No Podcast do PublishNews desta semana, um dos principais temas do mercado editorial, entre dúvidas e possibilidades, nos últimos meses: os usos de ferramentas de Inteligência Artificial. A equipe conversou com José Fernando Tavares, colunista do PN e profissional de produtos digitais, com mais de 15 anos de experiência no mercado editorial, especializado em tecnologia para negócios e inteligência artificial para produtividade. A conversa tentou evitar alguns lugares-comuns que se criaram nos últimos tempos e procurou focar em usos específicos e indicações para profissionais do mercado do livro e interessados nesses processos. Outros assuntos destacados na entrevista foram as tendências e discussões internacionais, preocupação com proteção de direitos dos materiais editoriais para usos na IA, nível de investimento inicial necessário com treinamentos e softwares, bem como indicações de transparência na utilização das ferramentas. O Podcast do PublishNews é um oferecimento da MVB, a empresa que torna os seus livros visíveis com serviços como Metabooks e Pubnet; da UmLivro, novo modelo de negócios para o mercado editorial: mais livros e mais vendas; e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), a entidade que representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes; Google Podcasts, Overcast e YouTube.

No último dia 8 de julho, o The New York Times divulgou uma lista com os 100 melhores livros do século XXI, segundo o jornal. A pesquisa foi feita a partir de 503 consultas com pessoas que integram o mundo editorial e do livro nos EUA, como autores de ficção, não ficção, poetas, críticos e "amantes de livros". Segundo levantamento do PublishNews, dos 100 livros citados pelo jornal, 73 também foram publicados no Brasil. O jornal americano ainda publicou um artigo em que mostra os dez livros escolhidos por personalidades famosas que participaram da votação, como Stephen King, Sarah Jessica Parker, Megan Abbott, Min Jin Lee e Junot Díaz. Uma das autoras destaque da lista foi Elena Ferrante, com três títulos. Além de ficar na primeira colocação com A amiga genial (Biblioteca Azul), a autora italiana que se tornou um fenômeno literário no início dos anos 2020 apareceu na 80˚ colocação, com o último volume da tetralogia napolitana, História da menina perdida (Biblioteca Azul), e em 92˚ lugar, com o romance Dias de abandono (Biblioteca Azul). A editora brasileira que mais publicou títulos da lista é a Companhia das Letras, com 32, seguida pela Intrínseca, com 8 títulos, Todavia (6) e Globo Livros (6). Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Existe uma certa fantasia simbólica ao redor do livro. Quando sonhamos, é num formato bem tradicional e sem considerar as concessões. Em 2017 eu imaginava publicar meu livro Eu só existo às terças-feiras como um livro físico, com a maior das editoras que resolvesse me aceitar – e meus sonhos de quais editoras gostaria eram bastante ambiciosos. Mas hoje eu vejo a autopublicação como mais do que só um último recurso porque a experiência me deu uma visão com mais nuances de quais são os limites e oportunidades de cada formato. Para expandir o público, para alcançar novas pessoas, para consolidar uma certa reputação e para se posicionar direito nos ambientes digitais, a autopublicação é um bom caminho. Quando estiver inclinado a um projeto que priorize essas coisas, pretendo continuar autopublicando projetos mesmo se eventualmente começar a publicar também com editoras tradicionais. A melhor das estratégias me parece ser hoje uma que alinhe a autopublicação como uma espécie de “topo de funil”, para ganhar novos interessados que recebem um conteúdo de fácil acesso e de custo reduzido ou zerado, para depois gerar uma conversão de “fundo de funil” no leitor fidelizado que, porque já te conhece e leu de graça ou por preços módicos durante anos, vai estar mais predisposto a pagar dinheiro numa edição física do seu livro. Clique no Leia Mais para ler o artigo na íntegra.

O novo livro da autora estadunidense Judith Butler sobre gênero chamado Quem tem medo do gênero? (Boitempo) foi recolhido por pedido da editora adventista Casa Publicadora Brasileira, após um processo judicial questionando o uso de imagens com direitos autorais irregulares. A capa interna da edição brasileira traz uma foto com cores removidas que mostra o cartaz de manifestações contrárias à autora, em uma de suas visitas ao Brasil. A imagem é creditada com direitos de uso livres. A notícia foi ao ar na Folha de S. Paulo. Na capa original do cartaz, é reproduzido o personagem Quico, que é propriedade da editora Casa Publicadora Brasileira. Na coluna Era outra vez, Bruno Molinero lista dez livros infantis para ler com crianças antes do fim das férias. E a Folha fez uma reportagem em que detalha mais sobre o gênero ficção de cura, que se tornou um sucesso no Japão e Coreia do Sul, e começa a fazer sucesso nas prateleiras de livrarias brasileiras. A Época Negócios reproduziu o texto da BBC News que aborda o livro The last heroes - 100 moments of olympics legend, da editora Assouline, com imagens icônicas de momentos históricos dos Jogos Olímpicos. O Estadão entrevistou o psicanalista e comunicador Christian Dunker para saber mais detalhes dos autores de sua biblioteca. A coluna Pensar, do jornal Estado de Minas, fez uma resenha sobre nova edição do livro de Rachel de Queiroz. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A distribuidora Loyola informou o falecimento de Sergio Pereira, carinhosamente conhecido como "Serginho", aos 52 anos. Sergio dedicou anos de sua vida à Editora Vozes e à Distribuidora Loyola de Livros, desde a fundação da Loyola, como vendedor de livros. Sempre com um sorriso acolhedor e uma disposição inigualável, viajou por todo o Brasil levando a literatura religiosa, artigos sacros, CDs, Vídeos, Bíblias e muita literatura geral aos seus clientes, afirma a distribuidora. Ele estava internado no Instituto Dante Paizzanese de Cardiologia, em São Paulo, para check-up e manutenção de um possível problema no coração. Durante o processo ele teve complicações e não resistiu. A cerimônia de velório é realizada nesta segunda-feira (22) no Cemitério do Campo Grande, até às 15h. "Expressamos nossas condolências à família, aos amigos e a todos aqueles que foram impactados pela presença iluminada de Sergio em suas vidas. Que ele descanse em paz", diz o sócio diretor da Distribuidora Loyola de Livros, Ernesto Luiz de Almeida, em mensagem enviada a colegas do mercado editorial.

A Editora Novo Século lança, em agosto, um novo selo dedicado exclusivamente a edições de luxo de obras renomadas: o NS CLASSICS. O primeiro título a ser publicado será O retrato de Dorian Gray (Novo Século, 288 pp, R$64,90), de Oscar Wilde. O objetivo é produzir livros de domínio público com acabamentos diferenciados e que captem a atenção do leitor, proporcionando uma experiência única e valorizando clássicos que marcaram a história da literatura. As edições terão acabamento em capa dura, fitilho e pintura trilateral. Além disso, os projetos gráficos serão personalizados. Segundo a editora, os leitores poderão explorar uma seleção contínua de clássicos, cada um com sua própria identidade e singularidade. O retrato de Dorian Gray será o primeiro livro a ser publicado neste formato. A obra acompanha a jornada de Dorian Gray, um jovem de beleza incomparável que, ao fazer um pacto sombrio, troca sua alma pela eterna juventude. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

Intelectual de imensa relevância e prestígio, além de referência nos estudos da causa afrodescendente, Nei Lopes compilou e organizou textos sagrados, filosóficos e históricos da tradição africana no livro Kitábu: o livro do saber e do espírito negro-africanos. Publicada originalmente em 2005 e há muitos anos esgotada, a obra logo se destacou como leitura fundamental sobre religiões africanas nas Américas, a partir de suas matrizes e se tornou uma relíquia altamente disputada em sebos e lojas virtuais de livros usados do país. A boa notícia é o lançamento da nova edição deste clássico contemporâneo pela Editora Malê, incluindo texto inédito de orelha de Luiz Antonio Simas. Não se trata, porém, de apenas uma reedição, o novo volume passou por uma extensa e cuidadosa revisão, incluindo atualizações importantes em relação ao texto original e novo projeto gráfico. O autor lança o livro nesta terça-feira (23), às 18h, na Livraria Leonardo da Vinci (Av. Rio Branco, 185, subsolo, 1, Centro – Rio de Janeiro / RJ). Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Estão abertas as inscrições para o Laboratório de Produção de Quadrinhos na Biblioteca Parque Villa-Lobos. A atividade é uma proposta de curso de longa duração que visa a formação ampla dos participantes na linguagem dos quadrinhos. Por meio de sete módulos, que acontecem de 1˚ de agosto a 17 de dezembro, cada participante terá contato com diferentes saberes, técnicas e experiências relacionadas à produção das histórias em quadrinhos, visando o aperfeiçoamento e a inserção profissional no mercado editorial e/ou como autor independente. O laboratório acontece às terças e quintas, das 14h às 17h. As inscrições são gratuitas no site da Biblioteca: https://bvl.org.br/evento/ofic.... A ação é ainda pontuada por sete encontros com Fábio Moon, curador desta edição do projeto, que propõe reuniões voltadas para os processos criativos dos participantes em diálogo com temas trabalhados nos módulos. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Levar poesia para a galera. Essa é a proposta da antologia Poesia, galera!, do poeta Nicolas Behr, realizada com apoio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF). A obra reúne poemas escritos entre 1977 e 2023 e, ao longo de agosto, circula e é distribuída por quatro escolas públicas da área rural do DF, localizadas em Ceilândia, Brazlândia, São Sebastião e Sobradinho. “O livro tem essa pretensão de ser facilitador da leitura, chamar a galera pra poesia, pra leitura, pra discussão sobre Brasília, das questões que nos tocam”, explica o escritor. “Eu gostei muito de fazer esse livrinho, vai chegar nas mãos certas, vai chegar nos estudantes”, acrescenta. Junto à circulação com a obra por escolas, Behr realiza também palestra sobre o livro e o hábito de ler e escrever em cada uma das quatro instituições percorridas. Na palestra, o autor pretende apresentar seus vários métodos de criação textual, com intuito de ampliar o universo poético e o conceito de poesia dos participantes. Essa atividade é uma forma de quebrar a barreira entre escritor e leitor, além de ser um incentivo para que os participantes exercitem a criatividade e encontrem poesia em acontecimentos cotidianos. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

Buchi Emecheta, um dos expoentes da literatura nigeriana narra sua trajetória cheia de obstáculos — e é isso que ela mostra no livro de memórias Cabeça fora d'água (Dublinense, 400 pp, R$ 99,90 – Trad.: Davi Boaventura). Ao narrar desde sua infância na Nigéria até a luta para se tornar escritora na Inglaterra, criando sozinha os filhos, Buchi joga luz em situações ficcionalizadas nas suas obras. Afinal, estas páginas demonstram o quanto seus romances estão calcados em experiências pessoais, como mulher, imigrante, negra e pobre numa Europa majoritariamente branca e marcada por xenofobia e racismo. Um livro instigante para quem está descobrindo a autora, e uma leitura obrigatória para quem já conhece sua força. Buchi Emecheta nasceu na Nigéria, em 1944. Em meio a uma infância difícil, conseguiu estudar numa escola missionária para meninas, na qual aprendeu inglês, seu quarto idioma; depois obteve uma bolsa de estudos numa escola de elite. Casou jovem com Sylvester Onwordi, com quem se mudou para Londres; o casamento, porém, acabou, e ela teve que criar sozinha os cinco filhos. Buchi se dividiu entre o trabalho, as crianças, os estudos e a escrita. Perto dos trinta anos, conseguiu realizar seu sonho de ser escritora com a publicação de No fundo do poço, o primeiro de quinze romances.

Riders on the storm: minha vida com Jim Morrison e o The Doors (Belas Letras, 416 pp, R$ 99,90 – Trad.: Paulo Alves) mistura as memórias do baterista John Densmore com a história de uma das maiores bandas de rock de todos os tempos. O baterista relembra sua formação como músico, suas experiências lisérgicas na década de 60 e sua relação de amor e ódio com Jim Morrison e o The Doors. O livro mostra como John teve que assumir as responsabilidades da banda devido ao comportamento imprevisível de Morrison, que pregava pegadinhas em seus colegas no estúdio, era preso em cima do palco ao provocar policiais e abusava do consumo de drogas e álcool, vivendo o rock n’ roll em sua maior expressão. John também revela os bastidores da gravação da discografia do The Doors e o lado poético e criativo de Jim Morrison ao compor clássicos como The End, além de compartilhar como recebeu a notícia da morte do vocalista. O livro ainda traz os bastidores das gravações da discografia do The Doors, mostrando o processo de composição de músicas que se tornaram clássicos da banda, como a faixa The End, de seu álbum de estreia. John revela alguns acontecimentos inusitados na trajetória do The Doors, como quando George Harrison fez uma visita ao estúdio da Elektra enquanto a banda estava gravando o álbum The Soft Parade, e comparou a sessão com a do Sgt. Pepper's, dos Beatles. A obra mostra como John recebeu a notícia da morte de Jim Morrison, sendo o último membro da banda a falar com o vocalista. O baterista pinta um retrato sincero de uma época de um dos maiores nomes do rock.

Cada um por si e Deus contra todos (Todavia, 368 pp, R$ 99,90 – Trad.: Sonali Bertuol) retoma o nome que Werner Herzog buscou dar a um de seus filmes. Ainda que à primeira vista o título possa sugerir uma visão de Herzog como um pessimista solitário, a imagem que se desprende destas páginas é a da figura do cineasta, ator, diretor de óperas e escritor alemão sempre cercado de outras pessoas, sem as quais ele considera que teria sido apenas uma sombra de si mesmo. Nos episódios aqui narrados, os personagens são familiares, amigos,colaboradores, amores e até mesmo os heróis míticos da infância passada em Sachrang, “a mais remota de todas as aldeias na Baviera” — onde o cineasta aprendeu a ordenhar vacas muito antes de fazer filmes. As memórias são acompanhadas pela constatação de que o destino, tal qual um roteiro cinematográfico, sempre reserva algumas reviravoltas. Composto de luzes e sombras, este livro traz a caverna de Chauvet, preservada no escuro de seu interior como uma perfeita cápsula do tempo, ou o poço fundo em que Herzog muitas vezes se viu desempenhando o “trabalho estranho que os filmes exigem”. Aqui cintilam lanternas de carbureto, iscas luminosas jogadas ao mar, fogos de artifício feitos da pólvora de granadas, o cosmo magnífico com o qual um dia ele se reencontrou e teve a certeza de que sua vida não seria ordinária.

Uma vida (Cultrix, 320 pp, R$ 66,90 – Trad.: Maíra Meyer), escrito por Barbara Winton, oferece uma visão íntima e comovente da vida do humanitário britânico que, aos 29 anos, desafiou o status quo – na Tchecoslováquia sob ocupação nazista em 1938, meses antes do início da Segunda Guerra Mundial – e arriscou tudo para resgatar 669 crianças do Holocausto. Baseado em fontes primárias, muitas delas retiradas das cartas, diários, anotações pessoais, assim como de conversas com familiares e amigos de Nicholas Winton, este livro mergulha na trajetória pessoal que moldou seu caráter notável e nos eventos históricos que o levaram a assumir uma operação, considerada por muitos, extremamente arriscada e difícil demais para ser realizada com segurança. Por meio de um texto ágil, delicado e pessoal, Barbara Winton habilmente conduz os leitores por uma narrativa que transcende o tempo e as fronteiras da História, destacando a importância da escolha da ação diante da injustiça. Ela nos conta que em dezembro de 1938, um telefonema alterou o curso das férias planejadas de Nicholas Winton, levando-o a uma jornada que colocou sua vida num outro curso e redefiniu seu significado interno sobre coragem e compaixão. Uma vida é um relato sobre 106 anos de uma vida extraordinária, cujo legado só veio à luz décadas depois, nos mostrando que a história de Nicholas Winton é um chamado vibrante para a humanidade, lembrando-nos de que todos nós temos o poder de mudar o mundo quando escolhemos agir, em vez de permanecer apáticos, ou mesmo negligentes em meio às necessidades humanitárias.

Kyra Gracie desenvolveu uma personalidade obstinada pelo sucesso em diversas as áreas de sua vida. Neste livro, a conduta adotada por ela desde a infância é exposta com clareza, levando-nos a conhecer e abraçar princípios que vão transformar nossas mentalidades. Viver como uma campeã (Agir, 176 pp, R$ 54,90) é um mergulho na filosofia, segredos, histórias, práticas e exercícios que possibilitaram a Kyra romper o destino que lhe havia sido reservado e se impor como uma mulher que vem influenciando positivamente incontáveis vidas ao redor do mundo. Para viver como uma campeã, ela teve que lutar tanto dentro quanto fora do tatame, e a quebra de paradigmas foi sua primeira vitória. Vinda de uma família de guerreiros, Kyra Gracie mostrou que uma mulher pode e deve ir atrás dos seus objetivos, quebrando barreiras e preconceitos. Neste livro ela conta sua trajetória de sucesso no Jiu-Jitsu ― esporte que na sua infância era considerado quase que exclusivamente masculino ― e sua luta obstinada para tornar-se dona do próprio destino, construindo uma trajetória de sucesso tanto nos tatames quanto como comunicadora e empresária. Hoje, em sua academia, Kyra forma vencedoras e vencedores no esporte e na vida. E com as histórias contadas aqui, pretende inspirar outras mulheres a pensar e agir como campeãs.