A Feira Internacional do Livro de Pequim (BIBF) começa nesta quarta-feira (19), e o PublishNews está a caminho da China para acompanhar os desdobramentos do evento considerado o segundo maior do mundo editorial. Segundo a organização, a Feira está realizando um esforço de internacionalização, e pelo menos 15 países vão participar pela primeira vez. Oficialmente, a única editora brasileira convidada para o evento foi a Editora Aboio, do editor Leopoldo Cavalcante. Karine Pansa, presidente da International Publishers Association (IPA), também está na programação principal. A BIBF vai receber este ano 1,6 mil expositores, sendo 1.050 deles de 71 países e regiões – um acréscimo de 17% em relação ao ano passado. Países como Japão, Malásia, Reino Unido e Itália (a convidada de honra em Frankfurt este ano) expandiram sua presença, e no total, há 11 pavilhões internacionais a mais do que em 2023. A área de exibição é estimada em 55 mil metros quadrados e 220 mil livros estarão em exibição, entre títulos chineses e internacionais. Entre as grandes editoras internacionais presentes, estão casas como a Penguin Random House, Elsevier, Pearson, Wiley, Scholastic, Springer Nature e Cengage. Entre as conferências na programação do evento, estão a PubTech Conference 2024 (dia 19), a BIBF World Children’s Book Forum (20), e a Beijing International Publishing Forum (21). O editor da Aboio, Leopoldo Cavalcante, concedeu uma entrevista ao PublishNews para falar sobre as suas expectativas para a Feira. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

Depois de emplacar na Lista Nielsen PublishNews algumas vezes com dois volumes de O diário de uma princesa desastrada, Maidy Lacerda estreia mais uma obra na lista que apura os autores brasileiros mais vendidos em livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento no país: O caderno de maldades de Scorpio (Outro Planeta). Do mesmo universo de Princesa Desastrada, o livro conta o outro lado da vida do menino que tenta sempre ser um vilão a altura. De 22 de abril a 19 de maio, a obra vendeu exemplares suficientes para conseguir a segunda posição na lista de Ficção. Vale lembrar que Maidy Lacerda aparece ainda nas posições 12 e 17 com o primeiro e o segundo volumes de O diário da princesa desastrada. Outra estreia importante na lista é A cabeça do santo (Companhia das Letras), de Socorro Acioli e que aparece na 14ª posição. O elogiado romance – desenvolvido na oficina de Gabriel García Márquez – conta a história de Samuel, um jovem que descobre possuir o fantástico dom de ouvir as preces das mulheres para santo Antônio. Com seu amigo Francisco, Samuel começa a explorar comercialmente o seu dom da escuta, promovendo casamentos e outras artimanhas amorosas. Antes parada no tempo, a cidade aos poucos volta à vida, à medida que vai sendo tomada por fiéis de todos os cantos, atraídos pelo poder inaudito de Samuel. Em meio a esse tumulto, ele ainda irá se apaixonar por uma voz misteriosa que se destaca entre as tantas outras que ecoam na cabeça do santo. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Bett Brasil, maior evento de Inovação e Tecnologia para Educação na América Latina, vai levar a próxima Jornada Bett Nordeste para Recife (PE), nos dias 4 e 5 de setembro, no Recife Expo Center (Av. Alfredo Lisboa, antigos Armazéns 16 e 17, Santa Rita – Recife / PE). Nesta edição, educadores e especialistas vão debater assuntos vinculados à educação básica sob o tema central: “Inteligência Artificial (IA) e Inteligência Emocional (IE) na educação: o que devemos aprender?”. O evento terá uma série de painéis de debate e uma área dedicada à exposição de produtos, serviços e soluções para instituições de ensino. A Jornada Bett Nordeste – assim como a Bett Brasil, realizada em São Paulo – buscar ser um espaço de diálogo entre todos os entes do ecossistema educacional brasileiro. A proposta do evento é colaborar para uma educação com mais qualidade e equidade, com participação do setor privado e público da educação básica. A Jornada Bett Nordeste estará centrada em temáticas intrínsecas ao ensino básico, pilar do desenvolvimento educacional brasileiro. Para isso, o tema do evento em si já sinaliza a importância e a relevância da IA e IE, uma vez que, além de presentes e atuais para a educação, tais assuntos estão intercalados e são interdisciplinares. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O 12º Fliaraxá inicia nesta quarta (19) e segue até domingo (23) com o tema Memória, Literatura e Diversidade, homenageando as autoras Djamila Ribeiro e Bruna Lombardi, tendo como convidada especial Conceição Evaristo, e como patrono, Ziraldo. Além da intensa programação que ocorrerá na Fundação Calmon Barreto (Praça Artur Bernardes, 10 - Centro, Araxá / MG) com participação de mais de 80 autores, o Festival Literário - que conta com curadoria de Afonso Borges, Tom Farias e Sérgio Abranches -, segue com a tradição do projeto "Pão e Poesia", inspirado na simbologia milenar da panificação. A proposta é simples, porém distinta: em vez de distribuir sacos de pão comuns, o Fliaraxá imprime trechos de obras dos autores homenageados em cada edição, em sacos de papel de pão, tornando um objeto comum em um suporte de expressão artística. Ao associar gastronomia e literatura, essa ideia aproxima a leitura a um dos gestos mais habituais e comuns da atividade humana: comprar pães. A distribuição de 30 mil sacos de pão "literários" é feita em 25 padarias e estabelecimentos locais, alcançando um público diversificado, tenha ele contato frequente com a leitura ou não. Essa abordagem democratiza o acesso à literatura, permitindo que as pessoas descubram a beleza das palavras e se preparem para a chegada do 12º Fliaraxá à cidade mineira. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Elo Editora está à procura de um editor para integrar seu time. É preciso ter formação em Letras, Literatura, Jornalismo ou Produção Editorial; experiência anterior no cargo de editor; conhecimento do processo editorial completo; experiência em leitura crítica, tratamento de originais, relação com autores, edição de textos, validação de preparação e de revisão dos originais; conhecimento de obras literárias, autores e ilustradores infantojuvenis; e facilidade no trabalho em equipe. A pessoa contratada deverá gerir o processo de produção editorial dos livros com a assistência de um assistente editorial; realizar edição das obras e do material de apoio pedagógico; edição de textos e elaboração de textos quando necessário (incluindo texto de quarta capa, orelhas, resenhas das obras); fazer o acompanhamento da produção editorial até o fechamento da obra; manter contato com autores; e fazer análise de originais. O contrato é CLT e o regime é 100% presencial. Interessados devem encaminhar currículos para curriculos@eloeditora.com.br.

O Grupo Editorial Record está à procura de um assistente de pré-impressão I e de um editor assistente III. Para a vaga de assistente pré-impressão é preciso ter ensino superior, cursando ou completo, em Design gráfico, Desenho Industrial e Produção Editorial; e conhecimento em programas do Adobe com foco em InDesing e Acrobat. A pessoa contratada fará inserções de emendas de reedições nos arquivos finais dos livros; cuidada do controle de qualidade e envio para gráficas interna e externa de arquivos em PDF para impressão dos livros; e fará a vetorização de imagens, gráficos e mapas. A vaga é presencial e CLT. Interessados devem se inscrever clicando aqui. A segunda vaga, para editor assistente III pede que os interessados tenham graduação completa em Produção Editorial, Jornalismo ou Letras; excelente conhecimento da língua portuguesa; conhecimentos avançados de inglês; conhecimento dos sinais de revisão; domínio do pacote Office e do Adobe Acrobat; e afinidade com as áreas de autoajuda, bem-estar, empreendedorismo e biografias. As atribuições do cargo incluem acompanhar as etapas de produção do livro; liberar copidesque e revisões; acompanhar cronogramas internos do fluxo editorial; contatar colaboradores externos; produzir textos (orelha, sinopses etc.); elaborar briefing de capas; e apoiar processos administrativos e burocráticos. Interessados devem se candidatar clicando aqui até 21 de junho.

Em 2024, a editora BOC - Books of Citizens - completa cinco anos de atuação no mercado e para celebrar essa data realiza o 1º Prêmio BOC de Coautoria. Entre as indicações recebidas, foram selecionados os 50 semifinalistas, cujos trabalhos agora serão escolhidos pelo público. A votação está aberta, permitindo que os leitores selecionem seus coautores preferidos. O resultado dos 25 escritores finalistas será durante a 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que acontece de 6 a 15 de setembro, no Distrito do Anhembi, no estande da Editora BOC. Os selecionados participarão do evento de encerramento do prêmio, agendado para o mês de novembro. Durante o coquetel de premiação, serão anunciados os dez vencedores, reconhecendo não apenas seus talentos individuais, mas também os três coautores que se destacaram. "É importante destacar que todos os coordenadores dos livros serão homenageados, pois muitos deles foram coautores antes de assumirem esse papel", ressalta Roberta Chaves, CEO da Editora. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Nesta terça-feira (18) será inaugurada uma nova livraria da Edusp no prédio de Geografia e História da Universidade de São Paulo (Av. Prof. Lineu Prestes, 338, Cidade Universitária). O espaço irá atender às necessidades dos alunos, docentes e funcionários dos cursos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). O acervo contará com cerca de 6 mil títulos, com foco em obras sobre a área de humanidades. A inauguração, que acontecerá às 17h, contará com a presença já confirmada da vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda, do diretor da FFLCH Paulo Martins; do chefe do Depto. de Geografia Anselmo Alfredo; da chefe do Depto. de História Antonia Terra de Calazans Fernandes; e do diretor-presidente da Edusp Sergio Miceli, e é aberta a toda a comunidade USP. A livraria funcionará de segunda a sexta das 11h às 20h, no Edifício Eurípedes Simões de Paula, o prédio de Geografia / História. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

No sábado (22), a partir das 10h, o Centro Cultural Alpharrabio (Rua Dr. Eduardo Monteiro, 151 – Santo André / SP) fará um evento em torno do protagonismo feminino no campo das artes e da cultura. O Centro será palco do encontro multicultural que vai reunir vozes para debater as criações artísticas produzidas por mulheres a partir de diferentes perspectivas. A jornada cultural oferecerá desde palestras até oficinas de escrita criativa, passando por debates sobre o mercado editorial e bate-papos sobre a importância da literatura para crianças e jovens. Além disso, os participantes terão a oportunidade de participar de sessões de lançamento e venda de livros. Reunindo escritoras, pesquisadoras, poetas e editoras para uma celebração da arte e da literatura, o encontro promete apresentar uma série de atividades diversificadas, todas gratuitas e abertas ao público. “Para este encontro, tentamos montar a programação de modo a aproximar o público dos autores, além de incluirmos ações também para educadores da rede pública de ensino e para jovens escritoras que queiram melhorar sua performance participando da oficina de escrita criativa”, afirma a escritora e curadora artística Ivete Nenflidio. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O lançamento de Grosswords (Aboio) – livro organizado pelo jornalista Saulo Marino e com prefácio de Paulo Miklos, que sintetiza a carreira e verve poética de Marcelo Gross – também marca um compromisso com a comunidade literária do Rio Grande do Sul, gravemente afetada pelas recentes enchentes. Em solidariedade à Livraria Taverna, localizada na Casa de Cultura Mário Quintana em Porto Alegre, a editora anunciou que 20% do valor total arrecadado com as vendas do livro será doado para sua reconstrução. A pré-venda de Grosswords já está disponível no Catarse e no site da editora Aboio. Quem apoiar o projeto durante a pré-venda terá o nome impresso no livro e receberá um desconto especial. O livro reúne todas as letras compostas por Marcelo Gross, uma jornada pela carreira de mais de duas décadas do músico, desde seus primeiros passos com a banda Cachorro Grande até seu mais recente álbum solo, Exilado. “São 50 letras que eu escrevi para a Cachorro Grande. Cinquenta letras que eu escrevi para o meu trabalho solo. E são 50 anos de vida. Então eu achei o momento apropriado pra fazer essa compilação”, explica o compositor. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em Uma história (muito) curta da vida na Terra (Fósforo, 280 pp, R$ 89,90 - Trad.: Gilberto Stam) Henry Gee — que há 30 anos é editor da revista Nature, para a qual também escreve — responde em 12 compactos capítulos às perguntas de onde viemos e para onde vamos. Ao sobrevoarmos os 4,6 bilhões de anos da vida na Terra, exploramos ao máximo os detalhes da evolução numa aventura de esponjas, répteis, aves, dinossauros, mamíferos, primatas e uma profusão de outros seres que parecem saídos de fantasias remotas. Se hoje o aquecimento global é uma realidade que, não sem razão, causa pânico, dada a iminência da catástrofe, faz-se necessário olhar para o passado de constante transformação e resiliência para entender quais são as possibilidades e perspectivas de futuro. Uma história (muito) curta da vida na Terra, vencedor do prêmio de livro científico de 2022 da Royal Society, pondera com sensatez sobre o fim: não só a vida individual pode acabar, como a de uma espécie inteira, de um reino, de um bioma, e por que não a de um planeta? Com lentes de aumento em cada era geológica, Gee mostra como o medo de desaparecer deve ser substituído pelo doce sabor de pertencimento e continuidade.

O Pantanal é reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera pela Unesco. Essa planície inundável no coração da América do Sul é abrigo de uma impressionante diversidade de espécies e de povos indígenas, que há milênios conviviam em delicado equilíbrio com uma paisagem marcada por constantes transformações, entre enchentes e vazantes sazonais. Esse equilíbrio, no entanto, tem sido perturbado pela ação humana, em processos que ameaçam desertificar um bioma definido por suas águas e que resultam em tragédias como os devastadores incêndios de anos recentes. Em Pantanal: o desaguar do paraíso (Capivara, 160 pp, R$ 60), ilustrado com imagens atuais e antigas, Maria de Fátima Costa e Pablo Diener recuperam a história da exploração econômica da região e suas consequências: desde a abertura de fazendas de gado no século XVIII e os conflitos da Guerra da Tríplice Aliança, que dizimaram a população indígena, até as atividades contemporâneas de navegação, mineração e introdução de culturas agrícolas exóticas. Com base em documentação histórica, os autores mostram o custo ecológico e humano de permitir que interesses de curto prazo determinem sozinhos as intervenções feitas em um sistema tão complexo e ancestral como o do Pantanal. Este importante balanço nos convida a pensar nos danos já irreversíveis, no que ainda pode ser preservado e em como isso pode ser feito.

Autora de importantes obras que discutem os ataques ao meio ambiente por grandes empresas e o efeito desastroso de um mau uso do solo, a doutora em física quântica e ativista ambiental Vandana Shiva faz no livro Terra viva (Boitempo, 216 pp, R$ 65 - Trad.: Marina Kater), uma volta a suas raízes, revendo uma trajetória que acabaria por definir os movimentos em que se engajou. Assim, ela aborda fases como a infância rural vivida na Índia, sua criação na fazenda dos pais em meio às florestas, a educação libertária que recebeu deles, passando pela mudança de vida e de perspectiva que teve ao entrar na faculdade e viver em grandes centros urbanos na Índia e no exterior. Tudo isso culminando na descoberta dos movimentos de luta em defesa da natureza e dos povos nativos e de sua influência na política ambiental mundial. Por mais de quatro décadas, a autora tem defendido de forma veemente a diversidade, o conhecimento dos povos originários, a democracia real e a soberania alimentar, além de denunciar a ligação entre o capitalismo predatório e a destruição da natureza. Ao longo de todo o livro, é apresentada ao leitor sua busca por um caminho intelectual único, que combina física quântica com ciência, tecnologia e política ambiental.

Ao longo de A era da resiliência (Cultrix, 410 pp, R$ 84), o economista Jeremy Rifkin explora essa nova abordagem da ciência acerca da natureza humana e da evolução da vida na Terra e mostra ao leitor que “a mudança da geopolítica para a ‘política da biosfera’, da globalização para a ‘glocalização’, do corporativismo para o ‘compartilhamento de bens’ e a ascensão da ‘governança biorregional’, além da extensão da ‘democracia representativa’, são alguns dos novos movimentos e forças políticas de compartilhamento de poder que ajudarão a definir e moldar os próximos anos e garantir a nossa sobrevivência”. Assim, Rifkin traz um estudo de extrema importância para os tempos atuais, desbravador e esclarecedor, que compõe o contexto para uma real mudança de paradigma e altamente recomendado a todos que se interessam pelo futuro do planeta. Em suas palavras: “a Era do Progresso, antes considerada sacrossanta, começa a desmoronar, enquanto uma nova e poderosa narrativa, a Era da Resiliência, toma o seu lugar, trazendo essa grandiosa transformação e seu efeito profundo na maneira de compreender o significado da existência, a economia e o modo de governar a nós mesmos enquanto a Terra procura se restaurar ao nosso redor”.

O fim da civilização industrial tal como está constituída deve se consumar até o final deste século. Não por causa de um apocalipse bíblico, mas pelas profundas transformações impostas pela mudança climática e pelo esgotamento de recursos naturais que alimentam o consumo e a produção de bens e serviços humanos. Esse processo de desmoronamento das bases sobre as quais a vida humana está hoje assentada é um campo de estudo denominado “colapsologia” pelos autores Pablo Servigne e Raphaël Stevens. Sob o prisma de uma transdisciplinaridade (economia, história, climatologia, biologia, química, geografia e relações sociais), essa colapsologia tem seus fundamentos dissecados e analisados sob o prisma do equilíbrio sustentável. Ao explicitar esses mecanismos, o livro Como tudo pode desmoronar (Perspectiva, 256 pp, R$ 89,90) devolve a inteligibilidade às “crises” que vivemos e, acima de tudo, dá sentido ao nosso tempo. É urgente mudar os paradigmas e aprender a construir modelos de aproveitamento sustentável dos recursos de que dispomos na natureza. A partir disso a obra propõe um painel crítico para entender e acolher as iniciativas que já existem no “mundo pós-carbono”, uma análise sistêmica da situação do planeta e uma visão de conjunto do que seria esse colapso.