O Podcast do PublishNews desta semana chamou os amigos Wesley Barbosa e Pedro Cardoso para falar do elo que une a amizade entre eles: os livros. Wesley Barbosa é criador da Barraco Editorial, fundada em 2023. Em 2024, ele foi um dos convidados da programação da Casa PublishNews na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). Pedro Cardoso é escritor, ator e humorista com carreira consolidada no teatro e na televisão brasileiras, e atualmente mora em Portugal. Pedro também é co-autor, juntamente com o jornalista Aquiles Marchel Argolo, do novo lançamento da Barraco Editorial, o livro de crônicas Dias sem glória. A conversa foi marcada pelo clima de descontração, começando pela história de como Pedro e Wesley se tornaram amigos durante sua jornada de carro até a Flip de 2022. Diversas vezes durante o podcast foi reafirmada a importância da leitura na trajetória de ambos, que dizem ter sido "salvos" pelos livros. "O livro, para um periférico, ele funciona muitas vezes como um colete", afirma Wesley. Este podcast é um oferecimento de Câmara Brasileira do Livro (CBL), MVB América Latina e UmLivro. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes; Google Podcasts, Overcast e YouTube. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Segundo dados da Nielsen Bookscan para a Folha de S.Paulo, os livros de colorir venderam mais de 150 mil cópias entre o final de dezembro de 2024 e o início de março deste ano no varejo brasileiro. A coluna de Mônica Bergamo também publicou um resumo de um jantar realizado na semana passada que reuniu membros do mercado editorial com o secretário municipal de Cultura de São Paulo, Totó Parente. Segundo a matéria, a principal queixa era o atraso nas compras do Programa Minha Biblioteca, vinculado à Secretaria de Educação, mas o secretário não sabia do que se tratava. Um evento no Senado Federal nesta segunda (31) vai marcar o lançamento de livros e reedições sobre o golpe de 1964, de acordo com a Folha. No sábado (29), morreu o advogado e membro da Academia Brasileira de Letras Marcos Vilaça. Após o anúncio de que Paulo Leminski vai ser o autor homenageado da Flip, o site Farofafá noticiou que o filho do escritor, não reconhecido por ele durante sua vida, está passando necessidades e em situação de rua no Rio de Janeiro. O Estado também publicou uma entrevista com Drauzio Varella, que está lançando um novo livro, O sentido das águas (Companhia das Letras). Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Uma decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul condenou envolvidos na compra sem licitação de livros paradidáticos, favorecendo uma gráfica específica no estado. A decisão é fruto de uma ação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) junto à 3ª Câmara Criminal. Seis pessoas foram condenadas, de acordo com o acórdão publicado no dia 20 de março. A maior pena foi atribuída à ex-secretária de Educação de Campo Grande, Ângela Maria de Brito, que recebeu uma sentença de seis anos e três meses de detenção, além do pagamento de 26 dias-multa. O caso teve início com a denúncia de que a Secretaria Municipal de Educação havia realizado oito compras diretas de material paradidático, sem respeitar as regras da Lei das Licitações. As investigações, conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), revelaram que os procedimentos de inexigibilidade de licitação foram conduzidos de maneira irregular, resultando em um prejuízo significativo aos cofres públicos. A decisão do TJMS destacou a robustez das provas apresentadas, incluindo documentos, depoimentos de testemunhas e análises realizadas pela Controladoria Geral da União (CGU). Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Interessados em se inscrever nos prêmios Skeelo – Inovação do Ano e Catavento – Livreiro e Livraria do Ano têm agora até o dia 4 de abril para preencher os formulários e fazer parte da 9ª edição do Prêmio PublishNews, o único voltado para o mercado editorial brasileiro. Já em sua 3ª edição, o Prêmio Skeelo – Inovação do Ano tem como objetivo reconhecer iniciativas inovadoras — em atividade há pelo menos três meses na data de inscrição — do mercado editorial em qualquer área de atuação, realizada por indivíduos, empresas ou organizações. Inscrições devem ser feitas por meio deste formulário. O projeto inscrito na categoria pode ser um negócio, uma inovação em um processo já estabelecido, um novo método de trabalho e organização interna das empresas, iniciativas criativas em diferentes setores (do editorial à gestão de pessoas, passando pela área gráfica e administrativa), um projeto específico, ou qualquer outra invenção ou solução implementada por profissionais ou empresas do mercado editorial. E o Prêmio Catavento — também em sua 3ª edição — visa reconhecer e divulgar projetos e profissionais que encontraram maneiras de manter as livrarias crescendo, trouxeram novas ideias para vender livros e desenvolveram projetos inovadores dentro desses espaços, contribuindo também para o incentivo à leitura no país. Para isso, o Prêmio Catavento, que também conta com a parceria da startup Konekta, é dividido em duas categorias: Livraria Destaque e Livreiro do Ano. Para a categoria Livraria Destaque é preciso que a livraria tenha mais de um ano de existência. Na inscrição, também é necessário enviar um breve argumento explicando o que torna a livraria diferente das outras e apresentar qualquer projeto inovador ou de incentivo à leitura que a loja tenha colocado em prática nos últimos meses. Para se inscrever é necessário preencher este formulário. Já a categoria Livreiro do Ano tem o objetivo de dar protagonismo a esse profissional que movimenta a cadeia do livro na ponta. Os inscritos devem ter mais de um ano de experiência como livreiro e, no ato da inscrição, indicar contatos de referência, cases e histórico profissional, além de canais profissionais sobre o livro, caso possua. A inscrição deve ser feita neste formulário. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Depois de conquistar diversos leitores jovens com séries best-sellers publicadas pelo selo Outro Planeta como As aventuras de Mike, O diário de uma princesa desastrada e Histórias de ninar para garotas rebeldes, a Editora Planeta anunciou na última semana, em um evento para livreiros e profissionais do setor, a criação do selo Tatu Bola, voltado para o público infantil. Reconhecendo a importância da literatura nos primeiros anos de vida, a iniciativa busca apoiar e enriquecer as experiências dos pequenos promovendo o desenvolvimento sensorial, de descobertas e vínculo até os três anos de idade e incentivando a imaginação e a investigação para as crianças até os seis anos, de acordo com a editora. O selo vai englobar três linhas editoriais: Literatura (trazendo nomes já prestigiados na área, como Alexandre Rampazo e Thiago de Melo Andrade); Autores best-sellers da editora (como Christian Dunker, Ana Suy e Alexandre Coimbra, que marcarão sua estreia na literatura infantil, e Geni Núñez); e Coedições e franquias (livros de banho, pano, cartonados e para colorir). O selo ainda promete publicações de autores conhecidos em outras áreas de atuação, como é o caso da atriz Reese Witherspoon, que escreveu seu primeiro livro infantil, Beta inquieta. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Era noite do dia 2 de março e eu estava diante da televisão torcendo pelo gatinho Flow, que concorria ao Oscar de Melhor Animação contra Divertida Mente 2, da Pixar, e Wallace and Gromit, famosa produção francesa. Às 21:42, Andrew Garfield e Goldie Hawn abriram o envelope e anunciaram a vitória da animação letã, filme independente e de baixo orçamento, primeira indicação e primeira estatueta da Letônia. Soltei um “viva!” e acessei o grupo de WhatsApp “Língua e Cultura Letã” para distribuir foguetinhos e figurinhas. Me levantei do sofá e tentei pegar o gato, que fugiu, assustado. Vencemos! Só faltava agora o Brasil trazer para casa o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e a Fernanda Torres bater a Demi Moore. Nanda havia pedido para não transformarmos o Oscar em uma Copa do Mundo, mas isso não é para nós. O brasileiro gosta mesmo é de torcer. O primeiro Oscar do Brasil veio faltando dois minutos para a meia-noite. Entre os descendentes de letões, metade comemorou a vitória nacional, metade lamentou, torcendo para um segundo prêmio para o país báltico. Para acalmar os ânimos, logo postaram uma foto de Walter Salles ao lado do Gints Zilbalodis, cada qual com a sua estatueta. No dia seguinte, a animação continuou: parecia obrigatório aos membros do grupo enviar fotos em frente ao cartaz do Flow, em salas de cinema de todo o Brasil, e compartilhar todas as notícias que encontravam. Fiquei tentado a acompanhá-los. Um membro mais empolgado escreveu para a Kopenhagen, marca de chocolates fundada no Brasil por imigrantes letões, sugerindo uma edição especial do chocolate homenageando o personagem. Decepcionado, ele compartilhou a resposta morna recebida da empresa. Em 2023, quando fui pela última vez à Feira de Londres, eu mal lembrava da existência da Letônia. Contudo, apesar das pequenas dimensões territoriais, o país faz um excelente trabalho de marketing. Clique no Leia mais para acessar a íntegra deste artigo.

A Itália será o país convidado de honra da Feira Internacional do Livro de Guadalajara em 2026. O anúncio foi feito na última quinta (27), em uma coletiva de imprensa realizada no Salão Aldo Moro do Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional da Itália. Na edição de 2025, a cidade de Barcelona será a convidada de honra da 39ª edição da FIL, que será realizada de 29 de novembro a 7 de dezembro na Expo Guadalajara. A 40ª edição da Feira, com a Itália como convidada de honra, será realizada de 28 de novembro a 6 de dezembro de 2026. Esta será a segunda vez que a Itália será convidada de honra da FIL. Em 2008, o país compareceu com uma delegação de 70 autores, além de artistas, intelectuais e profissionais do livro. Esse fato foi lembrado pelo presidente da FIL Guadalajara, José Trinidad Padilla López, que reconheceu o legado inestimável e o papel fundamental da Itália “na história da literatura e do pensamento universal”. Ele também reiterou que, com a participação da Itália como convidada de honra, os participantes terão a oportunidade de “aprofundar esse diálogo cultural, descobrindo novas gerações de escritores e abrindo caminhos para o intercâmbio entre a literatura italiana e o mundo de língua espanhola”. A Diretora Geral da FIL Guadalajara, Marisol Schulz Manaut, destacou que a presença da Itália como Convidada de Honra ocorre no marco dos 150 anos de relações do país com o México, celebrados justamente em 2024. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Grupo LJS Educar, em colaboração com o Instituto Formando Leitores, anunciou o lançamento de uma nova coleção de livros destinados a promover o incentivo à leitura nas escolas públicas. A coleção conta com obras de diversas editoras como Companhia das Letras, Autêntica, Global, Faro, Botto Rosa e Girassol, além da LJS Editora, que contribui com materiais de apoio pedagógico. A iniciativa contou ainda com a orientação de especialistas, incluindo Corina Campos, Diretora Comercial da LJS Editora, um braço do Grupo. Com anos de experiência na área editorial, junto com Sandro Lopes e Luciano Szafir foi uma das idealizadoras da coleção. Através de seu relacionamento no mercado, foi possível a junção de diversas editoras em uma mesma caixa de obras exclusivas para o setor público. O presidente da holding, Sandro Lopes, destaca a importância da iniciativa. "A leitura é um direito fundamental. Com esta coleção, queremos garantir acesso à literatura e fornecer os recursos necessários para que os educadores possam transformar a mediação da leitura em uma prática poderosa." Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Quando as águas do rio Blackwater inundam a cidadezinha de Perdido, no Alabama, a poderosa família Caskey luta para salvar sua fortuna em meio ao caos, liderada pela matriarca Mary-Love e seu filho Oscar. Eles só não contavam com a aparição de Elinor Dammert, uma mulher misteriosa que aos poucos se infiltra no seio dos Caskeys. Por trás de sua fachada encantadora, esconde-se algo perturbador, que mudará o destino deles para sempre. Escrita por Michael McDowell, A enchente (Arqueiro, 272 pp, R$ 59,90 – Trad.: Fabiano Morais) é o primeiro livro da série Blackwater que já vendeu mais de 2 milhões de livros no mundo. Segundo o The New Yorker, a obra é "uma sábia combinação de Dumas com Lovecraft. Um cruzamento entre Stephen King e Gabriel García Márquez".

Um dos maiores clássicos da literatura mundial é revisitado nessa releitura brasileira e contemporânea com O grande rei (Planeta, 176 pp, R$ 51,90), livro de estreia de Plínio Moura que conta a história da jornada do pai do Pequeno Príncipe em busca de seu filho. Na aventura, ele se encontra com um arquiteto que o acompanha em sua passagem por cenários já conhecidos da obra original, além de locais famosos do Brasil, e explora com maturidade alguns dos temas que marcaram o livro de Antoine de Saint-Exupéry. O conceito do personagem Pequeno Príncipe amadurecido e passando pelos dilemas da vida adulta e de um Brasil real com problemas atuais é o que mais atrai o público do autor, que já acompanha o Grande Rei há anos nas redes sociais de Plínio Moura por meio de tirinhas e pequenas histórias. Apesar do estilo das ilustrações, feitas pelo próprio escritor, não se pode afirmar que a história se destina exatamente aos pequenos. É, na verdade, para a criança interior que habita cada adulto, com desenhos de temas sensíveis para facilitar a compreensão das pessoas grandes, para que elas possam ser ainda maiores.

O livro Ausência de destino (Carambaia, 232 pp, R$ 119,90 – Trad.: Paulo Schiller) acompanha a história de György Köves, um adolescente húngaro de 14 anos que é retirado de um ônibus nos arredores de Budapeste e enviado, junto a outros 60 meninos, para um trem com destino a Auschwitz. Judeu não religioso e sem a compreensão exata do que estava acontecendo, ele consegue entender, em meio à Babel de línguas e sotaques dos prisioneiros, que deve mentir sua idade. Dessa forma, ao chegar ao campo na Polônia ele escapa do envio imediato à câmara de gás, para onde iam as crianças de até 16 anos, e é designado para trabalhos forçados. Com uma narrativa objetiva, Imre Kertész constrói uma espécie de romance de formação no qual vão sendo desveladas ao leitor, a partir do olhar do adolescente, a brutalidade cotidiana e a complexa luta pela sobrevivência nos campos. O romance é baseado na experiência do autor, sobrevivente de campos de extermínio nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. A obra lhe rendeu o Prêmio Nobel de Literatura a Kertész em 2002, estava fora de catálogo no Brasil e recebeu nova edição com tradução e posfácio de Paulo Schiller, diretamente do húngaro.

Em S. Bernardo (Antofágica, 332 pp, R$ 104,90), decidido a retornar para a propriedade de S. Bernardo, onde um dia trabalhou, Paulo Honório se envolve em uma série de negociações e adquire essas terras de seu antigo patrão. Ele transforma a fazenda decadente em lucrativa e se torna um rico proprietário rural. A partir do que Paulo Honório conta (e também do que esconde), o leitor é convidado a refletir sobre a vida agreste e a trajetória deste personagem – permeada por um passado de miséria, por uma busca solitária pela sobrevivência e um presente de amarguras. A edição da Antofágica traz 58 artes inéditas de Adriana Coppio e apresentação do premiado escritor Itamar Vieira Junior, autor dos romances Torto arado (Todavia) e Salvar o fogo (Todavia). Nos posfácios, o autor Patrick Torres analisa Paulo Honório, um protagonista em crise; Susana Souto, professora e pesquisadora da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Alagoas, investiga a riqueza de perspectivas do romance; e o pesquisador Bruno Alvarenga convida o leitor para um percurso sobre o estilo de Graciliano.

A trama de Real como um relâmpago (Buzz, 480 pp, R$ 55,90 – Trad.: Cristiane Maruyama), de David Duchovny, acompanha Bronson Powers, um ex-dublê de Hollywood que se tornou mórmon, vivendo isolado no deserto de Joshua Tree com sua família — composta por três esposas e dez filhos. Sua vida tranquila é abalada pela ambiciosa Maya Abbadessa, representante de uma incorporadora imobiliária, que vê na propriedade dos Powers uma oportunidade de negócio. Após ameaçar denunciar a família ao serviço social, Maya convence os Powers a matricular três de seus filhos em uma escola próxima, desencadeando um embate entre os valores tradicionais da família e as complicações do século XXI que eles tanto tentam evitar. Com uma prosa instigante e personagens memoráveis, Real como um relâmpago é uma leitura que promete não apenas entreter, mas também provocar reflexões profundas sobre a sociedade contemporânea.