados e garantir boas margens de lucro; identificar novos produtos e promover ações para itens sem giro; garantir o abastecimento adequado da loja; elaborar, solicitar e analisar relatórios estratégicos; propor melhorias contínuas na gestão e no atendimento; e avaliar sugestões dos clientes e desenvolver ações para melhoria. Interessados devem encaminhar currículos para curriculo@leitura.com.br.

A Seiva realiza nesta quinta-feira (26), às 19h, um encontro aberto online com o fundador e CEO da Companhia das Letras Luiz Schwarcz. Neste encontro inédito, ele compartilha sua visão sobre o papel de um editor: discreto, sensível e fundamental na vida de um livro. Para além dos bastidores editoriais, essa conversa aberta propõe um mergulho no universo da leitura e da escrita como formas de escuta, presença e memória. A conversa será mediada por Mariana Figueiredo, diretora de marketing da Companhia das Letras. A partir do seu livro recém-lançado, O primeiro leitor (Companhia das Letras), Schwarcz combina nesse encontro aberto memórias pessoais com reflexões sobre sua trajetória como editor. Relembra também encontros marcantes com autores como Rubem Fonseca, Susan Sontag, José Saramago e Jô Soares, e presta homenagem àqueles que influenciaram profundamente seu trabalho. A transmissão será feita pelo Zoom e é preciso se inscrever clicando aqui. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Radar de Licitações, seção fixa do PublishNews+, traz mais dois editais. O primeiro deles visa a contratação de empresa(s) para aquisição de livros, jogos e brinquedos pedagógicos para escolas da Educação Infantil. A licitação tem valor superior a R$ 1,5 milhão. A disputa está marcada para o dia 4 de julho. Já o segundo edital é para a aquisição de livros didáticos para a educação infantil. O pregão está marcado para o dia 8 de julho e o valor supera R$ 600 mil. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

O PublishNews publica regularmente a Área Indie, espaço publieditorial que reúne informações sobre livros lançados de forma independente ou autopublicados. Para saber como participar da seção, escreva para o comercial no e-mail comercial@publishnews.com.br. Essa semana temos três novidades. A primeira é Guia essencial das criptomoedas, que oferece uma introdução clara e prática ao universo das criptomoedas e da tecnologia blockchain. Voltado tanto para iniciantes quanto para entusiastas, o livro explora conceitos fundamentais como Bitcoin, Ethereum, NFTs, contratos inteligentes e a segurança no mercado de criptoativos. Já Ser-tão Rosa, de Rosa Alves, desafia categorias tradicionais e propõe uma leitura sensível e original que mistura elementos de dicionário afetivo com histórias em quadrinhos. E o título Não é esquisitice. É autismo! é uma interessante obra para todos os profissionais da educação que desejam compreender e praticar, de forma efetiva, a inclusão escolar. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Na próxima quinta (3/07), a partir das 19h, a livraria Bibla (Praça Professora Emília Barbosa Lima, 58 - Vila Madalena, São Paulo / SP) recebe a mesa de debate Poesia no romance, romance na poesia, que reúne Ana Rüsche, cujo seu romance mais recente, Carga viva, conta com um protagonista que é poeta; e Júlia de Carvalho Hansen com seu recém-lançado Ano passado, um livro de poesia que trata de prosa. Para conversar sobre as relações ambivalentes e interligadas entre a prosa e o poema, as autoras conversam sob mediação de Roberto Zular, professor de Teoria Literária e Comparada da Universidade de São Paulo. Ana é escritora e pesquisadora. Seus últimos livros são o romance Carga viva (Rocco) e o livro de crítica Quimeras do agora: Literatura, ecologia e imaginação política no Antropoceno (Bandeirola). Júlia é poeta, astróloga e professora. Seu último livro de poesia é Ano passado (Nós). Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Parte de um imenso legado literário, a obra A educação dos sentidos (Paidós, 144 pp, R$ 54,90), do escritor e psicanalista brasileiro Rubem Alves, ganha nova edição. Autor com mais de 400 mil exemplares vendidos, o livro retorna ao mercado com projeto gráfico repaginado e conteúdo revisto. Importante nome nas áreas de educação, teologia e psicanálise, o autor é um dos pensadores contemporâneos mais celebrados. Em A educação dos sentidos, Rubem Alves convoca leitores e leitoras a redescobrirem a educação como forma de arte, como um caminho sensível e poético para aprender a ver, ouvir, sentir e, acima de tudo, encantar-se com o mundo. Em cada crônica, o autor indica que ensinar não é apenas transmitir conhecimento, mas também abrir portas para o prazer da descoberta, tornando os sentidos instrumentos de amor e admiração pela vida. Com delicadeza e perspicácia, Alves desafia os modelos rígidos de ensino e propõe um olhar mais livre e amplo, em que a educação não se limita a fórmulas e regras, mas se expande em imaginação, brincadeira e beleza.

Neste ensaio A paixão pela mentira (Todavia, 224 pp, R$ 94,90), Paulo Schiller traça paralelos entre o que tem escutado em seu consultório e a ascensão de um certo encanto por regimes autocráticos no Brasil e no mundo. Com o olhar de sua experiência de 40 anos de clínica, Schiller busca as relações entre as histórias familiares e as escolhas ideológicas. Além disso, analisa os efeitos no contexto social e político do crescimento do consumo de medicamentos psiquiátricos. Paulo Schiller nasceu em São Paulo. Ele diz que deixou de pensar algo que dizia com frequência quando era mais jovem: de que havia visto de tudo na clínica. "Mais dia, menos dia, vou escutar um relato insólito que parecerá produzido pelo mais original e insensato dos autores de ficção." Paulo Chiller é psicanalista, médico e tradutor, conhecido por verter do húngaro escritores como Sándor Márai e Imre Kertész, entre outros.

Teorias de direitos fundamentais baseadas em premissas liberais oferecem parâmetros adequados para a promoção da inclusão de todos os grupos sociais? Elas fornecem elementos suficientes para o alcance dos propósitos emancipatórios do nosso texto constitucional? Práticas discriminatórias causam apenas restrições de liberdades e perdas materiais ou elas também comprometem a integridade psicológica dos seres humanos? O princípio da dignidade deve ser interpretado apenas como um preceito que se materializa quando os indivíduos encontram meios para agir autonomamente ou sua realização depende também da proteção contra processos que operam como estressores psicológicos permanentes? Escrita por Adilson José Moreira, Por que os seres humanos sofrem? (Autêntica, 480 pp, R$ 94,90), parte do pressuposto de que violações de direitos fundamentais não são apenas mecanismos que restringem espaços de ação individual ou o acesso a condições mínimas de existência digna. Elas são fatores que desestabilizam psicologicamente os seres humanos, comprometendo o desenvolvimento da agência individual, ponto de partida para o autorreconhecimento das pessoas como atores sociais competentes.

Em As mulheres estão com raiva (Cultrix, 320 pp, R$ 64,90 – Trad.: Martha Malvezzi Leal) Jennifer Cox aponta que quadros de depressão, fadiga crônica, fibromialgia e doenças autoimunes estão nas bases da construção da feminilidade desde o berço. Ela ainda traz dados em que mostra o que as mulheres sofrem em cada etapa da vida: Meninas enfrentam as normas sociais – pelas roupas, brinquedos e tudo mais; garotas são vistas como objetos sexuais e criticadas por causa do corpo; mulheres, por conta da maternidade e as expectativas de carreira; e as idosas quando os médicos e profissionais de saúde costumam ignorar suas queixas. As mulheres estão com raiva busca mostrar como a raiva feminina é sistematicamente abafada pela cultura patriarcal, que muitas vezes promove a ideia de que devem ser gentis, pacifistas e compreensivas, e explora como essa repressão impacta negativamente o bem-estar emocional, psicológico e físico das mulheres. Jennifer argumenta que a raiva é uma emoção humana normal e válida, essencial para a proteção de direitos e para a expressão de muitas necessidades, e questiona mitos que associam a raiva exclusivamente a comportamentos destrutivos.

Com seus artigos na Folha de S.Paulo e as tiradas ferinas no programa Linhas Cruzadas, na TV Cultura, Luíz Felipe Pondé conquistou uma legião de seguidores. Para ele, fica mais fácil entender as complexidades do mundo atual a partir da ótica dos grandes pensadores. De Descartes, Pascal e Hume a Hobbes e Rousseau; de Montesquieu, Kant, Popper e Tocqueville a Nietzsche, Camus e Sartre, para citar apenas alguns. Em O agente provocador (nVersos, 280 pp, R$ 69), escrito em formato de entrevista entre os autores, além de temas como política, imprensa, censura, religião e redes sociais, o professor Pondé aborda a literatura e faz uma seleção de títulos como sugestão de leitura complementar, para entender todos os assuntos trazidos por ele. O agente provocador surge para combater a nova forma de censura "líquida" que brota de toda parte: do politicamente correto ao "cala a boca" jurídico, o livro dedica uma boa parte a essa catástrofe da inteligência pública levada a cabo pelos seus próprios agentes.