A capista e ilustradora Ing Lee é a vencedora do Prêmio Jovens Talentos da Indústria Editorial 2024. A ilustradora mineira que iniciou sua carreira expondo em feiras gráficas com projetos experimentais de HQs viajará para a Feira de Frankfurt com as despesas de passagem e hospedagem custeadas pela organização do prêmio. O anúncio da premiação aconteceu nesta segunda-feira (9), durante a programação do InterLivro, na Bienal Internacional do Livro de São Paulo. "Já tiveram outras candidaturas de pessoas parecidas comigo, racializadas, e acho muito importante que os prêmios reconheçam as novas caras desse mercado, que desafiam as concepções do setor tão centrado em questões eurocêntricas, brancas, etc. Não ensaiei discurso nenhum, desculpem (risos). Acho que vai ser muito legal estar em Frankfurt", disse a vencedora após o anúncio. No início de setembro, os cinco finalistas do Jovens Talentos 2024 – além de Ing, Leopoldo Cavalcante, Milena Lourenço, Rafaela Pechansky e Ronaldo Rodrigues – participaram de um pitching para apresentar seus trabalhos e cases para um júri composto por: Marifé Boix-Garcia (VP da Feira de Frankfurt), Ricardo Costa (CEO da MVB América Latina), Lizandra Magon (diretora editorial da Jandaíra e presidenta da Libre), Eliana Menegucci (CEO da Livraria da Vila) e Rogério Pereira (escritor, jornalista e editor do jornal Rascunho). Eles foram os responsáveis por analisar e escolher a vencedora. Desde 2015, o Prêmio – uma realização do PublishNews em parceria com a Feira do Livro de Frankfurt e com patrocínio da MVB América Latina – tem a missão de apresentar profissionais que não só representam a renovação do mercado, mas também o futuro da indústria. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A 7ª edição do InterLivro – Encontro Internacional de Profissionais do Livro foi realizada nesta segunda-feira (9), dentro do Espaço Papo de Mercado MVB da 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo – e contou com convidados internacionais, mesas lotadas e discussões sobre temas correntes do mercado. Na primeira parte do evento, realizada pela manhã, a curadoria do PublishNews propôs um formato de mesas mais rápidas, com comentários gerais sobre o status do mercado editorial, focadas em assuntos de interesse para editores e outros profissionais do setor. O dia começou com a apresentação de Natalia Vieira, do Radar de Licitações, explicando onde estão as oportunidades de vendas de livros ao governo e mostrando como é possível alcançá-las. Em seguida, Samuel Seibel (fundador da Livraria da Vila) e Cynthia Muller (coordenadora comercial da Planeta) falaram sobre as relações atuais entre editoras e livrarias. Seibel comentou que tem percebido uma boa demanda por novas livrarias (“onde a gente abre geralmente dá certo”), e, entre outros assuntos abordados, os panelistas foram questionados sobre a Lei Cortez. “É um sonho a Lei Cortez”, comentou Cynthia, “porque a gente vai conseguir ter melhores preços. Quando a gente define o preço hoje em dia, consideramos o desconto e as negociações, são muitas variáveis. Vai ficar mais justo para a cadeia, e o leitor vai passar a escolher o serviço, não necessariamente o produto”. Essa dificuldade de definir os preços dos novos livros – levando em conta os possíveis descontos e outros fatores incertos de negociação – tem sido uma constante entre as conversas dos profissionais do setor nos últimos dias. Outros assuntos como audiolivros, leitura e formação de leitores, internacionalização e metadados fizeram parte da programação. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

A Flip – Festa Literária Internacional de Paraty divulgou nesta segunda-feira (9) o programa principal da sua 22ª edição, marcada para ocorrer de 9 a 13 de outubro. Com curadoria de Ana Lima Cecilio, a programação pretende trazer para o centro de seus debates a pluralidade de visões e sensibilidades que estão em jogo na contemporaneidade. Homenageando João do Rio – o pseudônimo mais famoso de Paulo Barreto (1881-1921) –, um dos autores mais importantes do início do século XX no Rio de Janeiro, a programação oficial inicia no dia 9, às 19h30, com uma breve aula sobre o autor dada pelo historiador carioca Luiz Antonio Simas. A programação ainda traz nomes internacionais como as autoras italianas Ilaria Gaspari e Lisa Ginzburg; o filósofo belga Mark Coeckelbergh; o francês Édouard Louis; os americanos Danny Caine e Robert Jones Jr.; a chilena Arelis Uribe; a argentina Gabriela Cabezón Cámara; a espanhola Brigitte Vasallo; o senegalês vencedor do Goncourt Mohamed Mbougar Sarr; e Atef Abu Saif, que nasceu no campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza. Entre os nacionais estão nomes como o influenciador Felipe Neto, Jeferson Tenório, Eliana Alves Cruz, Julia Dantas, Micheliny Verunschk, Raoni, Patrícia Campos Mello, Joca Reiners Terron, entre outros. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Fundação Biblioteca Nacional (FBN), vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), anunciou nesta segunda-feira (9) o lançamento do edital do Programa de Apoio à Tradução e Publicação de Autores Brasileiros no Exterior, edição 2024. O programa visa apoiar editoras que desejam traduzir obras de autores brasileiros, previamente publicadas em português, para outros idiomas, e comercializá-las no exterior em formato impresso, digital ou ambos. As inscrições podem ser feitas até 6 de outubro de 2024, exclusivamente pelo e-mail translation@bn.gov.br. Clique aqui para ver o edital e o regulamento. O resultado das editoras selecionadas será publicado no Diário Oficial da União, no dia 18 de novembro de 2024. O programa disponibilizará R$ 1 milhão para projetos internacionais de tradução e publicação de obras de autores brasileiros anteriormente publicadas em português no Brasil. Após a publicação do edital, as editoras estrangeiras encaminham um projeto de tradução acompanhados da documentação exigida no regulamento. Uma vez habilitadas, as editoras assinam um Termo de Compromisso com a Biblioteca Nacional e o apoio financeiro é efetivado em duas parcelas, a primeira, logo após a assinatura do contrato, e a segunda, após a publicação da obra traduzida, em até 24 meses. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Amazon Brasil, em parceria com a HarperCollins Brasil, anunciou a 2ª edição do Prêmio Amazon de Literatura Jovem, que reconhece autores e autoras independentes do país, do segmento Jovem-Adulto, com obras publicadas no Kindle Direct Publishing (KDP), a ferramenta de autopublicação da Amazon. A 1ª edição do Prêmio Amazon de Literatura Jovem contou com a inscrição de mais de mil escritoras e escritores. As inscrições estarão abertas entre os dias 16 de setembro e 31 de dezembro e o vencedor será anunciado na Bienal do Livro do Rio de Janeiro em 2025. Nessa edição da premiação o júri será composto por Thalita Rebouças, Pedro Rhuas e Alec Costa. A vencedora ou vencedor receberá o valor de R$ 35 mil, sendo R$ 10 mil em adiantamento de royalties da HarperCollins Brasil, com sua obra publicada no país na versão impressa pelo selo literário Pitaya, voltado para o público Jovem-Adulto. No primeiro dia da Bienal do Livro de 2024, a obra vencedora da 1ª edição do Prêmio Amazon de Literatura Jovem, Coronel Mostarda com o castiçal na biblioteca, da autora Juliana Giacobelli, foi lançada fisicamente e no formato de audiolivro pela Audible. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Grupo Elo Editorial abriu uma vaga para editor assistente. É preciso ter graduação em Letras, Editoração ou Jornalismo; experiência em edição de livros infantis e juvenis, preparação e revisão de textos, além de todo o processo editorial; domínio dos softwares Word, Excel e Adobe Acrobat; organização, proatividade, facilidade de comunicação e relacionamento; e inglês avançado e espanhol intermediário. É também necessário morar em São Paulo ou Grande São Paulo, pois o modelo de trabalho é presencial. As funções do cargo incluem preparar e revisar textos; avaliar trabalhos de revisão, preparação, tradução e edição de textos; solicitar ISBN e ficha catalográfica; controlar o fluxo de trabalho; fazer textos de orelhas e quarta capa; e atualizar o catálogo da editora. Interessados devem encaminhar currículos para curriculos@eloeditora.com.br.

O Clube do Livro Neon – criado em 2023 – criou um mapa personalizado e gratuito da Bienal do Livro de São Paulo para ajudar os leitores no Distrito Anhembi (Av. Olavo Fontoura, 1.209 - São Paulo / SP). O mapa contém duas versões. Em uma delas, o leitor pode marcar os estandes que quer visitar e ainda ter acesso a dicas do Clube sobre os melhores espaços, promoções e livros – pensadas com base no público-alvo do projeto; e a segunda, uma versão em branco e mais simples, voltada para o leitor que já sabe o que quer, só com os destaques dos seus estandes favoritos. As responsáveis pelo clube – Ana Karoline Mesquita Pacheco de Brites, Julia Ricci Vaz, Manuela Marques Ferreira, Aline Patrícia Souza e Silva, Alana Rafaela Sousa da Silva e Mariana Rodrigues Franco – explicam que a ideia do mapa surgiu da oportunidade de ajudar os leitores criando um conteúdo que as pessoas vão realmente consumir. “Somos leituras assíduas das Bienais, inclusive entramos no app da Bienal assim que foi lançado, mas esse ano o evento pecou no lado visual. O mapa disponibilizado no app, por exemplo, é uma planta arquitetônica, não feita pensada na usabilidade do usuário”, explicam. O mapa do Clube funciona como um PDF normal e as pessoas interessadas podem baixar e ter acesso mesmo offline. Antes mesmo do início da Bienal o mapa viralizou nas redes sociais. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O homem que amava os cachorros (Boitempo) foi o livro escolhido em votação aberta pelo público brasileiro para a edição de setembro, no dia 11, do Clube de Leitura CCBB 2024, que traz o escritor Leonardo Padura ao Brasil depois de cinco anos de ausência dele no país. O encontro com Leonardo Padura reúne também o escritor e tradutor argentino Rodrigo Labriola, doutor em Literatura Comparada e professor de Literaturas Hispano-Americanas da UFRJ, autor, entre outros, de A Fome dos Outros: literatura, comida e alteridade no século XVI, e ocorrerá no dia 11 de setembro de 2024, às 17h30, na Biblioteca Banco do Brasil do CCBB RJ (Rua Primeiro de Março, 66, Centro – Rio de Janeiro / RJ), com entrada gratuita. No mesmo mês, o livro comemora uma década e meia de existência, desde que foi publicado na Espanha. Padura destaca em O homem que amava os cachorros, mostra a grande utopia igualitária que se pretendeu colocar na prática no século XX. O escritor cubano também cumpre agenda na 27ª Bienal do Livro de São Paulo, no Festival Literário de Cultura Judaica, na mesma cidade, e no Norte e Nordeste do Brasil. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Nesta sexta (13), às 19h, a Livraria Megafauna (Av. Ipiranga, 200 - loja 53 – São Paulo / SP) recebe o lançamento do livro Kafka: Os anos de discernimento, com a presença do autor Reiner Stach. A obra, publicada pela Todavia, aborda as desilusões artísticas, a doença e os agonizantes momentos finais de Franz Kafka. O autor de A metamorfose era agora um judeu alemão com passaporte tcheco e sofria de tuberculose, àquela altura uma sentença de morte que tornava impossível a existência literária. A narrativa de Stach, que reflete as últimas descobertas sobre a vida e a obra de Kafka, atrai os leitores com uma precisão quase cinematográfica, apresentando os momentos finais de um dos maiores escritores de todos os tempos. A tradução da obra só foi possível graças ao Programa de Fomento à Tradução do Goethe-Institut. O evento contará com um bate-papo entre o autor, o escritor Roberto Taddei e a tradutora Claudia Abeling. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Desde o seu surgimento, o psicodrama sempre foi uma abordagem crítica, contestadora e de vanguarda. Mas será que, nos tempos em que vivemos, permeados pelo ódio, pelo preconceito e pela violência, o movimento psicodramático tem conseguido manter sua combatividade? Partindo dessa pergunta, os textos presentes em Sexualidades, corpos e poder (Ágora, 200 pp, R$ 78,40) abordam temas como LGBTfobia, racismo, monogamia, poliamor, descolonização, feminismo e patriarcado. Escritos por profissionais experientes, eles nos convidam a participar de uma revolução criadora no psicodrama, desafiando as normas estabelecidas que muitas vezes resultam em sofrimento nos consultórios psicoterápicos. Textos de: Alliny Araújo, Anna Cláudia Eutrópio, Claudia Clementi Fernandes, Daniela Aparecida Cardoso da Silva, Juliana dos Santos Soares, Laura de Souza Zingra Vomero, Maria da Penha Nery, Nilton Inácio do Nascimento, Paulo César Alves de Siqueira, Saulo Vito Ciasca, Wesley Miranda Marques.

O que uma escritora best-seller de ficção juvenil e um psicólogo têm em comum? O fascínio pela adolescência, essa fase do crescimento tão atribulada quanto fundamental na formação do indivíduo. Desse interesse em comum e de inúmeras conversas sobre o tema, nasceu o livro Falando sério sobre adolescência (L&PM, 256 pp, R$ 69,90), que tem o objetivo de ajudar mães, pais, familiares e cuidadores a entender, respeitar e ajudar jovens e adolescentes nesse período de sentimentos à flor da pele, emoções exacerbadas, crescimento descontrolado, hormônios em polvorosa e cérebro em expansão. Thalita Rebouças e Renato M. Caminha abordam aqui os principais temas sobre os quais precisamos estar atualizados para atravessar os anos da adolescência de nossos jovens com o mínimo de sofrimento e sendo capazes de auxiliá-los. Com seus olhares especializados nessa fase de transição do desenvolvimento humano, Thalita e Renato traduzem, com muito respeito e sensibilidade, o que está por trás do processo de adolescer, bem como as transformações físicas, cerebrais, sociais e emocionais envolvidas. Abordam também fenômenos que são os grandes desafios parentais relativos a esse período da vida, aos quais precisamos estar atentos, como violências, jogos eletrônicos, a busca por uma identidade e o uso de celulares e redes sociais. O autores oferecem às famílias de adolescentes de hoje um manual de sobrevivência que vai aliviar angústias e esclarecer dúvidas.

Desde a origem da humanidade, os sonhos são encarados como uma espécie de orientação, e foi a partir da obra do lendário psiquiatra e psicoterapeuta Carl G. Jung que os estudos sobre o inconsciente se tornaram populares e expansivos. Em sua última publicação em vida, finalizada dez dias antes de seu falecimento, Jung explora o entendimento dos símbolos em nossos sonhos por meio de uma escrita acessível a todos os públicos, e não apenas restrita aos estudiosos da área. Agora em edição especial de luxo, O homem e seus símbolos (HarperCollins, 448 pp, R$ 99,90 – Trad.: Maria Lúcia Pinho) é uma obra atemporal preenchida por estudos de caso e temas que atravessam a filosofia, a história, os mitos, a fantasia e muito mais, em um trabalho que oferece valiosos conhecimentos sobre simbologia e o seu significado e impacto na vida humana.

Depois de anos questionando a imposição de uma maneira tradicional de se relacionar, chega a nova edição do best-seller Novas formas de amar (Paidós, 272 pp, R$ 76,90), da psicanalista Regina Navarro Lins. Lançada originalmente em 2017, a obra explora as diversas formações de relacionamentos modernas, a busca pelo amor no tempo da globalização e os desafios dos casais ao se relacionar. Para Regina, amar exige muito aprendizado e este é o maior desafio para aqueles que buscam um relacionamento. Nos tempos atuais, os desafios são ainda maiores porque surgiram novas formas de amar, exploradas pela psicanalista ao longo da obra. A partir de casos reais, a psicanalista faz reflexões importantes e até apresenta o que há de mais novo nessa procura pelo prazer. Depois da revolução sexual, do divórcio, da pílula, do movimento LGBTQIAP+ e de tantas outras mudanças de paradigmas, amar virou um verbo plural. Com a experiência de quem atende em consultório há cerca de 45 anos, em Novas formas de amar, Regina Navarro Lins convida leitores e leitoras a repensarem os modelos de relacionamento e a questionarem os conceitos tradicionais de "namoro" e "casamento" para se apagarem ao que realmente importa: felicidade e liberdade.

A sensação de cansaço persistente, a ansiedade diante das situações mais corriqueiras, a evitação do contato social são algumas das agruras cotidianas relatadas em consultórios e a saúde mental nunca foi tão patologizada. Diante desse quadro, o uso de antidepressivos está entre os processos de medicalização mais praticados como forma de lidar com o sofrimento. Esses e outros argumentos motivaram a pesquisa apresentada no livro O lugar do sofrimento na cultura contemporânea – Reflexões sobre a medicalização da existência (Summus Editorial, 144 pp, R$ 58,90). Nele, a análise dos diagnósticos psiquiátricos nos dias atuais é assunto tratado com profundidade pela psicóloga Mariama Furtado, numa leitura indicada não somente para profissionais da área de saúde, convidando o leitor a reflexões e questionamentos. A obra aborda o crescente interesse pelos processos de medicalização da existência. O sofrimento, os desânimos, as simples manifestações da dor de viver parecem intoleráveis em uma sociedade que aposta no bem-estar como meta. Num contexto que exalta os valores ligados à eficiência, à produtividade, ao bem-estar e à felicidade, o sofrimento passa a ser visto como uma patologia que precisa ser corrigida. Assim, um processo de contínua expansão dos diagnósticos vem trazendo para o campo da psicopatologia comportamentos, emoções e estados subjetivos anteriormente experimentados e concebidos como parte da condição humana, de modo que cada vez mais pessoas se tornam potencialmente portadoras de algum transtorno. Constatando esses fenômenos tanto na clínica quanto no campo da pesquisa, Mariama Furtado problematiza o assunto e mostra que, ao tentar suprimir o sofrimento da experiência da vida, a medicalização acaba destituindo o próprio sujeito daquilo que diz respeito à sua singularidade e da possibilidade de instituir formas autênticas e criativas de viver.