Neste episódio do Podcast do PublishNews, vamos ouvir profissionais do mercado editorial e livreiro sobre o que esperam e os planos para este ano que está começando. São editores e livreiros que falam de suas impressões iniciais de 2024, bem como suas expectativas para diversos assuntos, do varejo das lojas físicas ou on-line, assuntos tecnológicos, audiolivros, e outros. Recebemos Lizandra Magon de Almeida, Presidenta da Liga Brasileira de Editoras (LIBRE) e Diretora editorial na Editora Jandaíra; Ricardo Perez, Country Manager Books da Amazon, Adriana Alcântara, Country Manager Brazil da Audible; Joana de Conti, Head Of Account Management na Bookwire; Daniela Kfuri, Diretora de Marketing e Vendas na HarperCollins Brasil; Luciana Borges, Diretora Comercial no Grupo Companhia das Letras; e Marcus Teles, presidente da Livraria Leitura. Na semana passada, o PublishNews publicou uma reportagem com as expectativas dos executivos das 15 editoras mais bem colocadas na Lista de Mais Vendidos do PublishNews em 2023. O Podcast do PublishNews é um oferecimento da MVB, a empresa que torna os seus livros visíveis com serviços como Metabooks e Pubnet; da UmLivro, novo modelo de negócios para o mercado editorial: mais livros e mais vendas; e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), a entidade que representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes; Google Podcasts, Overcast e YouTube.

A 61ª Feira do Livro Infantil de Bolonha (BCBF), marcada para ocorrer de 8 a 11 de abril, divulgou os vencedores da sua tradicional Mostra de Ilustradores. Dos finalistas, o júri escolheu 78 conjuntos de ilustrações de 79 artistas de 31 países e territórios do mundo. Entre eles, cinco brasileiros: Bruno de Almeida, Irena Freitas, Guilherme Karsten, Henrique Moreira e Fernando Vilela de Moura Santos. Clique aqui para conferir a lista completa dos vencedores. Em sua 58º edição, a exposição recebeu inscrições de 3.520 ilustradores de 81 países e diferentes regiões. Em uma primeira etapa foram selecionados 344 finalistas, entre eles, dez brasileiros. As ilustrações selecionadas serão expostas no centro da feira, demonstrando mais uma vez o papel da Mostra como uma vitrine para artistas emergentes e uma oportunidade também para quem tem carreira consolidada conhecer e descobrir novas possibilidades. De 8 a 11 de abril, a Exposição também estará aberta a todos online através do portal Galerias BCBF, acessível no site da BCBF. As ilustrações também estarão no Illustrators Annual, catálogo distribuído em livrarias especializadas internacionais. As ilustrações nele apresentadas são acompanhadas das contribuições originais dos jurados. Este ano a arte da capa é obra da ilustradora chilena Paloma Valdivia. Acesse o Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Voltando, esquentando os motores e já acelerando em 2024. Depois de uma pausa maravilhosa com família, amigos, praia e dormidas no meio da tarde, cá estamos! Seguindo o que a internet inteira está fazendo – principalmente no Linkedin – quero começar o ano com um exercício do que eu imagino que são as principais tendências do que pode acontecer no mundo do conteúdo esse ano. Junto com isso, acho que é importante adotar sempre uma postura de estar em cena e não ficar só como alguém na plateia vendo a banda passar, parafraseando o Chico. Vou de três pitacos, que em tempos de mudanças constantes, incertezas crescentes e ambientes cada vez mais VUCA (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo) me parece um bom número. 1. Sim, a IA vêm com tudo (e não está se importando se você gosta ou não). 2. Hiperpersonalização é a chave do engajamento. 3. Tiktokização do consumo de conteúdo. Fragmentação é a chave. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Uma reportagem da Globo no Rio de Janeiro levantou suspeitas de superfaturamento em compras de livros por parte da Secretaria de Educação do estado. Segundo a reportagem, o órgão comprou livros com valores até quatro vezes maiores do que são encontrados na web. A Secretaria e a empresa contratada para a distribuição dos livros afirmam que os preços da internet muitas vezes não correspondem às exigências de uma contratação pública, e que os serviços contratados não dizem respeito apenas ao livro físico em si. Já a revista Piauí utilizou dados da Nielsen divulgados nos últimos meses para desenhar um quadro da venda de livros no país, diagnosticando as quedas do setor como um todo após um boom na pandemia. No podcast Ilustríssima Conversa, da Folha de S. Paulo, o repórter Eduardo Sombini conversou com Christian Dunker para falar sobre o diálogo da psicanálise com os seus críticos. Já o Estadão falou com o cientista Neil DeGrasse Tyson, cujo Mensageiro das estrelas: Perspectivas cósmicas sobre a civilização está saindo no Brasil pela Record. O caderno Pensar, do Estado de Minas, traz uma entrevista com o poeta e pensador Edimilson de Almeida Pereira, que está lançando três novos livros ou edições de seus trabalhos, entre eles a nova edição de A saliva da fala (Fósforo). Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Livros têm sido um tema de discussão no BBB24. A edição de 2024 do Big Brother Brasil começou no dia 8 de janeiro e a participante Vanessa Lopes (que depois desistiu do programa) citou a obra 1984 mais de uma vez desde que entrou na casa. O romance de George Orwell foi lançada originalmente em 1949, e critica sistemas ditatoriais ao utilizar a figura do Grande Irmão (Big Brother) como aquele que vigia constantemente os habitantes da população. Ao citar o livro, a participante, no entanto, se equivocou ao dizer que o programa teria inspirado o livro mas, na realidade, foi a obra do autor inglês que inspirou o programa Big Brother, em que o apresentador do programa e as câmeras realizam esse papel de "grande irmão". As buscas pelo termo "1984" aumentaram no buscador Google. O escritor Fabricio Carpinejar usou sua coluna no jornal Zero Hora para comentar a relação do programa com os livros. No texto, ele critica as prioridades do programa e classifica a situação como “berlinda”: "Uma juventude obcecada pelo porte físico, uma geração intermitente de adrenalina, que só anseia pela próxima festa”. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Editora Gente está com duas vagas abertas em seu time. A primeira delas é para o cargo de editor, para gerir o processo de produção editorial dos livros com a assistência de um assistente editorial; organizar as tarefas pessoais e do assistente editorial; realizar a leitura crítica e edição de obras, sobretudo nacionais; a edição de textos, sobretudo nacionais, e acompanhar a redação do texto até seu fechamento; manter contato com autores; aprovar provas gráficas; analisar originais; dentre outras funções. São requisitos residir em São Paulo ou Grande São Paulo; ter inglês avançado e espanhol intermediário; ter formação concluída em Jornalismo, Letras, Produção Editorial ou similares; experiência em leitura crítica, tratamento de originais, relação com autores, edição e redação de textos; ter conhecimento do processo editorial completo; e ter mais de quatro anos de experiência no mercado editorial. A segunda vaga é para a função de assistente editorial. Também é preciso residir em São Paulo ou Grande São Paulo; ter formação concluída em Jornalismo, Letras, Produção Editorial ou similares; ter pelo menos um ano de experiência no mercado editorial de livros; inglês avançado; e conhecimento em pacote Adobe, principalmente InDesign. As funções da vaga incluem cuidar da gestão do processo de produção editorial de obras nacionais e internacionais; cuidar da aprovação de provas gráficas; contratação de prestadores de serviço; análise de originais; e pesquisa de mercado. Interessados devem encaminhar currículos para Cirlane.soares@editoragente.com.br sinalizando no assunto o nome do cargo desejado. Mais informações sobre as vagas estão nos links correspondentes.

A Editora Contexto está à procura de um especialista em marketing. Dentre as principais responsabilidades do cargo estão a criação de estratégias de marketing para os produtos da editora envolvendo divulgação on-line, gestão do e-commerce (site da editora), contato com autores e relacionamento com influenciadores. É necessário ter experiência com divulgação de livros; conhecimento de Gestão de Mídia/Impulsionamento em redes sociais (em especial Facebook/Instagram); experiência em trabalho com influenciadores; noções de uso de ferramentas de newsletter e captação de leads; e bom texto. Além disso, é desejável ter noção de plataformas de CRM; de edição de vídeo e do Google Analytics para produção de relatórios. O modelo de trabalho é híbrido e interessados devem encaminhar currículos para daniel@editoracontexto.com.br com pretensão salarial e um pequeno texto sobre sua carreira.

A editora Novo Século está à procura de um vendedor editorial que seja versátil e dinâmico para compor sua equipe comercial. Os requisitos incluem ter superior completo ou em finalização em Gestão comercial, Marketing ou Administração; residir em Barueri e região, com fácil acesso à Alphaville, pois o modelo de trabalho é presencial; e ter experiência na função. Realizar o atendimento e visitas aos clientes; dar apoio ao setor comercial com prospecção de novos clientes e livrarias; realizar a leitura crítica de originais; manter contato com autores e elaborar relatórios de indicadores de vendas estão entre as funções do cargo. Interessados devem enviar e-mail para rh@gruponovoseculo.com.br com pretensão salarial e informar no assunto: Vendedor editorial Novo Século.

A Disal Editora abriu uma vaga para consultor de vendas para atuar na Marginal Direita do Tietê, 800 em São Paulo / SP. As principais atividades do cargo inclui o contato com clientes, através de telefone, WhatsApp, e-mail e presencial, cuidando das consignações e dos respectivos acertos. Realizará também a prospecção, captação e manutenção de clientes; irá efetivar as vendas, elaborar orçamentos, planejar a agenda semanal de visitas e acompanhar os resultados de vendas. É preciso ter conhecimento em Excel e do Sistema ERP ERIS. Interessados devem encaminhar currículos para marcelo.vital@disal.com.br.

Na quarta-feira (24), o Sempre Um Papo e o Sesc Vila Mariana (Rua Pelotas, 141 – São Paulo / SP) recebem os escritores Cristiano Wapichana e Denizia Kawany Fulkaxó com mediação de Geni Núñez, para falar sobre a história e os contextos da literatura indígena no Brasil, tendo como referências históricas publicações de livros de autoria indígena. O encontro começa às 19h30. Os autores vão abordar também a realização de encontros e feiras literárias, fundamentais para a construção do cenário atual, marcado por uma crescente presença dessa diversa produção literária nas escolas, no mercado editorial e nas premiações literárias. Os ingressos podem ser adquiridos gratuitamente, através do aplicativo Credencial Sesc SP, na central de relacionamento online ou nas bilheterias do SESC em todo o Estado. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Idealizado para crianças e adolescentes em período de férias, a Livraria da Vila anuncia o “Férias na Vila”. Até o dia 29 de janeiro, várias unidades da rede oferecem uma diversificada programação gratuita, com sessões de jogos, oficinas e contação de histórias para as crianças se divertirem. É possível conferir a programação completa do “Férias na Vila” no site da livraria. Confira alguns dos destaques da programação. Clique no Leia mais para ver a programação na íntegra.

Diários na aldeia (Folhas de Relva, 142 pp, R$ 57,90) traz as vivências do multiartista e xamã João Irineu França Neto, indígena do Nordeste do Brasil. Um livro que pode ser lido como um romance de autoficção. Nele, o autor explora temas como o amor e a sua natureza; vida e morte; a arte; e a natureza em si, sempre com uma reflexão importante sobre a preservação das culturas tradicionais do país, mas também sobre a preservação de todo o planeta. A obra é organizada a partir dos deslocamentos do autor de sua aldeia de origem para a aldeia global, que também é sua casa e é nossa casa, sem deixar de lado a marcenaria literária. "Escrevo estas linhas em busca de uma escrita literária. O texto se assemelha a um diário cronístico, no qual situo o lugar de onde escrevo, principalmente de aldeias de meu povo indígena Potiguara, onde resido e trabalho, mas também de João Pessoa, onde também resido e trabalho, além de outros lugares de minha peregrinação da existência, que não são necessariamente aldeias. Entretanto, são lugares que fazem parte da grande aldeia planetária em que todos(as) nós vivemos - Pacha Mama, nossa Mãe Terra... Por isso, em todas as minhas andanças, crio relações fraternas e amistosas, simbolizando laços comunitários de aldeamentos múltiplos", diz João Irineu.

Patrícia Galvão: Pagu, militante e irredutível (Rosa dos Tempos, 160 pp, R$ 44,90) traz um perfil de Patrícia Galvão, o retrato de um país e de uma era. Uma narrativa memorialística sobre pessoas que acreditam na ação social, por isso, se veem às voltas com fugas e prisões, correndo risco de morrer e apostam nos livros. Por esse percurso, vemos os modernistas entrar em cena; depois, os dias de opressão do Estado Novo. Os lares sem televisão, a Escola Normal. A imprensa brasileira ganhando forma e conteúdo. O início das lutas e conquistas das mulheres. Maria Valéria Rezende, hoje escritora premiada, era menina quando conheceu Patrícia, em Santos, no início da década de 1950. A princípio, assim mesmo, pura e simplesmente “Patrícia”. A amizade começou no Teatro Coliseu e se esticou até o Bar Regina, frequentado por artistas e pelos rapazes do Partido Comunista. Maria Valéria escutava o que a amiga mais sabida e experiente lhe dizia e, a partir de seu olhar, aprendeu a enxergar muito além. Não só o que estava em cartaz no teatro, ou o cotidiano da cena cultural santista, mas o que se passava no mundo. Na tarefa de recordar a amiga, Maria Valéria nos conta sobre as facetas por trás de cada nome. Essas são memórias afetivas e apaixonadas. Não suscitam paixão apenas pela figura de Patrícia Galvão, mas também pela militância que a retratada e retratista pulsam. Ambas lutam por uma realidade ideal. Por isso, a narrativa de Maria Valéria Rezende sobre Pagu muitas vezes fala de si, afinal, há uma convergência de espírito, um ímã que une essas duas mulheres inconformadas, essas duas militantes irredutíveis.

Por que Lukács? (Boitempo, 252 pp, R$ 93 – Tradução: Juarez Torres Duayer) é o que se poderia chamar de uma autobiografia intelectual do pensador romeno Nicolas Tertulian, construída tendo como contraponto as obras de György Lukács e eventos que marcaram a vida de ambos. No livro, Tertulian apresenta ao leitor a relação intelectual dele com o filósofo, as motivações que o levaram a se dedicar ao conjunto da obra de Lukács, ao mesmo tempo que lista informações sobre os escritos de Lukács e sobre seus embates com figuras de destaque de seu tempo. Com esse trabalho, o último de seus escritos, Tertulian lança luz sobre fatos marcantes da vida de Lukács e da prática política do autor, cuja postura, até hoje, permanece não totalmente esclarecida, sendo motivo de polêmica. Segundo Juarez Torres Duayer, tradutor do livro, e Ester Vaisman, responsável pela revisão da tradução, a obra, “além de possibilitar o acesso aos caminhos pessoais e intelectuais de Nicolas Tertulian, reconstrói os principais debates que se desenvolveram em torno da figura e da obra do pensador húngaro, muitas delas tendo a participação direta do próprio Tertulian”. Segundo eles, esse é um livro que está “destinado a esclarecer as múltiplas controvérsias – no mais das vezes injustas e equivocadas – que foram geradas, em diversos âmbitos, em torno da obra e da figura de Lukács”.

A trajetória de Gilberto Braga daria uma novela: tragédias familiares, ascensão social, superações na vida profissional e pessoal. Nesta biografia, que conta não apenas a história de um dos maiores escritores de novela do país, mas também da própria televisão brasileira, Artur Xexéo e Mauricio Stycer mostram como o Balzac da Globo — comparação justificada pelo fato de fazer do dinheiro, da ambição e da vingança os temas centrais de suas obras — revolucionou os folhetins. Fruto de extensa pesquisa dos autores, Gilberto Braga, o Balzac da Globo (Intrínseca, 352 pp, R$ 59,90) chega às livrarias em janeiro. A infância com a família na Tijuca e a juventude na Zona Sul do Rio de Janeiro foram marcantes na formação de Gilberto. Xexéo e Stycer revelam como muitas histórias presentes nas obras dele foram inspiradas em vivências próprias do novelista. Vêm daquelas épocas muitas inspirações para personagens icônicos e certas tramas, elementos que ajudaram a consagrá-lo como um retratista habilidoso das classes média e alta brasileira — com um olhar crítico, porém afetuoso e sem preconceitos ou julgamentos. A paixão pelo cinema e os primeiros trabalhos como professor da Aliança Francesa e crítico de teatro do jornal O Globo são retratados no livro e mostram a formação cultural de Braga, que pavimentou o caminho para ele se tornar o aclamado novelista. O livro é repleto de saborosas histórias, como de que forma se deu o convite de Daniel Filho para iniciar a carreira na TV. Os primeiros casos especiais, as novelas e minisséries escritas por ele e as dificuldades pessoais que enfrentou ao longo das décadas ganham o relato cuidadoso dos biógrafos.