A 23ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) abriu chamada pública para a seleção de oficinas que irão integrar a programação do Educativo Flip, entre os dias 31 de julho e 3 de agosto de 2025. A iniciativa tem como foco a promoção da cultura popular, dos saberes tradicionais do território de Paraty e das expressões ligadas às infâncias. As inscrições podem ser feitas pelo link até 30 de abril. As oficinas poderão ter duração de até duas horas ou ocupar um dia inteiro de programação. Com essa ação, a Flip reforça seu compromisso com a diversidade cultural, a valorização dos territórios e a articulação entre literatura, oralidade e educação. As inscrições estão abertas até 30 de abril de 2025. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Entre os livros previstos para a semana entre 26 de maio e 1º de junho estão Utopia autoritária brasileira (Crítica), do historiador Carlos Fico; Como salvar a Amazônia (Companhia das Letras), livro póstumo de Dom Phillips, jornalista que foi brutalmente assassinado na Amazônia - misto de diário de viagem, investigação jornalística e manifesto; e Xamãs elétricos na festa do Sol (Autêntica Contemporânea), de Mónica Ojeda. Confira todas as novidades clicando aqui. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

A Faro Editorial comprou os direitos de publicação de três grandes obras. A primeira delas é The bookshop of forbiden books, do autor Marc Levy. Publicado na França há duas semanas, e já ocupando o 2º lugar da lista dos livros de ficção mais vendidos do país, o livro do autor de P.S de Paris (Planeta), já teve os direitos vendidos para outros 12 países, entre eles o Brasil. Nesta comédia romântica o leitor acompanha a história de Mitch, um dono de livraria que vai ter sua vida transformada em um pesadelo do dia para noite. Mitch, que sempre foi um defensor inabalável dos livros será preso por um crime que ele cometeu: vender livros que foram banidos. Como bom livreiro, o poder do livro para ele era maior do que qualquer censura. Mas ele vai pagar por sua coragem passando cinco anos na prisão. Ainda no tema das livrarias, a Faro também venceu o leilão pelos direitos de publicação da distopia de Lily Braun-Arnold intitulada The last bookstore on Earth, que foi publicada recentemente nos EUA e ocupou o topo da lista do New York Times por cinco semanas consecutivas. Em seu livro de estreia, Braun-Arnold traz uma distopia Young Adult, em que o leitor acompanha duas adolescentes tentando sobreviver ao apocalipse em uma livraria abandonada. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Editora Manole está à procura de um assistente de vendas. Os requisitos incluem curso superior completo ou em andamento em Administração, Gestão Comercial, Publicidade e Propaganda e afins; experiência em rotinas administrativas e atividades burocráticas na área administrativa comercial; conhecimento do pacote Office, com ênfase em Excel; e conhecimento do sistema TOTVS Protheus (desejável). A pessoa contratada será responsável por dar apoio a toda área comercial (interna e externa) em todos os processos de vendas; pela inclusão e acompanhamento de pedidos; entradas de notas fiscais no sistema; acompanhamento das consignações; cadastro de clientes; atuação na pré-venda e no pós-venda e apoio na prospecção de novos clientes. Interessados devem encaminhar currículos para rh@manole.com.br.

Nos dias 1º e 2 de maio, a cidade de Guaratinguetá (SP) será palco do Cocriações, uma imersão literária promovida pela Diversa Casa Literária, voltada a criadores e artistas LGBTQIAPN+. Com apoio da Política Nacional Aldir Blanc da cidade, o evento que ocorrerá no Espaço Multiuso Turístico-Cultural Luiz Carvalho dos Santos (Rua Visconde do Rio Branco, 115 — Guaratinguetá / SP) propõe dois dias intensos de trocas, expressão criativa e fortalecimento de narrativas dissidentes. As inscrições podem ser feitas clicando aqui. O Cocriações nasce como espaço de convivência, formação e produção coletiva. Com uma programação que mistura oficinas, rodas de conversa, cineclube e festas, a proposta é destacar a literatura e a arte como potentes ferramentas de identidade, resistência e pertencimento. No primeiro dia, os participantes serão recebidos com uma roda de partilha afetiva — o Clube Coletivo "Essa arte coube em mim" — seguida pela oficina "Criar para resistir, escrever para existir", conduzida por Stefano Volp, autor de obras como O beijo do rio e Homens pretos (não) choram. A atividade convida à escrita colaborativa e ao uso da palavra como forma de autoexpressão e resistência. A noite termina com um momento de celebração: o Brinde à Diversidade, após uma sessão de leitura coletiva dos textos criados durante o dia. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Nesta sexta-feira (11), o Goethe-Institut São Paulo (Rua Lisboa, 974 — São Paulo / SP) realiza, às 19h, o evento "Por uma Filosofia do Tacape" sobre pensamento filosófico do perspectivismo de Nietzsche. O evento terá o lançamento do livro do prof. Oswaldo Giacóia Jr., intitulado Perspectivismo e interculturalidade (n-1 edições). A obra coloca em relação o perspectivismo em Nietzsche e o perspectivismo tal como aparece na antropologia americanista, sobretudo nos estudos de Eduardo Viveiros de Castro. O evento será um debate em torno do livro, com a presença de Henry Burnett e mediação de Peter Pál Pelbart. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

No aniversário de 80 anos do fim do conflito mais letal da história da humanidade, os leitores brasileiros poderão conhecer os detalhes de um dos períodos mais dramáticos da Segunda Guerra Mundial: a entrada da Itália na disputa. Em M, os últimos dias da Europa (Intrínseca, 384 pp, R$ 89,90 – Trad.: Marcello Lino), terceiro volume de uma epopeia literária sobre a vida de Benito Mussolini, o premiado autor Antonio Scurati enquadra o fatídico triênio de 1938 a 1940, esmiuçando a relação entre o Duce e Adolf Hitler. O projeto de Scurati, que ganhou adaptação para minissérie em 2025 e transformou o escritor em inimigo do atual governo italiano, traça um perfil inigualável do ditador fascista ao transformar uma extensa pesquisa histórica em uma ficção documental sobre as intimidades, as vaidades e os temores de Mussolini. Na obra, o autor desenha com impressionante precisão as estruturas da guerra e mostra como Mussolini, escravo de seus delírios de grandeza, se curvou à barbárie e assumiu seu lugar na história como figura subalterna aos interesses de Hitler. Ao nos transportar para um dos mais temerosos e vergonhosos períodos de todos os tempos, Scurati cria uma obra ao mesmo tempo essencial como documento histórico, inestimável como romance literário e potente advertência quanto ao nosso presente e futuro.

A vida da mulher mais escandalosa da Roma Antiga ganha as páginas do novo livro Messalina (Crítica, 384 pp, R$ 99,90 – Trad.: Ana Maria Fiorini), escrito pela mestre em História Grega e Romana Honor Cargill-Martin. Terceira esposa do Imperador Cláudio, Messalina ficou marcada como a Imperatriz prostituta graças ao trabalho de historiadores romanos como Tácito e Suetônio. Na obra, Cargill-Martin reavalia a figura desta personagem, uma das mais caluniadas e subestimadas da História Antiga, e resgata como uma mulher conseguiu afirmar a própria posição em um mundo predominantemente masculino da política imperial romana. Para a autora, a trajetória de Messalina acompanha a consolidação do poder imperial em meados do século I d.C. e da transformação constitucional de Roma, de uma República para o que era uma monarquia em tudo menos no nome. Definida como inteligente, apaixonada e implacável quando necessário, a história da Imperatriz encapsula as manobras políticas atrozes e o luxo inimaginável da dinastia júlio-claudiana em seu auge. Afastando o olhar da vida sexual de Messalina, Cargill-Martin investiga como a Imperatriz viria a se tornar uma participante ativa na lenta revolução da paisagem política romana, sendo pioneira em novas formas de exercer o poder que exploravam ou contornavam as velhas instituições exclusivamente masculinas da vida pública da época.

Escritor, pai depois dos 50 anos, cadeirante e considerado inimigo pelo governo então vigente: assim Marcelo Rubens Paiva se descreve, neste livro franco e emocional, sequência autobiográfica de Feliz ano velho e Ainda estou aqui ― cujo filme, dirigido por Walter Salles e com Fernanda Torres no papel principal, foi vencedor do prêmio de melhor roteiro do Festival de Veneza e do Oscar de melhor filme internacional. Nas obras anteriores, ele fala sobre o acidente que o deixou numa cadeira de rodas aos 20 anos, o desaparecimento do pai, Rubens, durante a ditadura militar, e a luta da mãe, Eunice, para cuidar sozinha dos cinco filhos, se tornar uma defensora dos direitos indígenas e, por fim, enfrentar o Alzheimer. Desta vez, em O novo agora (Alfaguara, 272 pp, R$ 78,99), é o próprio Marcelo quem está no papel de pai. Às vezes bem-humorado, em outras melancólico, Marcelo mergulha nas agruras da paternidade, ao mesmo tempo em que recorda períodos especialmente duros do país: primeiro, a guinada política que atinge em cheio sua família e artistas. Depois, a pandemia. E, em meio a isso, a lenta fragmentação do casamento. A escrita avança e recua no tempo, retoma memórias de infância e relatos de seus pais e, aos poucos, constrói um retrato complexo de uma família atravessada por crises em diferentes níveis, incerta quanto ao futuro, mas que, aos poucos, aprende a sobreviver.

Em Autobiografia do algodão (Autêntica Contemporânea, 336 pp, R$ 89,89 – Trad.: Silvia Massimi Felix), a vencedora do Pulitzer 2024 Cristina Rivera Garza remonta os passos de homens e mulheres que habitam seu passado familiar, operários e camponeses que cultivaram a terra que hoje constitui a fronteira entre Tamaulipas (México) e Texas (EUA), uma região que alcançou prosperidade econômica, social e cultural graças ao plantio de algodão. Após o fracasso do sistema, aqueles camponeses algodoeiros deixaram seu espaço, antes símbolo de progresso, hoje ocupado pela chamada guerra contra o narcotráfico. Este é um romance repleto de imagens e camadas; um muito bem-sucedido amálgama de gêneros, um emocionante exercício de investigação e reescrita. É, sobretudo, um convite para relembrarmos a história de nossos avós, para nos reencontrarmos e nos desencontrarmos com isso a que chamamos território.

O caso das crianças que sobreviveram sozinhas por 40 dias na Amazônia colombiana após a queda de um avião em junho de 2023 ganhou repercussão internacional e suscitou questionamentos ao jornalista investigativo Mat Youkee, que reside na Colômbia há 15 anos. Agora, ele responde dúvidas como “Quem eram essas pessoas?”, “Por que estavam a bordo do avião?” e “Como conseguiram sobreviver?” no livro 40 dias na floresta (Matrix, 248 pp, R$ 69 – Trad.: Daniela Belmiro). Ao detalhar os pontos centrais desse drama real, o autor possibilita a compreensão sobre como os quatro irmãos - Lesly, Soleiny, Tien, com 13, nove e quatro anos respectivamente, e Cristin, de apenas 11 meses – resistiram aos desafios da selva empregando conhecimentos indígenas ancestrais. A obra já teve os direitos autorais assegurados para o cinema e será adaptada pelo estúdio do diretor Ridley Scott, conhecido por produções como Alien, Gladiador, Blade Runner e Napoleão.