Chantal Restivo-Alessi é hoje um dos nomes mais influentes do mercado editorial internacional e presença constante em feiras e eventos literários ao redor do mundo. Diretora Digital e CEO de Línguas Estrangeiras Internacionais da HarperCollins Publishers, ela lidera a estratégia global da empresa, gerenciando relacionamentos comerciais e supervisionando o programa de publicação em diferentes países, inclusive o Brasil. A executiva é uma das convidadas da segunda edição do Rio International Publishers Summit 2025, evento promovido pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) nas vésperas da próxima Bienal do Livro Rio. A programação do Summit abordará ainda temas como inteligência artificial, mecanismos de incentivo à leitura e a importância da liderança feminina no setor. A agenda completa e as inscrições podem ser feitas clicando aqui. Em entrevista ao PublishNews, Restivo-Alessi compartilha suas visões sobre o mercado brasileiro (que conta com uma “oportunidade saudável de crescimento”), sobre a expansão dos modelos de negócios digitais e sobre a importância de atrair jovens leitores para o livro. Com mais de 25 anos de experiência em gestão de empresas internacionais, a executiva afirma que, mesmo nos tempos incertos em que vivemos, é preciso que a indústria editorial se mantenha “firme nos princípios de servir aos autores e fazer com que consumidores tenham disponíveis tantas vozes quanto possível”. Clique no Leia mais para ler a entrevista na íntegra.

O Sesc PR está com seleção de livrarias e distribuidoras de livros aberta até o dia 2 de julho, tendo como objetivo a promoção da Semana Literária Sesc e Feira do Livro, que em 2025 chega a sua 44ª edição e ocorre entre 13 e 17 de agosto, no Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999 – Curitiba / PR). O evento tem como público os responsáveis pela mediação entre leitores e livros, conhecedores dos catálogos das editoras, aqueles que compreendem os interesses do público que ajudam a manter a diversidade e a circular a produção literária e distribuidores de livros são personagens imprescindíveis para a realização dos eventos literários do Sesc PR. O evento ocorre simultaneamente em 27 cidades paranaenses e terá Dalton Trevisan como autor homenageado. Até o começo de julho, livrarias e distribuidoras de livros sediadas em território nacional podem se inscrever gratuitamente. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Vencedora do Prêmio Skeelo – Inovação do Ano no Prêmio PublishNews 2025, a Bookinfo observa primeiros resultados do reconhecimento na cerimônia: desde a premiação, a adesão ao projeto de treinamento para livreiros segue em ritmo acelerado, de acordo com a empresa. A mais recente adesão é da Livraria Leitura, que agora passa a integrar e apoiar a iniciativa. Com a entrada da empresa, a plataforma ultrapassa a marca de 2 mil usuários. Gratuito para as livrarias, o projeto soma mais de 100 treinamentos desenvolvidos com foco em capacitar profissionais do setor livreiro em uma plataforma de microlearning. A proposta oferece conteúdos sobre lançamentos editoriais, tendências do mercado e técnicas de venda — tudo em formatos breves, adaptados à rotina dos livreiros. “A chegada da Leitura é um marco importante e fortalece ainda mais nosso compromisso com a formação contínua dos profissionais que estão na linha de frente do relacionamento entre livros e leitores. Esse movimento se soma ao apoio essencial das livrarias que acreditaram no projeto desde o início — como Catavento, Vanguarda, Escariz, Página, Drummond, Loyola e tantas independentes — e reforça que estamos construindo juntos um caminho sólido para a valorização do livreiro no Brasil”, afirma Eduardo Cunha, diretor da Bookinfo. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O PublishNews publica regularmente a Área Indie, espaço publieditorial que reúne informações sobre livros lançados de forma independente ou autopublicados. Para saber como participar da seção, escreva para o comercial no e-mail comercial@publishnews.com.br. Essa semana temos quatro novidades. O primeiro é Urubububu (Ases da Literatura), de Elizabeth Woolley, que conta história de um urubu com um sonho aparentemente impossível: aprender a cantar. Já o segundo destaque da semana é Bento, o menino que sabia de onde veio (Ases da Literatura), em que a escritora Liliane Santos da Silva elabora uma história poderosa sobre ancestralidade, racismo e a importância de conhecer e valorizar suas origens. Ainda da Ases da Literatura, temos o livro Leonora: A lesma que não é a mesma, uma inspiradora jornada de determinação e autoconfiança. E o quarto destaque da semana é A vida que eu não planejei viver (Uiclap), de Jair Beloube, um homem que superou as expectativas mais improváveis. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O Radar de Licitações – seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para a compra, confecção de livros e demais serviços editoriais – tem três novos editais. O primeiro, de valor sigiloso, refere-se ao fornecimento de livros didáticos, tem disputa marcada para 23 de maio, às 09h. Já o segundo edital é para registro de preços para prestação de serviços de redação, revisão, diagramação e edição de livros. Tem valor estimado em mais de R$ 600 mil reais e decisão marcada para 29 de maio, às 9h. E o terceiro edital é para a aquisição de material bibliográfico. O pregão está com data marcada para o dia 22 de maio e seu valor supera R$ 7 milhões. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

O ano de 2025 marca o centenário de nascimento de Marcos Rey — pseudônimo do escritor, roteirista e cronista Edmundo Donato —, e para celebrar o autor que faz parte da trajetória de leitura de milhões de jovens brasileiros com suas histórias recheadas de suspense, mistério e inteligência, a Global prepara uma edição especial de O mistério do 5 Estrelas. Publicado originalmente em 1981 na icônica Coleção Vaga-Lume, O mistério do 5 Estrelas retorna às livrarias em edição de luxo com capa dura, acabamento refinado, caderno de fotos raras e significativas da trajetória do autor, além de um texto assinado por Jiro Takahashi — editor responsável pelas coleções Vaga-Lume e Para Gostar de Ler. No posfácio, Jiro revisita os bastidores da criação da obra e sua convivência com Marcos Rey, traçando um retrato afetivo do escritor que uniu crítica social, humor refinado e uma narrativa ágil como poucos. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Após duas temporadas de estreia com sessões esgotadas em Salvador e São Paulo, Torto Arado – O Musical, adaptação livre do best-seller de Itamar Vieira Junior, estreia no Teatro Riachuelo (Rua do Passeio, 38 — Rio de Janeiro / RJ) no dia 17 de maio e segue em cartaz até 15 de junho, com 22 apresentações de quinta a domingo. Os ingressos para a temporada de apresentações podem ser adquiridos através da plataforma ingresso.com ou na bilheteria do teatro e custam R$ 40. A peça traz um texto épico e lírico que revela, para além de sua trama, uma história de vida e morte nas profundezas do sertão baiano, um poderoso elemento de insubordinação social, de combate e redenção. Com direção geral de Elísio Lopes Júnior, o espetáculo conta com 22 profissionais em cena, sendo seis músicos e 16 atores, todos com vasta experiência em suas áreas de atuação. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Antologia do poema em prosa no Brasil (Ateliê Editorial, 376 pp, R$ 156) reúne uma centena de poetas e mais de duzentos poemas, abrangendo quase um século e meio de história literária. O mais importante, porém, é que se volta para um modelo comum na modernidade, mas pouco comentado pela crítica: o poema em prosa. Criado por Charles Baudelaire, em meados do século XIX, tornou-se uma forma de escrita em que a poesia se exime de formalismos prévios e aventura-se na expressão livre. O organizador Fernando Paixão se lançou ao desafio de traçar as linhas de força desse tipo de escrita na poesia brasileira, do século XIX à atualidade. O resultado surpreende, pois revela um panorama diferente da conhecida tradição. Modelo exaltado pelos poetas simbolistas, foi pouco praticado pelos modernistas e ganhou evidência com os autores da poesia marginal dos anos 1970, quando passou a frequentar sem protocolos os livros de poesia. No século XXI, entrega-se à autoironia e à fragmentação. Ateliê Editorial, Editora Unicamp e a Galeria Bolsa de Arte realizam o lançamento do livro na segunda-feira, dia 19 de maio, às 18h30, na sede da Galeria Bolsa de Arte (Rua Mourato Coelho, 790, Vila Madalena – São Paulo / SP), próximo à estação Fradique Coutinho do metrô.

Poesia mundi (Record, 440 pp, R$ 99,90) reúne, pela primeira vez, o conjunto completamente revisto da obra poética de Marco Lucchesi, com poemas publicados em diversas épocas de seu percurso literário. Desde muito jovem, a poesia de Lucchesi foi influenciada por grandes nomes da literatura brasileira, como Carlos Drummond de Andrade, Affonso Romano de Sant’Anna, Ferreira Gullar e Haroldo de Campos. Com o tempo, seu estilo poético não apenas refletiu essas influências, mas também conquistou o reconhecimento de intelectuais de renome, tanto no Brasil ― como Alfredo Bosi, Benedito Nunes e Eduardo Portella ― quanto no mundo, com a admiração de nomes como Umberto Eco, Mario Luzi, Claudio Magris, Mahmud Darwich, Dinu Flămând e Mark Strand. Lucchesi possui uma estética que mergulha, com tranquilidade, em erudição, memorialismo e na exploração de línguas e linguagens múltiplas. Sua poesia, por vezes levemente autobiográfica, se distingue pela originalidade e profundidade, estabelecendo um diálogo singular entre tradição e inovação. A harmonia dos ritmos presentes neste Poesia mundi conduz o leitor por desdobramentos que ora se voltam a uma tendência para a solidão, ora a questões direcionadas para o amor e suas contradições.

O que realmente acontece quando lemos um poema? Se, por um lado, o leitor segue de perto os desenhos que a voz do poeta traça no retângulo do papel, por outro, ele também mira as figuras que essa voz desenha num outro lugar que está, nunca se sabe bem, aquém ou além da página. Mas o que acontece quando as vozes que desenham nos incitam a trocar de lugar com elas? Os poemas de Leonardo Gandolfi em Pote de mel e outros poemas (Editora 34, 144 pp, R$ 57) têm uma capacidade incomum de situar o próprio ato de ler no centro dos acontecimentos, de modo que a certa altura nos damos conta de que, enquanto lemos o poema, também somos lidos por ele. Talvez seja isso que o crítico Rafael Zacca identificou como a “força de partilha” dessa escrita, que consegue a proeza de ser “inocência e enigma ao mesmo tempo”. O que salta à vista é o percurso de um poeta que, por meio de um despojamento corajoso, vertical, e em diálogo com a música popular, a literatura e as artes plásticas, dá um passo a mais em direção a uma experiência para a qual todos os adjetivos são inapropriados.

Nunca se falou tanto sobre o amor. Não o amor ficcional e romântico, mas o amor como construção social. Uma grande engrenagem que orienta o viver em comunidade, mas que também obedece à ordem estabelecida. Um amor que pode ser vivido em pares e a sós. As histórias contadas em Amor, o próprio (Planeta, 192 pp, R$ 59,90) – às vezes curtas, em outras com maior paragem – envolvem, perturbam e suscitam os mais variados questionamentos, como se fôssemos jogados em um oceano profundo, mas com fôlego suficiente para nadar de volta à superfície. Com personagens cativantes e reveses, este livro nos faz ficar, sempre com um gosto de quero mais. Navegar pelas águas do amor parece uma viagem fatigante quando não temos com quem partilhar nossas verdadeiras dores. Neste livro, Sofia Menegon encara essas questões com coragem, convidando o leitor a rabiscar sobre esse sentimento inevitavelmente vital.

Poeta e místico, Pedro Casaldáliga cria versos que abarcam o sentido de uma existência voltada ao coletivo e ao bem comum. Em seus poemas, surgem também o amor que ele nutria pelo rio Araguaia e os cenários da vida simples que levava e pregava, em estreita conexão com a terra e a natureza. É no “leve fluir do cotidiano”, como escreve Paulo Gabriel, prefaciador da obra, que se dá a “experiência do divino: a canoa que o vento leva, frágil como um beija-flor; o passarinho morto pela crueldade humana; noite de estrelas e mistério; uma rede para balançar o mundo no sertão vestido de buritis, na solidão da aurora; e o coração cheio de nomes!” A edição bilingue de Para viver o pão nosso (Peirópolis, 96 pp, R$ 59 – Trad.: Maria Mercedes Pérez Bertachini) aproxima o leitor à origem espanhola do autor, revelando o caminho escolhido e a língua que o acolheu, e que foi acolhida por ele. O autor Pedro Casaldáliga foi bispo emérito de São Félix do Araguaia. Espanhol nascido em Barcelona, realizou no Brasil boa parte do exercício de sua atividade missionária. Foi fundador de missão claretiana no norte do estado de Mato Grosso, uma das regiões mais isoladas do país, onde aportou em 1968 e fez sua vida, lutando pelos direitos humanos e contra a desigualdade, a concentração de renda e os latifúndios.