O PublishNews pediu aos seus leitores – especialistas no assunto ou não – a comentarem os resultados recentes da Pesquisa Retratos da Leitura, divulgados no dia 19 de novembro. A mais completa e aprofundada pesquisa sobre os hábitos de leitura do brasileiro trouxe a informação de que, nos últimos quatro anos, houve uma redução de 6,7 milhões de leitores no país. Quais são os motivos dos números ruins? O que pode ser feito para aprimorá-los? Que tipos de políticas públicas (em nível federal, estadual e municipal) podem ser usadas para transformar essa realidade? Qual o papel de organizações sociais, institutos e outros entes particulares na discussão? Como atrair mais pessoas para as bibliotecas e para os livros? São perguntas que vêm à mente quando se analisa os números. Entre razões levantadas pelos leitores, estão questões super contemporâneas – como a escala de trabalho extensa que impede a realização de atividades de lazer – bem como diferentes percepções sobre a “função do livro”, dificuldades no gerenciamento do orçamento doméstico e preço do livro, bem como o contexto sociocultural de desvalorização da leitura e de ataques à ciência e à cultura que marcou essa faixa da história do país. Clique no Leia mais para ler as respostas dos leitores.

A campanha de financiamento do jornal de literatura Rascunho — um dos principais veículos culturais do país — está sem seus últimos dias. Lançada na plataforma Catarse, o objetivo da campanha é garantir a continuidade das edições em 2025, quando o jornal comemora 25 anos de fundação. A meta é arrecadar R$ 100 mil. Clique aqui para acessar a campanha. Como incentivo, os apoiadores da campanha podem escolher entre diversas recompensas, que variam desde assinaturas do jornal até a participação em minioficinas de criação literária. Existem opções exclusivas para estudantes e professores, além de benefícios especiais para quem apoiar a iniciativa logo nos primeiros dias, com valores ainda mais atrativos. Em abril do próximo ano, o Rascunho celebrará 25 anos de circulação ininterrupta, chegando à edição de número 300. O jornal foi fundado em Curitiba (PR), em 8 de abril de 2000, como um encarte do Jornal do Estado, e logo se tornou uma publicação independente dedicada exclusivamente à literatura. Hoje o jornal conta com 48 páginas, fruto do trabalho colaborativo de mais de 100 profissionais, entre jornalistas, escritores, designers, ilustradores e professores. De acordo com Rogério Pereira, editor do jornal, mesmo com a natureza colaborativa do projeto, os custos mensais para sua manutenção são elevados. “Para cobrir despesas com impressão, atualização do site, logística de entrega e outros custos operacionais, contamos com diversas fontes de receita, como assinaturas, patrocínios e campanhas de financiamento coletivo, como esta que estamos lançando”, explica. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Todo final de ano o filantropo e fundador da Microsoft, Bill Gates compartilha uma lista com suas melhores leituras ao longo do ano. Na semana passada, Gates divulgou as cinco obras que, segundo ele, de alguma forma, são sobre dar sentido ao mundo ao seu redor. “Este não foi um tema intencional, mas não fiquei surpreso ao vê-lo surgir: é natural tentar entender as coisas durante tempos de mudanças rápidas, como os que estamos vivendo agora”, explicou em seu blog, GatesNotes. Das cinco obras, duas focam no futuro e em como a ascensão da inteligência artificial e os avanços tecnológicos estão mudando as maneiras como vivemos, aprendemos e amamos. A terceira olha para o passado em busca de respostas. E o quarto é todo sobre o presente. “Ele ajudará você a apreciar a incrível e invisível espinha dorsal da sociedade que nos cerca todos os dias”, disse. A escolha bônus é para quem procura um presente para um amante de tênis. Clique no Leia mais para conferir a lista que contém duas obras já publicadas por aqui.

O PublishNews publica regularmente a Área Indie, espaço publieditorial que reúne informações sobre livros lançados de forma independente ou autopublicados. Para saber como participar da seção, escreva para o comercial no e-mail comercial@publishnews.com.br. Essa semana temos duas novidades. A primeira delas é a obra As rochas de Hans Heiling e outras obras fantásticas, de Theodor Körner e traduzida por Renato Aparecido Rodrigues. Como poeta, Theodor compôs nos interregnos marciais, inúmeros versos a exaltar a bravura germânica. E infelizmente, um pequeno legado de obras suas que destoavam disso, foram lançadas ao esquecimento, obras essas, que interagiam com o fantástico. A segunda obra é Ressolho, de Alan Kosume. A obra é uma coletânea que mescla poesia e prosa para revelar a relação apaixonada do autor com Itaipuaçu, Maricá / RJ. Através de textos curtos, Kosume transporta o leitor para a infância nas praias do Recanto e para as tardes tranquilas pescando no canal. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Global está à procura de um analista financeiro que tenha experiência na gestão de contabilidade terceirizada e conhecimento do sistema Protheus Totvs. As responsabilidades do cargo incluem trabalhar em conjunto com outras áreas no auxílio das informações do financeiro/contábil /fiscal/custos; prestar suporte à área contábil na elaboração de relatórios gerenciais para a Diretoria e sócios; acompanhar os fechamentos financeiros/contábeis (conciliar contas); apoio na elaboração de conta corrente dos sócios e partes relacionadas; apoiar a emissão de ordens de serviços; reconciliar, arquivar, classificar, lançar documentos relativos aos pagamentos e recebimentos efetuados pela empresa, conforme plano de contas; conciliar contas de ativo e passivo; e emitir recibos de direitos autorais (controle e arquivo). O contrato é CLT e 100% presencial. Interessados devem encaminhar currículos para recrutamento@globaleditora.com.br.

O Radar de Licitações – seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para a compra, confecção de livros e demais serviços editoriais – apresenta mais dois editais. O primeiro trata da aquisição de livros didáticos de inglês e afro para atender as necessidades da secretaria de educação. O pregão está marcado para 17 de dezembro e o valor supera R$ 4,5 milhões de reais. Já o segundo edital visa registrar preços para eventual e futura contratação de empresa para fornecimento de material didático complementar “caminhos e vivências”. A disputa está marcada para o dia 19 de dezembro e o valor supera R$ 13 milhões de reais. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o radar da semana, clique aqui.

Na próxima quinta (12), a Seiva, junto com a editora Fósforo, organiza uma masterclass gratuita para entender o que está por trás do livro-manifesto que retrata os últimos 10 anos da história do Brasil. O bate-papo Livro aberto – A verdade vos libertará acontece na quinta-feira, dia 12 de dezembro, às 20h, com transmissão pelo Zoom. As inscrições são gratuitas pelo site da Seiva. O evento será acompanhado por uma leitura inédita da autora, a fotojornalista Gabriela Biló, e dos cocriadores. Pela primeira vez, eles revisitarão a obra página a página, conversando sobre os bastidores da edição, da criação das fotos e da construção do livro. Título da editora foi o vencedor da categoria de Artes do Prêmio Jabuti. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Patricia Lino e Pedro Meira Monteiro participam juntos no bate-papo sobre Imperativa ensaística diabólica: Infraleituras da poesia expandida brasileira (Relicário), da poeta e artista visual portuguesa Patrícia Lino. O encontro acontece nesta quinta-feira (12), na Livraria Megafauna (Av. Ipiranga, 200. Loja 53 – São Paulo / SP), às 19h. No livro, a autora explora infraleituras e transborda em sua proposta textual performática com sinapses de leitura e propõe, ao mesmo tempo, a infraleitura, uma alternativa crítica concebida a partir da leitura anárquica, corporal e criativa das dimensões do poema (verbal, visual, performática ou sonora) e recupera trabalhos relevantes, mas ignorados pela crítica nas últimas décadas. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Um mundo em guerra após a dominação da IA é o cenário futurista da obra Irmandade Duna (Aleph, 640 pp, R$ 119,90 – Trad.: Carolina Candido), assinada por Brian Herbert, filho de Frank Herbert, autor de Duna, que acaba de chegar ao Brasil. O livro que compõe a trilogia e inspirou a série produzida pela HBO, lançada no dia 17, traz uma história anterior a toda trama principal de Duna. A obra conta a passagem de um pouco mais de 80 anos após as últimas máquinas pensantes terem sido destruídas na Batalha de Corrin, depois de Faykan Butler ter adotado o nome Corrino e ter se estabelecido como o primeiro imperador do Novo Imperium. A irmandade de mulheres chamadas Bene Gesserit, donas de habilidades sobrenaturais, prometem uma história envolvente e uma leitura fascinante da obra que conta grandes mudanças que deram novos rumos à vida humana. Cheio de conflitos, o livro traz o herói de guerra Vorian Atreides, que virou as costas à política e a Salusa Secundus. Os descendentes de Abulurd Harkonnen, Griffen e Valya, juraram vingança contra Vor, culpando-o pela ruína de suas fortunas. Como a primeira Reverenda Madre, Raquella Berto-Anirul formou a Escola Bene Gesserit no planeta Rossak. Os descendentes de Aurelius Venport e Norma Cenva construíram o Grupo Venport, usando navegadores mutantes e saturados de especiarias. Gilbertus Albans, o pupilo do odiado Erasmus, ensina os humanos a tornarem-se Mentats, além de esconder um segredo inacreditável.

Ícone da contracultura no Japão, Izumi Suzuki foi modelo e atriz antes de se tornar escritora. Fotos da sua parceria com o controverso fotógrafo Nobuyoshi Araki e os filmes pink carregados de nudez e sexo de que participou são exemplares da cena underground na qual estava inserida. Casada com Kaoru Abe, célebre saxofonista de vanguarda, passou a escrever prolificamente depois da morte do marido por overdose, publicando contos sci-fi e ensaios sobre cultura pop em revistas especializadas até cometer suicídio em 1986. Sua obra chega ao ocidente mais de trinta anos depois de ter sido publicada pela primeira vez — e chega em tempo: a ficção especulativa de Izumi Suzuki toca questões assustadoramente atuais. Um mundo de mulheres, com homens praticamente extintos; uma família reproduzindo frágeis papéis preestabelecidos, como qualquer outra no planeta; um encontro entre amigas em um cenário paradisíaco enquanto a tecnologia mascara a solidão — a mesma tecnologia que vicia, banaliza a violência e se integra à realidade a ponto de confundir-se com ela. Com certo ar desafetado que remete a Ottessa Moshfegh e com a consciência de gênero de sua contemporânea Ursula K. Le Guin, Izumi Suzuki empresta a seus narradores e protagonistas uma voz emocionalmente desapegada que torna este conjunto tão singular quanto perturbador. Somando as inúmeras referências à música e ao cinema, as complicações dos relacionamentos familiares e amorosos, e um inconformismo não histérico, que aponta os arranjos sociais e vira o espelho para o leitor, a coletânea de contos Tédio terminal (DBA, 232 pp, R$ 76,90 – Trad.: Andrei Cunha, Rita Kohl e Eunice Suenaga) permanece como quem a escreveu: única, radical e eternamente jovem.

Smartland (Telha, 284 pp, R$ 72,90) narra a história de Zieg, um adolescente triste e sedentário, que, após escanear um QR code misterioso, é sugado junto com sua irmã Emma para dentro de seu smartphone. Presos em um vasto mundo chamado de Smartland, eles lutam contra os algoritmos de inteligência artificial conhecidos como Dumbsters. Nesse ambiente hostil e encantador, encontram outros jovens perdidos por lá, fazem amigos e inimigos, e ganham novas habilidades. Durante esta jornada, reveem suas vidas diante de todo esse mundo tecnológico em que vivemos, enquanto buscam o caminho de volta para casa. A obra oferece uma reflexão contemporânea da vida digital em um universo original, atraente para adolescentes e adultos. Com uma narrativa que mistura reflexões sobre a era digital e elementos de sagas icônicas como Star Wars, De Volta para o Futuro e O Pequeno Príncipe, o livro é um convite para pensar a relação entre tecnologia e sociedade. Gabriel Grecco, conhecido por seu trabalho em artes plásticas e design de capas, incorpora sua visão visual na construção de cenários marcantes e questiona o impacto do sedentarismo e do vício em telas, especialmente entre os jovens.

Inês é uma neurocientista reconhecida por suas pesquisas em busca da cura do Alzheimer. Após um trágico acontecimento, ela se fecha em sua dor e inicia uma jornada obsessiva cujos desdobramentos podem ser incontroláveis. Sete estranhos acordam sem memória em casas espalhadas no meio de uma floresta. Sem lembranças, a única informação que eles têm vem de uma carta enigmática acompanhada de uma chave. Somente aquele que reunir sete chaves poderá se lembrar de quem verdadeiramente é. Sandro é um enfermeiro solitário que vive em uma sociedade segregada devido a uma doença degenerativa contagiosa. Com grande parte da população incapacitada, cabe a ele, e aos que ainda têm condições, manter o que restou do pacto social. Mesclando três linhas narrativas distintas, em Pá de Cal (Record, 392 pp, R$ 69,90) Gustavo Ávila guia o leitor pelo labirinto da mente humana, cruzando uma trilha de mistérios, intrigas e profundas reflexões. Até onde o ser humano é capaz de ir para fugir da dor? Para obter respostas? E o que estaria disposto a fazer para preencher seu vazio?

Em um mundo que já começa a colapsar pela falta de cuidado com o meio ambiente, uma catástrofe sem precedentes na história moderna se aproxima, trazendo consigo o poder de destruir toda a civilização eletrônico-digital. Momentos antes do impacto, um matemático e uma neurocientista, tio e sobrinha, tentam lidar ao mesmo tempo com seus dilemas pessoais e o possível colapso do planeta. Em paralelo, uma enorme conspiração mundial, com seus próprios interesses e ambições, está disposta a controlar as mentes e os destinos da humanidade. Em sua estreia na ficção científica, o neurocientista Miguel Nicolelis mistura cientistas, políticos, personagens do mundo financeiro, figuras históricas e outras inventadas para descrever o impacto de um evento cataclísmico, cujo potencial de destruição é quase inimaginável. Nada mais será como antes (Minotauro, 512 pp, R$ 89,90) apresenta um futuro muito próximo e possível – talvez até demais –, servindo tanto de alerta como de um caminho de esperança.