O Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e a Nielsen Book liberaram os resultados do 11º Painel do Varejo de Livros no Brasil, termômetro das vendas de livros realizadas por livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento. O 11º relatório de 2022 mostra que no acumulado do ano – de janeiro até 6 de novembro – foram vendidos 47,65 milhões livros, com um faturamento de R$ 2,06 bilhões, valores superiores em relação ao ano anterior em 4,06% e 8,59%, respectivamente. Em 2021, o mercado editorial já celebrava uma performance que era superior ao ano inteiro de 2020. Nesse 11º período (10 de outubro a 6 de novembro), que antecedeu a Black Friday, o setor registrou um bom resultado em faturamento. O aumento foi de 6,44%, chegando a R$ 162,32 milhões, contra R$ 152,5 milhões alcançados em 2021. Em volume, a variação foi de apenas 0,21%. Em números reais, significa que foram comercializados 3,75 milhões de livros em 2022 contra 3,74 em 2021. Outro fator a ser notado é o número de ISBNs no período. “Chama a atenção a redução da bibliodiversidade do mercado, ou seja, a quantidade de ISBNs movimentados dentro de cada período. Apresentando valores negativos pelo quarto período consecutivo neste ano, este último traz uma diminuição de 7,38% em relação ao mesmo período do ano passado. Tal fato torna o período atual o de menor bibliodiversidade dos últimos 24 meses”, comenta Ismael Borges, Territory Manager da Nielsen Book do Brasil. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Amazon e o Grupo Editorial Record anunciaram nesta segunda (5), os finalistas da 7ª edição do Prêmio Kindle de Literatura, que dará ao vencedor R$ 50 mil – sendo um prêmio em dinheiro de R$ 40 mil e um adiantamento de direitos autorais de R$ 10 mil pelo contrato de publicação da versão impressa do livro pelo selo José Olympio. Além disso, todos os livros dos finalistas receberão versão em audiolivro, que será disponibilizada pela Audible, Inc. no Audible em mais de 180 países em todo o mundo, e receberão um destaque nas comunicações da Amazon. Os finalistas são: Ébano sobre os canaviais, por Adriana Vieira Lomar; Meus sertões de você, por Alice Betânia Miranda; Onde pousam os urubus, por Andre L Braga; Se tu me quisesse, por Jadna Alana; e O piloto, por Walther Moreira Santos. Os finalistas foram escolhidos dentre as milhares de obras inéditas inscritas na 7ª edição do prêmio, avaliados em critérios como criatividade, originalidade, qualidade de escrita e viabilidade comercial. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Mais uma aquisição no mercado editorial internacional: a Hachette UK adquiriu o Welbeck Publishing Group por uma quantia não revelada, em um acordo feito entre os acionistas das duas empresas no dia 30 de novembro. O grupo francês disse que a aquisição faz parte da sua estratégia de longo prazo para se diversificar em áreas especializadas, adquirindo editoras que são “líderes em seu campo”. Nos últimos anos, as aquisições da Hachette incluíram a Paperblanks, Bookouture, Jessica Kingsley Publishers, Laurence King, Summersdale, John Catt Educational e Short Books. Com a compra, as publicações comerciais ilustradas e adultas da Welbeck passarão a fazer parte da Headline Publishing Group e o catálogo infantil passará a fazer parte da Hachette Children's Group. Mark Smith e Marcus Leaver, que cofundaram a Welbeck em 2019 e são seus diretores executivos, deixarão seus cargos. Já David Shelley, CEO da Hachette UK, disse estar ansioso para começar a trabalhar com a equipe da Welbeck. “Sei que seremos capazes de ajudar a empresa a crescer cada vez mais nos próximos anos e a honrar a ambiciosa visão editorial da Welbeck.” Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Participar de eventos como Bienais e Feiras do Livro podem despertar o interesse pelos livros e pela literatura? Se compararmos os resultados da pesquisa Retratos da Leitura aplicada na Bienal de SP, em 2022, com a Retratos da Leitura no Brasil realizada em 2019, podemos destacar a importância desses eventos em atrair um público já mobilizado pelo livro. Dos visitantes entrevistados, 98% são leitores de livros (leram pelo menos um livro em um período de três meses). Um percentual muito superior ao dos brasileiros (52%). Esse alto percentual pode ser explicado pelo fato de terem sido entrevistados visitantes, com mais de dez anos, que foram espontaneamente a esses eventos. A questão que devemos trazer, para analisar se esses eventos despertam interesse pelo livro naqueles que ainda não são leitores, é, se, aqueles estudantes que visitaram essas feiras porque participaram de excursões promovidas pelas escolas, podem ter despertado seu interesse pelo livro. Não temos pesquisa sobre esse possível impacto, mas podemos trazer informações de outros estudos. Sabemos que a grande maioria dos estudantes do Ensino Básico de escolas públicas não têm livros de literatura em casa. Em relação a bibliotecas, o Censo do MEC nos diz que cerca de 60% das escolas brasileiras não têm bibliotecas instaladas. Já a 5ª edição da Retratos da Leitura no Brasil nos diz que 58% dos estudantes do ensino Fundamental I e II, dependem de uma Biblioteca na escola para lerem os livros indicados pelos professores. Clique no Leia mais para conferir a íntegra deste artigo.

Em época de Copa do Mundo, a Rocco decidiu fazer duas novas contratações para reforçar o seu time. Para integrar a equipe de Comunicação e Marketing, a editora trouxe Vinícius Barreto. Formado em Administração, com MBA em Marketing pela ESPM, Vinícius iniciou sua carreira como estagiário de Comunicação da Livraria da Travessa. Nos últimos anos, passou por diversas áreas da #coisadelivreiro, agência de publicidade voltada para o mercado editorial. Na Rocco, Vinicius vai atuar para expandir o contato com comunidades e influenciadores digitais e também criar ações no TikTok. Já Naima Leite chega à editora para trabalhar no setor Comercial. Formada em Letras pela UFRJ e especializada em produção editorial pela UFRRJ, Naima, que tem passagens pela Blooks Livraria e pela Cobogó, no Rio de Janeiro, vai cuidar da divulgação e exposição dos títulos da Rocco nas livrarias da cidade, com olhar especial para as independentes.

O Clube de Leitura Quindim está à procura de uma pessoa para a vaga de atendente de vendas, para atuar na venda de assinaturas B2C e B2B. O clube de livros infantis precisa de alguém com boa comunicação e facilidade de negociação; que tenha ótimo português e fluência na escrita; empatia para lidar com diferentes pessoas; interesse em aprender mais sobre literatura infantil e que esteja em constante busca e aprendizado de técnicas e estratégias para marketing de vendas on-line. Os benefícios incluem bonificação por venda. Interessados devem encaminhar currículos para carla.haas@quindim.com.br

A 36ª Feira Internacional do Livro de Guadalajara terminou no último domingo (4), com uma boa participação brasileira e tendo o emirado de Sharjah como convidado de honra. Durante o painel "Oriente e Ocidente: mulheres no mundo", Bodour Al Qasimi, sheikha do emirado, fundadora da Kalimat Group e presidente da International Publishers Assotiation (IPA), novamente chamou atenção por uma das causas pela qual vem lutando há anos: o protagonismo feminino na indústria mundial do livro. Bodour se dirigiu às mulheres, pediu que elas valorizem o que as distingue e enfatizou a necessidade de oportunidades iguais. Ela pediu ainda para os pais criarem suas filhas para que acreditem em si mesmas e para alcançar suas aspirações. Na sessão moderada por Marisol Schulz, diretora-geral da FIL, Al Qasimi também compartilhou sua jornada na indústria editorial e como presidente da IPA e destacou como, tradicionalmente, as mulheres conseguiram fazer pouco progresso na indústria. O cenário que ela encontrou a encorajou a criar o PublisHer, órgão de networking que busca aumentar o número de mulheres em cargos de liderança no mundo editorial. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O escritor e roteirista Paulo Lins está de volta à temática social após 25 anos do lançamento de seu romance Cidade de Deus (1997), que deu origem ao filme homônimo de Fernando Meirelles e Katia Lund (2002). Desta vez, Paulo escreve Mãe Luiza – construindo otimismo, história sobre a comunidade de Mãe Luiza, localizada na região oceânica da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. O lançamento oficial será na quarta-feira (7), na Livraria Argumento (Rua Dias Ferreira, 417 – Rio de Janeiro / RJ) a partir das 19h e o livro é publicado pela editora Gryphus. O autor, que atualmente mora em Itatibaia, no interior de São Paulo, visitou a comunidade Mãe Luiza para escrever o romance. Na primeira parte do livro, Paulo Lins conta a história da criação da favela. A família do sr. José e dona Lucia com os filhos Regina, Neuza, Chico e Fefedo, é obrigada a fugir da seca do sertão e a imigrar para a cidade grande, onde lutam por um pedaço de terra para chamar de seu, na esperança de uma vida melhor. Já a partir da segunda parte do livro, Lins descreve como nos últimos 30 anos o distrito de Mãe Luiza passou de uma favela miserável para uma comunidade ativa. Clique no Leia mais para conferir a nota na íntegra.

A Uiclap, startup de autopublicação de livros impressos, lança o primeiro livro da fonoaudióloga Patrícia Faro, intitulado SOS Fono - Manual Prático de Pesquisa - Vol. 1. Especialista em fonoaudiologia clínica e hospitalar, gestão empresarial com perspectiva fonoaudiológica e formada pela PUC de São Paulo, Patrícia vem ministrando cursos e palestras sobre fonoaudiologia estética da face e motricidade orofacial em congressos, jornadas e faculdades da área. O livro é o primeiro manual de uma série voltada a facilitar o acesso a respostas práticas, que agilizam a pesquisa dos profissionais com uma linguagem simples e rápida, para que os fonoaudiólogos possam prestar atendimento de qualidade e com eficiência. O objetivo da autora é dividir o saber, fazendo com que a fonoaudiologia se torne algo mais fácil, viável, possível, e sempre realizada com muita responsabilidade. Com um método de simplificar informações e dar respostas diretas bem direcionadas às necessidades do seu público, o livro tornou-se um grande sucesso, e Patrícia já é best-seller em vendas pela Uiclap. O segundo volume de seus manuais práticos está previsto para ser lançado ao final de 2022. Para saber mais do primeiro volume, clique aqui. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O segundo encontro do projeto Paiol Literário em 2022 recebe a escritora e tradutora Natalia Borges Polesso nesta quarta-feira (7), às 19h30. A entrevista, parte da 11ª temporada do projeto, será conduzida pelo escritor e editor do jornal Rascunho, Rogério Pereira, com transmissão ao vivo pelo canal oficial do Paiol no Youtube. Natalia Borges Polesso, a 80ª convidada do Paiol, tem 8 livros publicados, dentre eles Amora (Dublinense, 2015) e A extinção das abelhas (Companhia das Letras, 2021). Em 2017, foi selecionada para a lista Bogotá39 e tem seu trabalho traduzido em diversos países, tais como Argentina, Espanha e Estados Unidos. O Paiol Literário é realizado desde 2006 pelo jornal Rascunho, promovendo conversas com diversos autores brasileiros, com patrocínio do Itaú via Lei Federal de Incentivo à Cultura. Este ano, além de Andréa Del Fuego (entrevistada em novembro) e Natalia, os próximos convidados serão Edney Silvestre (janeiro/23), Carol Bensimon (fevereiro/23), Jarid Arraes (março/23) e Tatiana Salem Levy (abril/23).

Um pé na cozinha (Fósforo, 400 pp, R$ 59,90) é uma análise da história do trabalho de mulheres negras na cozinha e desse trabalho como ferramenta de entendimento da sociedade brasileira. O livro, adaptado da tese de doutorado de Taís de Sant’Anna Machado, é uma investigação dos processos de profissionalização dessas mulheres na cozinha doméstica do pós-Abolição até a gastronomia contemporânea. A obra chama os leitores a refletirem sobre como cozinheiras negras, enquanto grupo extremamente sujeito à exploração, são perspicazes dentro do contexto em que vivem e, nesse sentido, agem estrategicamente e produzem perspectivas sociais críticas que botam em cheque a estrutura racial, de gênero e de classe que fundamenta o Brasil. Taís constrói um panorama da agência e da resistência de mulheres negras a partir de processos históricos e trajetórias individuais, que têm como base registros documentais e entrevistas que realizou com cozinheiras e chefs negras. A partir desses estudos, ela expõe as dinâmicas de poder que se estabelecem entre senhores, sinhás e escravizadas – entre os séculos 18 e 19 –, patrões brancos e cozinheiras negras – da Abolição até os tempos atuais –, que permitem a manutenção do estilo de vida das classes média e alta do país em detrimento da qualidade de vida de mulheres que trabalham em condições exaustivas, precárias e miseravelmente remuneradas.

Como a Europa subdesenvolveu a África (Boitempo, 352 pp, R$ 99 – Trad.: Heci Regina Candiani), do historiador e líder teórico do pan-africanismo Walter Rodney, detalha o impacto da escravidão e do colonialismo na história da África. Escrita em 1972 e publicada agora pela primeira vez em língua portuguesa, a obra, considerada uma obra-prima da economia política, argumenta que o inabalável “subdesenvolvimento” africano não é um fenômeno natural, e sim um produto da exploração imperial do continente, prática que continua até hoje. Um dos principais argumentos ao longo do livro é o de que a África desenvolveu a Europa na mesma proporção em que a Europa deliberadamente subdesenvolveu o continente africano. Rodney detalha as formas de exploração econômica de diversos povos e regiões, primeiro como fornecedores de mão de obra escravizada e, depois, como mão de obra assalariada extremamente subvalorizada. Além disso, aborda como se deu a intervenção direta do modo de produção capitalista nas práticas econômicas típicas de cada povo e região, na divisão sexual do trabalho tradicional dos povos africanos e na educação formal durante o colonialismo.

A palavra pressa é o particípio passado, em latim, do verbo premere (apertar). Assim, pode-se dizer que A história da televisão brasileira para quem tem pressa (Valentina, 200 pp, R$ 33,10) se propõe a contar uma das maiores sagas do século 20 (e deste início do 21) para quem precisa apertar o passo ou está apertado de tempo. E quem não está? Contextualizado cada momento histórico, e escrito em linguagem clara e acessível, Elmo Francfort, jornalista e radialista com mais de 90 livros no currículo, traça um panorama da TV – linguagem que há mais de sete décadas fascina diariamente os brasileiros. Vai dos televisores de tubo às produções hoje assistidas pelo celular, nos quatro cantos do país e no exterior. A obra passeia com desenvoltura pelos principais acontecimentos que marcaram a trajetória dessa paixão nacional, responsável por transmitir, a longas distâncias, imagens que transformaram a História do nosso país. O passeio começa pelos anseios dos povos antigos pela reprodução imagética, passando por inventores, a criação da TV no mundo e o panorama de como foi recebida no Brasil. No decorrer da obra, a implantação da pioneira TV Tupi, a evolução das emissoras, a criação de ídolos populares, a chegada do videoteipe, do satélite, das cores e da alta definição, com interatividade e streaming, além de outros temas e curiosidades sobre a nossa televisão.

Durante séculos, o eurocentrismo científico construiu uma história baseada em mentiras. Tais mentiras fomentaram e ainda fomentam o racismo, a xenofobia, a misoginia e a morte de inúmeros grupos e povos, sobretudo na África e na América. A fim de restituir a verdade, a obra As mentiras do ocidente (Selo Negro Edições, 192 pp, R$ 84,90), organizada por Dagoberto José Fonseca, aponta novos caminhos teórico-metodológicos que partem da história real do continente africano e da diáspora de sua população. Entre os temas abordados estão: a vida e a obra de Ptahhotep, um dos grandes filósofos do Reino Antigo do Kemet (atual Egito); as falsas narrativas produzidas pelo pensamento euro-ocidental; a formação da democracia nas diversas nações da África; os conceitos de unidade e diversidade cultural africana; a afroperspectiva como método e teoria; o impacto do escravismo e do colonialismo na África; a interface entre arte e loucura nos rituais de cura do povo dogon (Mali); as lutas dos povos indígenas por seus territórios ancestrais. A coleção África, presente! Negritude e luta antirracista constitui um espaço de produção e divulgação do pensamento não hegemônico acerca de africanos, afro-brasileiros e indígenas. Seu objetivo é problematizar e contestar cientificamente paradigmas, falácias e metodologias euro-ocidentais. Esse volume conta com textos de: Alexandre de Lourdes Laudino, BasIlele Malomalo, Dagoberto José Fonseca, Denise Dias Barros, Kowawa Kapukaja Apurinã (Maria de Fátima Nascimento Urruth), Kunhã Jeguakai Nhandeva Charrúa (Bruna Lopes Silva), Muryatan Santana Barbosa, Patricio Batskama, Renato Noguera e Tatiane Pereira de Souza.