O príncipe Harry e seu livro O que sobra (Objetiva) entraram nesta sexta-feira (20) na Lista de Mais Vendidos do PublishNews, estreando em 5º lugar na lista Geral e em 2º na categoria Não ficção – atrás apenas de Café com Deus pai (Editora Vida), livro devocional de Junior Rostirola. O livro de memórias do príncipe aparece em boa posição na Lista brasileira depois de um notável sucesso nos países de língua inglesa. No Reino Unido, a obra vendeu 467 mil exemplares na sua primeira semana, levantando o mercado todo consigo; nos EUA, foram cerca de 630 mil cópias, segundo o NPD BookScan, embora o impacto no varejo local tenha sido relativamente pequeno. No livro, Harry conta detalhes da sua relação com a família, faz muitas menções ao relacionamento complicado que tem com o irmão William, fala sobre a rixa entre Meghan Markle e Kate Middleton, sobre o uso de drogas e explica como lidou (ou ainda está lidando) com o luto após a morte da mãe. Além de vender muitas cópias, o livro também virou meme nas redes sociais. A americana Colleen Hoover voltou ao topo da lista e o livro A mandíbula de Caim, que semana passada tinha assumido a liderança, ficou em 4º lugar. Puxadas pela categoria de Não ficção (que teve um volume de vendas 75% maior do que na semana anterior), as vendas totais cresceram 47% nas livrarias medidas pela Lista, aos poucos retomando a normalidade do varejo após a queda acentuada do início de janeiro. Clique no Leia Mais para ler a matéria na íntegra.

Horacio Corral, especialista em estratégia de marketing e ex-gerente de contas da Bookwire Brasil, assume agora o setor de marketing da Editora Flow com o propósito de "projetar lançamentos importantes e de ampliar a distribuição da marca pelas livrarias do Brasil", de acordo com a editora. Pouco antes de completar 5 anos a frente do departamento de Brand Marketing da Skeelo, Bárbara Lizo anunciou no Linkedin sua saída da empresa. De acordo com a assessoria de imprensa da Skeelo, a vaga ainda não foi preenchida. Também no Linkedin, a designer Mariane Vieira contou que começou na equipe de design da empresa agora em janeiro. Luara França começou nesta semana como publisher da Aleph. Conforme a Folha havia noticiado no último sábado, algumas mudanças no Grupo Companhia das Letras: estão chegando Antônio Xerxenesky (ficção e selo Penguin-Companhia), e também foram admitidas pela editora as jornalistas Yasmin Santos (não ficção) e Barbara Bigarelli (Objetiva e Portfolio-Penguin), e a editora Fernanda Dias (Suma/Alfaguara). Antes na Objetiva/Portfolio-Penguin, Fernanda Pantoja é, agora e desde novembro, editora na Intrínseca. Por fim, a editora Luiza Lewkowicz começa em fevereiro na DBA Literatura. Clique no Leia Mais para ler a íntegra desta nota.

O Ministério da Cultura e o Banco do Brasil fecharam uma parceria para o financiamento de projetos selecionados pelo edital aberto pelo Centro Cultural Banco do Brasil. As inscrições são gratuitas e ficam abertas até 3 de março de 2023 no Portal Patrocínios BB. Porém, parece que os editais do programa não agradaram integrantes do mercado do livro. Em nota, O Globo destacou que escritores reclamaram da falta de projetos de literatura entre os contemplados do edital. O Uol publicou uma matéria sobre como a literatura brasileira foi celebrada em um clube de leitura em Paris. Desde março de 2022, o Clube de Leitura, organizado pela Embaixada do Brasil em Paris em parceria com a Livraria Portuguesa e Brasileira, reúne mensalmente entusiastas e curiosos da literatura brasileira. As novidades nas publicações em 2023 tomaram a pauta no Valor. Entre os livros anunciados, o novo de Itamar Vieira Júnior, sem título divulgado ainda. Outro destaque da literatura nacional é Tati Bernardi, que deve lançar Meia vida, pela Fósforo. Micheliny Verunschk deve lançar seu novo romance pela Companhia, intitulado Caminhando com os mortos. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra,

A Biblioteca Digital Gratuita de São Paulo – BibliON – lança a sua primeira série de podcasts chamada “Criança Lê”, que tem como propósito oferecer a crianças e adolescentes subsídios que propiciem debates e reflexões a respeito dos temas propostos nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O material foi elaborado a partir de livros indicados no catálogo Capítulo Brasil, da FNLIJ (Fundação Nacional do livro infantil e juvenil). As metas estabelecidas pela organização internacional são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Em cada episódio os ouvintes terão a chance de conhecer, por meio de livros indicados pela FNLIJ, um pouco mais sobre cada um dos 17 ODS para 2030 no Brasil. O Criança Lê conta com a mediação de leitura/narração de Kiara Terra juntamente com crianças e jovens de 6 a 12 anos. O material está disponível nos principais agregadores de podcasts.

Em continuidade aos intercâmbios culturais entre Portugal e Brasil promovidos pela literatura, o Flipoços, feira literária em Minas Gerais, em parceria com o Camões Brasília, lança nesta sexta-feira (20), em Portugal, chamamento público para a “Residência Literária Poços de Caldas, Minas Gerais, Brasil”. As inscrições podem ser feitas aqui e vão até o dia 15 de fevereiro. Com mais de 14 anos ininterruptos com a presença de autores e autoras portugueses no Festival e com a promoção da literatura brasileira em Portugal, o festival chama escritores para o evento, que vai ocorrer este ano de 29 de abril a 7 de maio. Desta vez, foi definido pela curadoria do Flipoços, em conjunto com o Camões Brasília, o chamamento público que abre as inscrições dia 20 de janeiro somente para escritores e escritoras portugueses residentes em Portugal e que tenham uma obra editada no Brasil. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

Para discutir o protagonismo de Belo Horizonte na segunda geração do modernismo, neste final de semana (21 e 22), a Casa do Baile (Av. Otacílio Negrão de Lima, 75 – Belo Horizonte / MG) recebe o projeto ECOS – Modernismo Plural. O evento gratuito, composto por palestras, mini talks, oficinas, intervenções urbanas e visitas mediadas ao complexo arquitetônico da Pampulha, objetiva demonstrar que o tema merece celebrações e reflexões contínuas e visa também potencializar o território da Pampulha enquanto Patrimônio da Humanidade. Não são necessários ingressos, mas o evento é sujeito a lotação. O evento busca apresentar aos interessados o patrimônio histórico e artístico de BH, por meio de uma possibilidade de leitura do modernismo brasileiro para além da discussão paulista, reivindicando o lugar de protagonismo de Belo Horizonte e a transversalidade do modernismo mineiro com a discussão nacional. Todas as ações serão no entorno da Lagoa da Pampulha, tendo como foco um seminário no auditório da Casa do Baile. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra e a programação completa.

O Instituto de Leitura Quindim (R. Sinimbu, 1670 - 6º andar - Caxias do Sul / RS) apresenta o projeto Conta Quindim, com contações de histórias em sessões gratuitas e para todas as faixas etárias, que acontecerão no terceiro sábado de cada mês. O objetivo é aproximar as famílias que frequentam a biblioteca do Instituto ao contador de histórias, essa figura ancestral, presente no imaginário de inúmeras gerações. A primeira apresentação acontece nesse sábado (21), às 16h, com o artista e curador do projeto, José Henrique Alves. Para esta primeira sessão, Zé Henrique irá contar as seguintes histórias: Muito cansado, bem acordado, de Susanne Strasser, A Princesa e a Ervilha, de Hans Christian Andersen, e A criação da lua, conto popular africano recontado por A.S. Franchini e Carmen Seganfredo. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

“No início da tarde do dia 6 de março de três anos atrás, perdi dois incisivos numa tacada só. Eram os que me serviam para pronunciar meu nome.” Esta é uma história de Dentes (Todavia, 176 pp, R$ 64,90 - Trad.: Mauricio Santana Dias), de amores, esposas, filhos, amantes e rivais. E também de dentes, maxilares, lábios e dores quase insuportáveis. Com este romance, o italiano Domenico Starnone prova mais uma vez seu poder de apresentar — em uma narrativa relativamente breve e de arquitetura precisa — um eletrizante universo emocional. Aqui, como em outros livros seus, as paixões e desilusões (amorosas ou não) são escritas com agilidade, leveza e inteligência. E dessa vez com um humor em que é impossível não gargalhar com a boca bem aberta. Domenico Starnone nasceu em 1943, em Nápoles, e vive em Roma. Escritor e roteirista, recebeu em 2001 o Prêmio Strega. Dele, a Todavia já publicou Laços, Assombrações e Segredos.

França, século XVIII. O recém-nascido Jean-Baptiste Grenouille é abandonado pela mãe junto a restos de peixes em um mercado parisiense. Desprovido do cheiro que todo ser humano exala e rejeitado pela sociedade que o considera um ser abominável, o menino Grenouille cresce sobrevivendo ao repúdio, a acidentes e a doenças. Durante a juventude, ele descobre ser dotado de um dom sublime ― uma extraordinária sensibilidade olfativa ― e passa a buscar a essência perfeita, o perfume que lhe falta para atingir o que mais almeja: tornar-se um homem completo e amado. Mas há um preço lúgubre para alcançar a perfeição ― esta essência precisa ser usurpada de outros corpos, e, para isso, a vida deve ser extraída deles. Nesta obra intitulada O perfume (Record, 266 pp, R$ 64,90 - Trad.: Flávio R. Kothe), Patrick Süskind promove um malabarismo de palavras que inquieta o leitor. Ao usar uma linguagem densa e impetuosa, O perfume combina tons envolventes, construindo uma metáfora da morte que celebra a vida neste que já é um clássico contemporâneo.

Um ‘memorável’ é alguém que merece ser lembrado, ou guardado na memória, pelo que fez. Não é necessariamente um herói, já que a vida e os seres humanos são bem mais complexos do que podemos perceber tanto no dia a dia quanto nos grandes acontecimentos, mas alguém que pode ter vários rostos. Todos eles, de algum modo marcantes. E convém que não deixemos de encará-los. “Ninguém é apenas uma foto fixa”, diz Lídia Jorge, a mais consagrada autora da literatura portuguesa contemporânea. E é justamente a partir da fotografia de um grupo de homens e duas mulheres, tirada num restaurante, em agosto de 1975, que a protagonista deste romance inicia uma viagem de volta ao passado para entender de que país veio, de que povo faz parte e que histórias pessoais a fizeram nascer e a constituem para sempre. Ela, uma repórter portuguesa residente em Washington, é convidada a voltar à sua terra natal para fazer um documentário sobre a Revolução de 25 de abril de 1974, também conhecida como a Revolução dos Cravos. Regressa a Portugal e passa a entrevistar integrantes do movimento revolucionário e testemunhas dos acontecimentos, revisitando os mitos da revolução. Ao fazer isso, surpreende-se com o efeito da passagem do tempo não só sobre esses homens e mulheres e sobre a sociedade, mas também sobre a sua própria memória, sobre seus anos de infância e início de juventude – já muito depois de a revolução se tornar passado – e sobre a relação que tem com os pais, um jornalista português que antecipava o futuro em suas crônicas e uma atriz belga. Sobreviventes de um tempo já inalcançável, as personagens de Os memoráveis (Leya, 352 pp, R$ 69) tentam recriar o que foi a ilusão revolucionária e a desilusão dos anos seguintes – ou, simplesmente, a ilusão e a desilusão da própria vida – e o árduo caminho para a democracia, quando se tem de lidar com a banalidade do cotidiano. Em Os memoráveis, Lídia Jorge procura surpreender aquele espaço indefinido que existe entre o relato das verdades históricas, às vezes difíceis de enfrentar, e a vida em si, uma construção da imaginação e da vontade de cada um de nós e o resultado final é a literatura em sua melhor expressão: nos revelando a nós mesmos.

Tate é considerada uma estrela em ascensão. Escolhida como atriz principal de um filme muito aguardado, ela precisa atuar ao lado do pai, com quem tem uma relação complicada, e lidar com o fato de que o roteirista do longa-metragem é Sam, a última pessoa que esperava ver no set de filmagem. Nessa grande ironia do destino, Tate vê os traumas do passado retornarem para assombrar o papel de destaque que sempre sonhou. Parte de si está nervosa por ter que contracenar com o pai; a outra, se pergunta constantemente por que Sam a traiu. E, à medida que as gravações avançam, Tate se sente mais segura para conduzir a própria narrativa – mas descobre que algumas coisas não podem ser controladas. O livro Uma segunda chance (Faro Editorial, pp, R$ - Trad.: Clarissa Growoski) é uma ficção norte-americana que fala de amor, mas também (e sobretudo) de ser quem se é; escrita por Christina Lauren, dupla de escritoras norte-americana.