A Bookinfo – empresa que oferece soluções de inteligência de negócios e ferramentas de apoio à gestão de editoras, distribuidoras e livrarias no País – fechou mais um acordo com grandes empresas do mercado: Skeelo e Livraria Saraiva. Desde o ano passado, a Bookinfo desenvolveu um processo para criar um ecossistema de produtos de tecnologia com ferramentas que auxiliem em todas as etapas do setor editorial e facilitem processos. Com os novos acordos, a empresa continua com a missão de transformar dados em informação e melhorar a performance dos negócios. O Skeelo se consolidou como plataforma de conteúdo digital (e-books, audiolivros e outros conteúdos editoriais), distribuída com tecnologias diversas. Recentemente, a empresa expandiu seus serviços anunciando a venda de livros físicos e, a partir de agora, passa também a integrar a plataforma da Bookinfo Metadados para qualificar seus metadados e soluções de serviço. "A partir do momento que eles passam a receber os metadados, eles conseguem com mais facilidade fazer compras das editoras e, assim, ter os livros em sua plataformas e vender mais. Naturalmente, o processo todo fica mais ágil", detalhou Eduardo Cunha, diretor da Bookinfo, ao PublishNews. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Nessa semana, o Próximo Capítulo traz as novidades que chegarão às livrarias entre 19 a 25 de março de 2023. Estão entre as novidades as edições de bolso da Companhia das Letras para diversos livros de Milan Kundera, como A lentidão, A brincadeira e Risíveis amores. Dor fantasma, o livro vencedor do Prêmio José Saramago 2022, de Rafael Gallo, chega pela Biblioteca Azul. Confira todas as novidades clicando aqui. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

Livros de 14 países e 10 idiomas levaram os principais prêmios de tradução do English PEN – incluindo De gados e homens (Of Cattle and Men), de Ana Paula Maia, traduzido por Zoe Perry para a Charco Press. O livro foi publicado no Brasil pela Editora Record em 2013. O programa PEN Translates já apoiou mais de 300 livros traduzidos para o inglês de pelo menos 90 idiomas, distribuindo mais de £1 milhão em premiações. Tomb of Sand, de Geetanjali Shree, traduzido do hindi por Daisy Rockwell, apoiado pelo projeto, venceu o International Booker Prize em 2022. O programa é apoiado pela Arts Council England, órgão público do governo da Inglaterra. "A ambição, originalidade e variedade dos trabalhos enviados ao PEN Translates aqueceram nossos corações e fizeram a tarefa de chegar a um portfólio final quase impossível", disse o gerente do setor internacional do English PEN, Will Forrester. Segundo o PEN, os livros são selecionados com base em "excelência da qualidade literária, a força do projeto editorial e sua contribuição para a bibliodiversidade do Reino Unido". Clique no Leia mais para ver a lista completa de vencedores.

O novo selo Pretério, da Delirium Editora, tem a intenção de resgatar e retomar autores e obras esquecidos, apagados ou abandonados. Segundo a editora, a ideia é "recordar o passado, revivê-lo por meio da republicação de clássicos e, na maioria da vezes, trazer ao público leitor vozes silenciadas por tantos anos em nossa história e memória literária". O primeiro título do novo selo é Mistérios del Plata, da escritora argentina Juana Manso, já à venda na livraria virtual da editora. Esse é o primeiro romance de Juana Manso publicado no Brasil, em português. O livro, lançado em folhetim em 1852, aborda o período ditatorial de Juan Manuel Rosas na Argentina, na década de 1830. "A autora oferece aos leitores, neste romance extraordinário, uma ficção política, romântica e sensível, que documenta a realidade histórica (e histérica) da Argentina durante um período da ditadura de Rosas", diz o material de divulgação da editora. Clique no Leia mais para ler a nota completa.

A editora Contexto está à procura de um assistente editorial para início imediato. As funções do cargo incluem tratar com fornecedores (papel e gráfica), encaminhar contratos, assessorar área editorial e conversar com autores e candidatos a autores. É indispensável conhecimento em microinformática, especialmente Excel e Word; experiência em editora de livro (especialmente em tratativas com gráficas e compra de papel); boa redação e organização. O trabalho é em período integral (8h15 às 18h), presencial, na editora Contexto, no Alto da Lapa. Interessados devem enviar e-mail para luciana@editoracontexto.com.br com currículo e pretensão salarial.

A Secretaria da Cultura e Economia Criativa divulgou as datas dos encontros com as entidades e associações de todos os segmentos do setor cultural e artístico do Estado de São Paulo sobre o Programa de Ação Cultural – ProAC Expresso Editais 2023. Entre os setores abarcados, a área de Literatura terá um encontro exclusivo na próxima terça-feira (7), das 11h às 12h30. A ação acontecerá no formato presencial e online e, para participar, basta preencher o formulário disponível clicando aqui. O modelo presencial acontece no auditório da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo (Praça Júlio Prestes, 16 – São Paulo / SP), que fica no 1° andar. Já para o cadastro online, um link será enviado um dia antes para o seu e-mail, mediante inscrição prévia. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

O especial de capa da primeira edição de 2023 do jornal Cândido, editado pela Biblioteca Pública do Paraná, discute todas as etapas e possibilidades que envolvem a cadeia produtiva do livro independente no Brasil. A partir de depoimentos de autores e editores, as repórteres Isabella Serena e Juliana Sehn traçam um painel com custos, dicas e reflexões sobre a autopublicação e o trabalho dos selos médios e pequenos — um segmento que a cada ano ganha mais espaço na imprensa especializada e nas premiações literárias. Com mais de 130 edições, o jornal Cândido fala sobre diversos assuntos do mundo literário e entrevista personalidades que são importantes para a indústria do livro. Outros destaques dessa edição do Cândido 134 são os poemas de Mariana Marino, o conto de Rafael Sperling, ensaio fotográfico de Maria Coelho e a transcrição de duas mesas-redondas realizadas durante a Festa Literária da Biblioteca Pública do Paraná (Flibi), em novembro – “Livros e séries” (com Morgana Kretzmann, Jim Anotsu e Ana Johann) e “Abaixo Doistoiévski” (com Letícia Mei, Irineu Franco Perpétuo e Yuri Al’Hanati). A ilustração de capa é de Felipe Lui. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

Um acervo temporário de 111 autores indígenas, com mais de 219 títulos, está disponível para visitação no Instituto Moreira Salles (Avenida Paulista, 2424 – São Paulo / SP). A iniciativa é da Vaga Lume, uma instituição que mantém bibliotecas em comunidades da Amazônia legal há mais de 21 anos. O espaço é ligado à exposição “Xingu: contatos”, que segue até 9 de abril gratuita e aberta ao público. “Além de obras de autores indígenas que já tínhamos no acervo, contamos com a consultoria da pesquisadora e escritora indígena Julie Dorrico em uma curadoria específica para este projeto. Também incorporamos indicações de livros bibliográficos e fotográficos da biblioteca do IMS”, diz Priscila Fonseca, coordenadora de Cultura Local da Vaga Lume. “Ter um acervo como este num espaço aberto ao público e com entrada gratuita na Avenida Paulista é uma grande oportunidade para o público e para os autores”, ressalta. Essa pesquisa também resultará em novidades oferecidas futuramente às bibliotecas comunitárias da rede Vaga Lume na Amazônia. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

A Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto anunciou as atividades que compõem a programação cultural gratuita do mês de fevereiro. O destaque para literatura ficou com o Clube do Livro promovido pela instituição. O encontro acontece no dia 25 (sábado), às 16 horas, e traz a obra do poeta chileno Alejandro Zambra, Formas de voltar para casa, publicada em 2011 pela Tusquets. O encontro será coordenado pela bibliotecária Gabriela Pedrão, e ocorre de forma on-line. Para participar do encontro, que é gratuito, clique aqui. Além disso, a programação contará também com sessão de cinema do Cine Fórum. O encontro será no sábado (11), às 18h. Para fevereiro, os Gêmeos do Cinema, Marcos e André de Castro, escolheram o filme “A noiva estava de preto”, de 1968, dirigido pelo cineasta francês, François Truffaut. A atividade será realizada na sede da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto (Rua Professor Mariano Siqueira, 81 – Ribeirão Preto / SP) e também é aberta e gratuita. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

A Revista Subtextos – que publica contos de até 10 mil caracteres – está com inscrições abertas para suaa 13ª edição. Até 27 de fevereiro, escritores podem enviar um conto de sua autoria com o tema Futuro. As inscrições são gratuitas. Em 12 edições, a revista já abordou temas como protagonismo feminino, isolamento/pandemia, família, morte, entre outros; recebeu mais de 1,8 mil contos, publicou mais de 100 escritores de todo o país e teve mais de 10 mil downloads na página oficial. Para inscrever seu conto basta clicar aqui. Os autores dos contos selecionados serão contatados por e-mail a partir de 5 de março e a previsão de publicação é 31 de março. A Subtextos é uma publicação do projeto Escritor Brasileiro, idealizado por Mariane Lima para divulgar escritores nacionais contemporâneos. Todas as edições podem ser baixadas gratuitamente no site do projeto.

Desde a recessão econômica de 2008, e mais recentemente com a pandemia do coronavírus, as certezas que ditaram por décadas o capitalismo ocidental foram postas em xeque. A crise do projeto neoliberal gerou, à direita e à esquerda, clamores pela volta do Estado intervencionista como mecanismo de contrapeso entre a coletividade e o caos econômico, geopolítico e ecológico desatado pelo capital globalizado. O Grande Recuo é o momento em que a tese neoliberal e a antítese populista dos anos 2010 engendram uma síntese estatista, levando a uma reordenação do discurso político em torno da pergunta “o que devemos fazer com o Estado?”, e não mais “o que podemos esperar do mercado?”. Neste O Grande Recuo (Todavia, 400 pp, R$ 104,90 – Trad.: Érico Assis), ao apresentar um panorama do presente, o sociólogo italiano Paolo Gerbaudo investiga conflitos e alianças de classe, os inimigos da direita nacionalista e da esquerda socialista, o novo intervencionismo estatal e a ascensão e queda da globalização. Para tratar dessa nova ordem política, revisita as ideias sobre Estado encontradas em Platão e Aristóteles, o contrato social descrito em Hobbes e Rousseau, a visão socialista do Estado em Marx, Gramsci e Poulantzas, bem como a crítica do liberalismo na sociologia econômica de Karl Polanyi.

Os líderes e as massas: escritos de 1921 a 1926 (Boitempo, 304 pp, R$ 79 – Trad.: Carlos Nelson Coutinho e Rita Coitinho), nova obra da coleção Escritos Gramscianos, reúne 34 textos redigidos por Antonio Gramsci entre 1921 e 1926, dos quais 29 são publicados pela primeira vez no Brasil. Os artigos apresentam uma fase do amadurecimento intelectual do pensador sardo e dão continuidade a suas ideias sobre a democracia dos conselhos e a nova ordem que deveria se traduzir na transformação das grandes massas populares. A relação entre os trabalhadores, os líderes e as hierarquias estabelecidas é uma das ideias centrais da obra. Em um dos artigos, escrito por ocasião da morte de Lênin, em 1924, Gramsci reflete sobre o problema essencial da existência ou não de um “líder” – e pensa que, para que o “líder” e o partido não se transformem em uma relação deslocada e superficial, ambos devem primeiro fazer parte da classe, ou pelo menos representar seus interesses e suas aspirações mais vitais.

Em seu segundo livro, a advogada e apresentadora Gabriela Prioli apresenta as três principais ideologias que nos ajudam a pensar a política e a sociedade de hoje: liberalismo, conservadorismo e socialismo. Esses termos abarcam uma variedade de pensamentos e ganharam novos significados com o passar do tempo, de modo que reduzir determinada posição a um rótulo é uma estratégia superficial e que pouco contribui para o debate de qualidade. Com a linguagem acessível que caracteriza seu trabalho, a autora contextualiza a origem de cada uma das ideologias e seus principais autores, demonstrando como muitas vezes esses conceitos surgem para tentar responder às mesmas perguntas. Mais do que um panorama de ideias, Ideologias (Companhia das Letras, 232 pp, R$ 59,90) é um convite à reflexão e ao diálogo respeitoso entre opiniões divergentes.

Conceitos fundamentais do sistema filosófico de Jean-Jacques Rousseau, como a história hipotética, a vontade geral, a soberania popular sem representantes – para ficar em apenas três exemplos – parecem indicar um contundente afastamento entre suas propostas teóricas e a prática. No entanto, o autor também escreve textos sobre intervenção política, diretamente ancorados na realidade concreta, como em Textos de intervenção política (Editora Unesp, 320 pp, R$ 78 - Trad.: Thiago Varga). No livro, incluem-se as cartas trocadas entre Rousseau e o conde de Buttafoco, aristocrata e militar que foi adversário político do jovem Napoleão; o texto Projeto de constituição para a Córsega, que delineia suas ideias para uma constituição e um plano de governo para o país que então era independente; e Considerações sobre o governo da Polônia e sua reforma projetada, que discute uma possível nova constituição para a Polônia, aplicando os princípios elaborados por Rousseau em Do contrato social a problemas concretos. “Os textos de intervenção são exemplos singulares de como a filosofia de Rousseau se vale do fundamento da imanência dos corpos políticos e assume que as condições concretas, ao se transformarem ao longo do tempo, exigem respostas antes impensadas: trabalhar no campo aberto das possibilidades é, afinal, um atributo da arte política”, explica Vargas, tradutor da obra.