Depois de divulgar as obras que receberam o Selo Altamente Recomendável FNLIJ 2024, a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) anunciou as obras vencedoras do Prêmio FNLIJ 2024 – produção 2023, que contempla 17 títulos em 16 categorias. Para essa 50ª edição da Seleção Anual da FNLIJ, foram lidos e analisados 608 títulos enviados pelos editores e autores independentes para a Fundação e para cada um dos 23 leitores-votantes. O prêmio de Melhor Livro para Criança foi para a obra Quando as coisas desacontecem, de Alessandra Roscoe, com ilustrações de Odilon Moraes e publicado pela Gaivota. A obra é uma narrativa sobre morte, luto e transformação. O prêmio de Melhor Livro para Jovem foi para Tempo de colher flores (Edições SM), de André Zamboni; o Melhor Livro de Imagem Hors Concours foi para O que incomoda o touro não é a cor é o movimento (Caixote), de Renato Moriconi; e em Melhor Livro de Imagem o escolhido foi Piscina (Companhia das Letrinhas, de JiHyeon Lee e tradução da ARA Cultural. Clique no Leia mais para acessar a lista completa dos vencedores.

A Feira Internacional do Livro de Sharjah inicia sua 43ª edição na próxima semana recebendo mais de 2,5 mil editoras de 112 países. Com o tema "Começa com um livro", o evento irá de 6 a 17 de novembro, contará com mais de 1.350 atividades e celebrará o trabalho de 400 autores. O país convidado de honra será o Marrocos, que irá exibir seu legado literário e cultural. A SIBF 2024 também sediará 600 workshops para todas as faixas etárias e apresentará workshops exclusivos, liderados por especialistas globais em escrita criativa. Em seu discurso na coletiva de imprensa que apresentou a edição deste ano, HE Ahmed Al Ameri, CEO da Sharjah Book Authority (SBA), enfatizou o comprometimento do Emirado em se posicionar como um centro global de conhecimento, cultura e criatividade. Ele atribuiu esse sucesso à visão de Sua Alteza Sheikh Dr Sultan bin Mohammed Al Qasimi, Membro do Conselho Supremo e Governante de Sharjah, que há décadas tem defendido continuamente o papel da literatura na formação da sociedade. “O livro é a origem de todas as coisas e é o registro de todas as realizações humanas. Eles salvaguardam as histórias e realizações das nações, guiando as sociedades à medida que avançam”, disse. Antecedendo a feira, de 3 a 5 de novembro ocorre a 14ª Publishers Conference que terá profissionais de 108 países, incluindo a participação inaugural da República Centro-Africana, e mais de 47 palestrantes internacionais. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O Podcast do PublishNews encerra a série com alguns painéis que fizeram parte da programação da Casa PublishNews 2024. A conversa da semana é sobre comunicar literatura e os livros. Vamos ouvir Pedro Pacífico, criador do @bookster e autor de Trinta segundos sem pensar no medo: memórias de um leitor (Intrínseca) e Rogério Pereira, criador do jornal Rascunho e autor de Antes do silêncio e Na escuridão, amanhã, ambos publicados pela Dublinense. A mediação foi de de Talita Facchini, editora-assistente do PublishNews. A conversa abordou duas histórias de vidas que tiveram caminhos muito diferentes, mas que encontram similaridades no modo como a Literatura os impactou. Pedro e Rogério, falam ainda sobre a importância da leitura e das diferentes maneiras de falar sobre ela e impactar as pessoas: seja nas redes sociais ou na crítica literária do Rascunho. Ao compartilharem suas experiências pessoais, linkando suas obras com o ser literário, os dois também compartilharam com o público, como a leitura entrou em suas vidas e como, com o passar do tempo, se tornou algo muito maior. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Depois de decretar falência em 2023, a Livraria Cultura abre nova unidade em Higienópolis. De acordo com o Estado de S. Paulo, o novo local, localizado no endereço Avenida Angélica, número 1212, já funcionou como agências bancárias. No dia 1˚ de abril de 2023, a rede de livrarias fechou sua unidade mais célebre, localizada no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista. Foi no Estadão também a notícia detalhando mais adaptações da obra de Agatha Christie para os cinemas. Em entrevista ao veículo The Hollywood Reporter, o presidente do estúdio 20th Century Studios confirmou que as obras E não sobrou nenhum, Testemunha de acusação e as histórias da personagem Miss Marple, ganharão filmes. Na Folha, a coluna em vídeo do Painel das Letras apresentou a escritora Aurelis Uribe, convidada da Flip em 2024 e autora de As vira-latas (Bazar do Tempo). Mônica Bergamo usou sua coluna para comentar a vinda de Silvia Federici para lançamento de livro no Ceará. A coluna de Guilherme Amaro no Metrópoles teve como tema livro com crônicas inéditas de Carlos Drummond de Andrade. A revista Casa e Jardim, do globo, abordou o Ecobrutalismo, tema de livro Brutalist Plants que mistura arquitetura com natureza. A Publishers Weekly divulgou uma lista com os melhores livros de 2024. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Os murais com os slogans da edição de 2024 da Feira do Livro de Frankfurt, “Ler é uma expressão de liberdade”, se assomavam em seu rosa forte avermelhado enquanto eu procurava as histórias que só me encontrariam no último dia do evento. No pavilhão quatro, cruzei pela Artist's Alley, onde artistas independentes bolavam estratégias como jogos e brincadeiras para atrair os visitantes, e pelos estandes de diversos países do continente Africano e da Europa. O estande da Ucrânia tinha um espaço para debates, e um nicho destacava obras apenas focadas na guerra com a Rússia; sinais dos tempos. Parei também no Museu de Gutemberg, que incentivava leitores a mergulharem nos primórdios da imprensa, despertando a curiosidade de crianças e adultos. Se no domingo os estandes internacionais se esvaziavam sem os negócios habituais da semana, o pavilhão três, de literatura infantojuvenil e Jovem Adulto, fervilhava. Pessoas de todas as idades lotavam os corredores, se dividindo entre ativações lúdicas e em filas de acesso às paradas mais disputadas, como a florida editora LYX, focada em literatura jovem escrita por mulheres. Entre as editoras alemãs, desvendei com a ajuda de Andréa Heath, um cantinho genuinamente brasileiro: a editora Fafalag. Clique no Leia mais para conferir a segunda parte da crônica de Pedro Rhuas em Frankfurt.

A escola e editora Seiva inicia no dia 4 de novembro o Vida Fóssil, uma experiência online e inédita que une as forças criativas de Laerte e Rafael Coutinho, dois dos maiores nomes dos quadrinhos brasileiros. Ao longo de quatro encontros ao vivo, os participantes acompanharão pai e filho no processo de criação de uma HQ inédita, mergulhando na intimidade artística e colaborativa da dupla. As inscrições podem ser feitas clicando aqui. O curso oferece uma imersão profunda nas técnicas de desenho, narrativa e criatividade, e é direcionado tanto para iniciantes quanto para artistas experientes. Os inscritos terão acesso exclusivo aos bastidores dessa criação colaborativa, desde as primeiras ideias e esboços até a finalização. Sobre o que será essa história? Quais são os assuntos que têm movido Laerte e Rafael? Quais serão os métodos utilizados? Temas, cores, texturas, aplicação de texto, finalização digital, capa e quarta capa: tudo será decidido ao vivo e na frente do público, que vai acompanhar, ao longo do percurso, o passo a passo para trazer uma nova história ao mundo. Vida Fóssil propõe um espaço de troca e aprendizado, onde o processo é tão importante quanto o resultado. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) encerrou a sua 12ª edição no final de outubro (20) comemorando o recorde de circulação de mais de 100 mil pessoas nos quatro dias de evento e ocupação de 100% dos leitos em Cachoeira e região. Com o tema “O Mundo da Literatura em Festa”, a programação envolvia literatura nacional, música, artesanato e gastronomia local nos espaços Tenda Paraguaçu, Geração Flica, Fliquinha, Casa do Governo, Casa do Patrimônio, Palco Raízes e Ritmos. O evento contou com a participação de estudantes da rede pública de ensino da Bahia, que formam um dos públicos mais importantes da festa literária, chegando em ônibus com seus mestres de diversas cidades do Recôncavo Baiano. A equipe de curadores da festa literária foi formada por Calila das Mercês, Emília Nuñez, André Felipe Oliveira (Deko Lipe) e Linnoy Nonato. Tudo isso sob a batuta de Vanessa Dantas, coordenadora geral da Flica e CEO da Fundação Hansen Bahia. De acordo com Dantas, a Flica 2024 gerou mais de mil empregos diretos e indiretos. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em comemoração ao Dia Nacional do Livro, nesta terça-feira (29), das 11h às 13h, os passageiros que circularem pela estação Palmeiras-Barra Funda da CPTM e pelo Terminal Metropolitano Jabaquara da EMTU poderão ganhar um livro novo. Serão distribuídos 200 exemplares em cada ponto de doação. Ação ocorre por conta da parceria entre a Secretaria dos Transportes Metropolitanos e a Rede de Museus-Casas, instituições da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, realizará a doação de mais de 700 livros de tradução e de ensaio, todos gratuitos para passageiros dos Transportes Metropolitanos. Além disso, mais de 300 livros serão doados para o reabastecimento das estantes e gelotecas localizadas em 26 estações da CPTM e nove terminais e estações do VLT da EMTU. Todos os exemplares são novos e editados com apoio da Rede de Museus-Casas, formada pela Casa das Rosas, Casa Guilherme de Almeida e Casa Mário de Andrade. A parceria tem como objetivo celebrar a data e conscientizar os passageiros sobre a importância da leitura para estimular a criatividade, contribuir com o crescimento do vocabulário, melhora na escrita e proporcionar conhecimento em diversos assuntos. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Na 155ª edição do Cândido, o meio ambiente e a literatura se entrelaçam como tema principal da edição. O repórter Francisco Camolezi resgata a trajetória do Brasil ao longo dos séculos, marcada pela cafeicultura, e investiga como resquícios da fase extrativista do grão foram retratados por grandes escritores(as) brasileiros. A literatura, seja ficcional ou não, que descreve uma paisagem, também serve como um importante registro da história, mesmo quando inclui as práticas predatórias da monocultura no país. Exemplos disso podem ser encontrados nos cenários da floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, retratados por Clarice Lispector, Monteiro Lobato e José de Alencar. Na seção de retranca, uma prateleira de livros que inspiraram o tema da reportagem. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Assumir a responsabilidade pela criação e bem-estar de uma pessoa pode ser uma tarefa desafiadora. Embora as crianças não venham com um manual de fábrica, é possível aprender a Educar sem surtar (Latitude, 456 pp, R$ 69,90 - Trad.: Kícila Ferreguetti). Na obra, o psiquiatra e escritor best-seller do New York Times Dr. Daniel Amen, em parceria com o Dr. Charles Fay, especialista em psicoterapia infantil e juvenil, oferece um roteiro prático aos pais e educadores que desejam ajudar os mais novos a se tornarem adultos emocionalmente saudáveis, confiantes e preparados para enfrentar os desafios da vida. De acordo com o autor, a personalidade de cada um é moldada pelo funcionamento do cérebro desde o nascimento. Dividido em duas partes, a primeira seção do livro traz ferramentas e princípios de neuropsicologia para inspirar a força mental e o controle emocional dos filhos. A segunda seção da obra propõe um passo a passo para lidar com desafios comuns da rotina. Em Educar sem surtar, Dr. Daniel Amen e Dr. Charles Fay unem 40 anos de pesquisas sobre como estimular cérebros saudáveis para ter sucesso na educação das próximas gerações, sempre combinando firmeza e gentileza.

Muitos debates sobre IA e ética médica ainda estão restritos aos ambientes técnicos e acadêmicos, o que dificulta o acesso ao conhecimento por parte de quem não está familiarizado com o tema. Há uma lacuna no material disponível para o público em geral, e Inteligência artificial na medicina (Consultor Editorial, 200 pp, R$ 98) - obra escrita por Vanessa Schimit Bortolini - é uma tentativa de contribuir na discussão, tão fundamental, tornando o conteúdo mais acessível e compreensível a todos. A aplicação da IA na saúde afeta diretamente não apenas médicos, profissionais da área, clínicas e hospitais, mas também os pacientes, que devem estar cientes dos impactos e das possibilidades dessa tecnologia. A rápida evolução da IA gerou novos dilemas éticos, que exigem um olhar atento, uma vez que podem comprometer tanto a qualidade do atendimento quanto os direitos dos pacientes, e gerar novos riscos até então desconhecidos aos profissionais, clínicas e hospitais. A obra será lançada nesta terça (29), às 18h30, na Galeria Casa Prado (Rua Dinarte Ribeiro, 148 - Moinhos de Vento, Porto Alegre / RS).

O que significará viver livre dos limites do nosso corpo? Quem nos tornaremos se a nossa mente puder ser arquivada e replicada? Como lidaremos com os riscos inerentes a uma tecnologia tão incrivelmente poderosa? Para o futurista, inventor, guru do tecno-otimismo e autor de A singularidade está mais próxima (Goya, 512 pp, R$ 99,90 – Trad.: Renato Marques), Ray Kurzweil, as inovações das próximas décadas mudarão a vida humana para sempre: mais potente que a orgânica, a inteligência artificial se fundirá com o cérebro biológico, expandindo enormemente a nossa consciência e as nossas capacidades cognitivas. Kurzweil prevê, ainda, uma era de abundância em que os avanços na tecnologia da informação tornarão bens e serviços essenciais cada vez mais acessíveis ― da produção de alimentos e vestuário à eficiência de utensílios e moradias; da geração de energia limpa e sustentável ao tratamento de doenças e prolongamento da vida. Este livro trata, portanto, da nossa aproximação final com esse ponto de Singularidade, e das oportunidades e dos perigos que isso representa. E profetiza: se conseguirmos enfrentar os desafios científicos, éticos, sociais e políticos que tamanho avanço nos coloca, transformaremos profundamente, e para melhor, a vida na Terra.

O desejo de mudança, a curiosidade de repórter e a alma otimista levaram Giuliana Morrone a escrever este livro que alerta os leitores sobre os descaminhos da sustentabilidade e sugere os caminhos para as soluções. Os dados científicos sobre o esgotamento do planeta Terra são consistentes. As práticas ultrapassadas de determinadas empresas na condução dos negócios são preocupantes e agravadas pela imaturidade de lideranças que ainda acreditam no comando estrito de equipes, subestimam talentos e ignoram a riqueza da singularidade de colaboradores. A desigualdade, os preconceitos e a discriminação ainda permanecem como estruturas sólidas, barreiras aviltantes. Em Mitos e verdades sobre o ESG (Planeta Estratégia, 288 pp, R$ 69,90), a autora 'esbarra' em diversas enganações na tentativa de mostrar o contrário e de revelar essa realidade. É hipocrisia e falta de coerência entre discurso e prática. Mas também encontro esperança que me move e me inspira, com tantos esforços e resultados positivos. Em um jogo de luz e sombra, fico com a luz, consciente da sombra.

A certa altura de A cidade das colunas (Editora 34, 80 pp, R$ 69 – Trad.: Samuel Titan Jr.), ao mencionar o efeito provocado pela retirada de um tapume no centro velho de Havana, Alejo Carpentier nota de passagem: o que se descortinava aos olhos era uma “ágora entre mangues, praça entre matagais”. Nesse registro, em que um elemento primordial da pólis grega surge imerso em outra geografia, o escritor sintetiza o profundo deslocamento que a ocupação do Novo Mundo implicou, a seu ver, para a cultura do Ocidente — tema que ele mesmo não deixaria de tratar em algumas peças de ficção como O reino deste mundo (1949), Os passos perdidos (1953), O século das luzes (1962), O concerto barroco (1974) e outras mais. À primeira vista, A cidade das colunas pretende tão só apresentar ao leitor certas constantes da arquitetura de Havana que conferiram à cidade sua feição inconfundível. O que se descobre nestas páginas, porém, é muito mais: em cinco breves capítulos, elas exemplificam com exatidão o método do escritor, no qual um anônimo mestre de obras cubano é contraposto a Le Corbusier, o tronco de uma palmeira convive com colunas dóricas, uma figura de retábulo hispânico é vizinha de um herói de Racine. Por meio desses cortes e aproximações, Carpentier promove uma subversão de valores e uma defesa luminosa da mistura e da mestiçagem que ele enxerga no cerne da experiência antilhana e, por extensão, latino-americana. Publicado originalmente em 1964 com 12 fotografias de Paolo Gasparini, o texto de Carpentier vem à luz em sua edição brasileira acompanhado por 42 imagens em preto e branco do fotógrafo italiano — contraponto gráfico certeiro para este ensaio que tem o andamento de um poema.