Em agosto nos vemos (Record), de Gabriel García Márquez, e O avesso da pele (Companhia das Letras), de Jeferson Tenório, lideram a categoria Ficção da Lista de Mais Vendidos do PublishNews divulgada nesta sexta-feira (15). O livro do Prêmio Nobel colombiano faz sua estreia na relação (no quarto lugar geral), e o romance do escritor brasileiro, que sofreu diversos ataques e tentativas de censura nas últimas semanas, volta à Lista, em quinto lugar geral. A Lista dos Mais Vendidos do PublishNews contabiliza vendas em redes de livrarias (como a Leitura, Curitiba, Vila e Travessa), bem como em lojas independentes, como a Travessia (PA), Jaqueira (PE), Janela (RJ) e da Tarde (SP), entre outras. No total, são 39 empresas que contribuem com os números. A relação desta semana diz respeito ao período entre 4 e 10 de março de 2024. Ainda na categoria Ficção, o Grupo Editorial Record é responsável por 10 dos 20 títulos contabilizados, e cinco deles são do selo Galera Record. Em agosto nos vemos é o primeiro livro póstumo de García Márquez e teve reações mistas entre a crítica literária. A edição da Record, com tradução de Eric Nepomuceno, vem em capa dura, com 132 páginas. Clique no Leia Mais para ler a matéria na íntegra.

No g1, uma reportagem aponta que deputados do Mato Grosso do Sul, que assinaram documento favorável à retirada de O avesso da pele (Companhia das Letras) de Jeferson Tenório, admitem que não leram o livro. O caso de censura foi debatido na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul na quarta (13). Alguns veículos discutiram a variedade de formatos do livro na última semana. No g1 educação reproduziu um texto da Deutsche Welle (DW) sobre o embate entre livro digital e impresso. A discussão do texto está em listar vantagens e desvantagens dos formatos e avaliar qual das opções é melhor para o planeta. E no Estadão, uma reportagem conversou com médicos e pesquisadores sobre retenção de leitura que compara a eficiência de livro físicos, audiobooks e e-books. Segundo a reportagem, o impacto das tecnologias mudou a relação das pessoas com o livro e, consequentemente, a experiência de leitura em si. Na quarta-feira (14), a autora Carolina Maria de Jesus completou 110 anos de idade. O Estadão fez um texto em que fala mais sobre o novo site feito pelo Instituto Moreira Salles, além de falar mais sobre a história da mineira, e de suas obras. A CNN fez uma reportagem sobre o livro O escravo (Companhia das Letras), o último livro póstumo da escritora. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Feira Internacional do Livro de Bogotá (FILBo) – organizada pela Câmara Colombiana do Livro e pela Corferias – anunciou nesta quinta-feira (14), juntamente com o Brasil, País Convidado de Honra, a programação literária, cultural e profissional para sua 36ª edição, que ocorrerá de 17 de abril a 2 de maio. A programação da FILBo terá mais de duas mil atividades culturais e profissionais, com cerca de 500 convidados nacionais e internacionais de 25 países, 18 salas de programação cultural e uma grande oferta editorial que ocupará 53 mil metros quadrados. Além de diversos escritores e escritoras e profissionais do setor do livro, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva confirmou sua presença na inauguração da FILBo, em 17 de abril. Em relação às Jornadas Profissionais, destaca-se a realização do Salão Internacional de Negócios, que acontecerá nos dias 18 e 19 de abril, com 90 mesas disponíveis para empresas do setor editorial. Durante esses dois dias, espera-se concretizar mais de 700 reuniões de negócios com visitantes de mais de 10 países. Além disso, serão realizadas 14 jornadas especializadas em formação e negócios para os diferentes atores da cadeia do livro. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

A gente já ouviu muitas vezes que a leitura é um ato solitário, às vezes até uma maneira de fugir do mundo e se conectar com um mundo de uma história, de uma personagem ou de um universo. Sim, isso é verdade e tem muitas coisas positivas aí! Mas, não é só isso. Consumir histórias é (muito) sobre interação. Primeiro a mais óbvia delas, com a própria história e tudo que se passa naquelas páginas ou quando você coloca um fone de ouvido para escutar uma delas. Mas a partir daí um mundo de interação se abre, ou pelo menos deveria se abrir. Eu falei de comunidades em um artigo em outubro passado, mas acho que vale falar mais um pouco sobre isso. Outras mídias já fazem isso muito bem: a gente vai ao cinema com um amigo ou com nosso amor, reúne os amigos pra ouvir música em volta da piscina ou vai no show do nosso artista preferido e participa de grupos para discutir um episódio sobre equilíbrio vida x trabalho de um podcast que a gente ama. Mas e os livros? Clique no Leia Mais para ler o artigo na íntegra.

A Editora Gente tem duas vagas no departamento comercial. Uma de Assistente Comercial, que será responsável por apoiar a equipe comercial, realizar atendimento aos clientes e autores, cobrar e conferir acertos de consignação, trocas de notas e efetuar algumas vendas corporativas. Entre os requisitos, estão Excel avançado, experiência em rotinas de departamento Comercial e flexibilidade e proatividade. Já para a vaga de Promotor de Vendas Junior, a pessoa deverá ter experiência mínima de 1 ano; curso de Administração de Empresas; Marketing; Publicidade; ser organizado, proativo, comunicativo, boa fala e escrita, gostar de gente, criativo, atenção aos prazos, ágil, visão analítica, disponibilidade para viagens nacionais para reuniões e eventos como lançamentos e Bienal do Livro. Interessados devem enviar currículos para cirlane.soares@editoragente.com.br.

A Elo Editora está com uma vaga aberta no departamento comercial para divulgador editorial. Divulgar e promover os produtos da editora em livrarias, distribuidores, escolas, eventos culturais, feiras do livro e outros espaços relevantes e estabelecer e manter relacionamentos com livrarias, escolas, bibliotecas e outros pontos de venda, buscando oportunidades de parcerias e espaços para exposição dos produtos da editora estão entre as atribuições. O candidato deve ter ensino superior completo, preferencialmente com formação em áreas relacionadas à comunicação, marketing ou letras e experiência prévia em divulgação de produtos editoriais. Interessados podem enviar currículos para curriculos@eloeditora.com.br.

Publicar um livro no Brasil é um processo concorrido e caro. A partir da enorme demanda de pessoas de todo o país por publicar seus próprios livros e da dificuldade de encontrar um lugar em meio às editora, Guilherme Baracchini, de 27 anos, teve a ideia de criar a EPublik, plataforma digital para autopublicação. Entre os recursos oferecidos pela plataforma estão os modelos de livros e diagramação, banco de imagens licenciadas e layouts prontos para a criação da capa e até mesmo a transcrição de textos narrados através de áudios. Se a pessoa tiver uma ideia enquanto dirige, por exemplo, ela pode gravar um áudio na plataforma e a narrativa é transformada em texto automaticamente. Os usuários da EPublik têm acesso a comunidades literárias associadas à plataforma. Desta forma, é aberto um canal de comunicação entre os autores e pessoas e empresas ligadas ao mercado editorial atuantes na distribuição, venda e divulgação de livros. Embora a plataforma tenha o objetivo de atender a toda e qualquer pessoa que queira escrever um livro, Guilherme tem um foco importante no mercado acadêmico: “Cerca de 1,2 milhão de pessoas se formam por ano nas faculdades brasileiras, em toda as carreiras. Todos eles precisam fazer o projeto final do curso e publicar suas monografias”, explica Baracchini. Com apenas 3 meses de operação, a Epublik já tem 5 mil usuários. As metas para o futuro incluem chegar a 50 mil publicações até o final de 2024 e em seguida, através das plataformas multilinguas, chegar a países como Estados Unidos, China e India. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O psicoterapeuta Marcos Giácomo lança pela Haikai Editora seu primeiro livro A espiritualidade inconsciente, no qual propõe um exame do processo de individuação junguiano, relacionando-o com a psicologia de Joanna de Ângelis e a aplicação dos conceitos de Allan Kardec à prática da psicoterapia. O lançamento oficial ocorre no dia 17 de março na Livraria Martins Fontes (Av. Paulista, 509 – São Paulo / SP), das 15h às 18h. Conforme explica o psicoterapeuta, o livro funciona como uma espécie de “negativo fotográfico” do Livro Vermelho - obra do psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Gustav Jung, revelada ao público somente em 2009, 48 anos após a morte do autor. Isso porque o livro de Giácomo revisita conceitos trazidos por Jung em sua mais enigmática obra e apresenta novos caminhos para encontrar respostas para as dores da alma, defendendo o autoconhecimento como condição indispensável para o processo de regeneração física, mental e espiritual. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Biblioteca Pública do Paraná (BPP) está com inscrições abertas até dia 27 de março para o projeto 'Roda de Leitura 60+'. A iniciativa visa ampliar a participação do público acima dos 60 anos nos espaços culturais da instituição, consolidando, com ações quinzenais (duas vezes ao mês) o compromisso com a promoção da inclusão e valorização das pessoas desta faixa etária. De modo prático, a ação tem como objetivo incentivar a leitura e a discussão de obras da literatura mundial e das ciências que favoreçam a saúde socioemocional das pessoas. O primeiro encontro acontece no dia 1º de abril, segunda, das 15h às 16h, na Sala de Reuniões do 2º andar, ao lado do Auditório da Biblioteca, contando com a presença de até 15 participantes. Além das rodas de leitura, o projeto contempla uma série de outras atividades. Entre elas, destacam-se palestras com escritores e encontros bimestrais, que incluem um chá literário e a partilha de alimentos na cantina da Biblioteca. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Anna estava ocupada demais com a escola e sua rotina para reparar nos cartazes que estampavam o rosto de Adolf Hitler pelas ruas de Berlim — e também para saber que aquele homem estava prestes a mudar a sua vida e a de outras milhões de pessoas. Até que um dia, o pai dela foge do país, e logo Anna e seu irmão Max também precisam sair às pressas da Alemanha por um motivo que ainda não compreendem. Agora, com a família reunida em uma terra estrangeira, os irmãos vão ver suas vidas virarem de cabeça para baixo e precisarão aprender coisas novas a cada etapa do caminho. Mas logo irão descobrir que até meio a tudo isso podem encontrar maneiras de serem felizes — desde que se mantenham unidos. De uma das autoras mais reverenciadas da literatura infantojuvenil contemporânea, Judith Kerr, Quando Hitler roubou o coelho cor-de-rosa (HarperCollins, 224 pp, R$ 49,90 – Trad.: Laura Folgueira) é uma obra indispensável na conscientização sobre o Holocausto e uma joia atemporal.

Rui esquece onde colocou a chave do carro, esquece de tirar o aparelho de audição antes de entrar na piscina, esquece o celular ligado, confunde os nomes dos filhos e netos. Mas nunca se esquece de abraçar bem apertado a quem ama e de fazer aquele omelete especial que só ele sabe. Íris adotou, junto com sua companheira, os irmãos Sebastião, Vítor e Edu. Ela sempre foi a mãe mais brava, mas amoleceu quando Edu tornou-se pai e ela virou avó de uma menina chamada Íris, como ela. Esses são dois dos 19 pequenos perfis que compõem Manuel, Rita, Flor… (Companhia das Letrinhas, 48 p, R$ 59,90), da arquiteta e artista plástica Renata Bueno. Relatos ficcionais acompanhados de retratos feitos pela artista, eles são um inventário de velhices diversas e cheias de histórias para contar. Nos convidam a conhecer Manuel, Beatriz, Agotha, Linda, Neto… através de fragmentos daquilo que fazem, gostam, vivem, contam, lembram e também do que esquecem ou do que a autora deixa entrevisto, não dito, não expresso. Ao criar seu inventário particular dessas 19 velhices, Renata inventaria também a velhice nos nossos tempos e une duas pontas da vida – crianças e velhos – ao optar por compartilhar essas histórias em livro ilustrado para leitores de todas as idades. A obra alude também às relações entre avós e netos e à relação de certa cumplicidade que pode haver entre as crianças e os idosos, polos onde ainda cabem invenções, imaginação e um tempo mais da ordem da intensidade que da cronológica. Os idosos, assim como as crianças, experimentam a suspensão temporal da espera, onde a narrativa tem força de verdade e o real se mistura ao inventado, como num grande quintal, sempre ocupado por aqueles que não são (mais ou ainda) produtivos como se espera em nosso mundo contemporâneo.

A sensação de abrir uma caixa há tempos fechada, esquecida em algum cômodo depois de uma mudança. Olhar para objetos que, deixados fora de nossa vista, guardam momentos da vida temporariamente arquivados em nossa memória. Passear pelas estantes de uma biblioteca imaginária de coleções, séries e encontros. Essas são algumas sensações trazidas pelo livro Pequenos gestos: objetos amados, queridos, abandonados, extraviados e esquecidos (Amelí, 128 pp, R$ 90 – Trad.: Lenice Bueno), da autora italiana Chiara Carrer, que chega às livrarias. Ao longo das páginas de Pequenos gestos, os objetos são retirados da escuridão e ganham vida por meio das ilustrações, protagonistas nesta publicação. Os significados chegam por meio de formas, cores e texturas que evocam gestos e movimentos que não são vistos, mas intuídos, imaginados, recordados. Nas palavras de Chiara Carrer, Pequenos Gestos é uma espécie de diário que reúne em suas páginas um universo compartilhado, no qual cada fragmento real e imaginário compõem uma pequena coleção. Para a autora, cada objeto especial ou trivial formam um elo único com a memória e com um campo de sensações que se montam e desmontam a todo instante, revelando que o que nos une, em nossas particularidades e diferenças, é o gesto do colecionador, que arrancando as coisas de seu contexto as reposicionam em tramas visíveis e invisíveis. É um livro que pertence àqueles que caminham nos limites do espaço, coletando os pequenos fragmentos e objetos perdidos da vida.

O livro A ararinha-azul (Global, 32 pp, R$ 65) nos apresenta o singelo relacionamento entre um menino, seu avô e um papagaio. Na linguagem poética única que é característica do autor, o consagrado escritor Bartolomeu Campos de Queirós, encontramos uma história universal sobre amizade, amor familiar e saudade. A história é contada por um garoto muito esperto e curioso. Levado nos embalos do avô em sua cadeira de balanço e envolvido no carinho que sente pela ave, o pequeno passa a reparar nos sentimentos que os rodeiam. A cada gesto do papagaio, o avô ensina ao neto sobre as coisas que fazem parte da vida, como solidão, tristeza e saudade. E, imersos nesta narrativa, os leitores compartilham com o menino a descoberta da imensa saudade da ararinha-azul. Até que em um passeio pela praça, algo mágico ocorre para nos lembrar, uma vez mais, as belezas dos reencontros. Tudo isso apresentado por Bartolomeu Campos de Queirós, complementado pelas ilustrações de Mario Cafiero. Está é a primeira vez que o conto A ararinha-azul é publicado como livro. Antes, a história havia sido publicada dentro do livro Olhar de Bichos (Dimensão).