A Nielsen Book e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) divulgaram os dados do 9º Painel do Varejo de Livros no Brasil, que apurou as vendas das principais livrarias e supermercados no país no período de 15 de agosto a 11 de setembro. Em comparação com o ano anterior, o faturamento apresentou um crescimento de 5,71%, apesar de um volume 0,38% menor em número de unidades. Em números reais, foram 4,53 milhões de livros comercializados com receita total de R＄191,93 milhões. No mesmo período do ano anterior, a receita tinha sido de R＄181,56 milhões, com 4,54 milhões de unidades vendidas. No mesmo período de 2021, o comércio ampliava o horário de funcionamento das lojas, no âmbito das medidas de flexibilização da pandemia. Naquele momento, foram registradas ações promocionais de varejistas, no sentido de recuperar as vendas e, por isso, o período tornou-se o segundo melhor em resultado daquele ano até então. Este ano, grandes fatores que contribuíram para o bom desempenho neste nono período da pesquisa foram as ações promocionais de varejistas e a proximidade de realização da Copa do Mundo. O evento impulsionou a compra de álbuns de figurinhas, que responderam por 4,91% em volume de unidades de e 6,05% em valor em relação a faturamento, se destacando também em relação às últimas edições da Copa. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A grande surpresa do prêmio Nobel de Literatura 2022 foi justamente a ausência de surpresa. A organização do prêmio não repetiu o hábito frequente de conceder a honra a autores pouco conhecidos pelo grande público. Primeira escritora francesa receber o Nobel, Annie Ernaux, de 82 anos, vive um momento de intensa popularidade, principalmente no Brasil, onde a Fósforo já lançou quatro de seus livros e, antes da Flip, deve lançar o quinto, O jovem. Certamente a organização da Feira Literária Internacional de Paraty tem muito a comemorar. Ernaux é uma das convidadas do evento, de 23 a 27 de novembro. Agora, não resta dúvida de que será a grande estrela desta edição. Os livros da autora poderiam ser considerados como volumes de uma grande autobiografia. Mas, em textos independentes entre si, ela conta em cada um a versão fiel, um tanto romanceada, de algum episódio de sua vida. Não é exagero dizer que Annie Ernaux revolucionou o gênero da literatura biográfica. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Nessa semana, o Próximo Capítulo traz as novidades que chegarão às livrarias entre 20 e 26 de novembro. Entre elas, destaque para Cartas (Record), reunião de correspondência escrita por Graciliano Ramos entre 1910, quando ela morava em Palmeira dos Índios, no agreste de Alagoas, até 1952, com relatos da viagem do escritor à União Soviética. Serão publicados também: Política é para todos, de Gabriela Prioli, em nova edição da Companhia das Letras; Felizes os felizes (Âyiné), novo romance best-seller de Yasmina Reza; e A história da televisão brasileira para quem tem pressa (Valentina), de Francfort Elmo. Confira todas as novidades clicando aqui. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

A VR Editora abriu uma vaga para analista comercial. As funções do cargo incluem cuidar do acerto de consignação com representantes regionais e carteira de clientes; produzir relatórios comparativos de clientes; planejamento do crescimento de vendas; atendimento e suporte aos representantes regionais; estabelecer metas de vendas; e envio de remessa de reposição, mapas e cotas de lançamentos. É preciso ter experiência de dois anos na área e conhecimento do sistema Winbooks será um diferencial. A vaga é CLT, com sistema híbrido e os benefícios incluem vale transporte, alimentação e refeição, seguro saúde e odontológico. Interessados devem encaminhar currículos para Fernanda pelo e-mail administrativo@vreditoras.com.br até 11 de outubro.

Segundo levantamento realizado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), em 2021 foram vendidos cerca de 409 milhões de livros e foram lançados algo em torno de 48 mil livros. Os números mostram o crescimento do setor, mas escrever e lançar uma obra vai muito além de criar e publicar uma narrativa. Contar histórias fascinantes reunindo todos os elementos que capturem a atenção do leitor é só uma parte do trabalho. Assim como A jornada do herói funciona como uma fórmula na construção de histórias, acredito que, paralelamente, é preciso construir outra jornada: a do autor. Clique no Leia mais para ler a íntegra deste artiigo.

A Casa Brasil, projeto elaborado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), vinculada ao Ministério das Relações Exteriores, terá uma edição especial para comemorar os 200 anos da Independência do Brasil, em Lisboa, dos dias 05 a 13 de novembro. A Casa Brasil 2022 já percorreu diversas cidades no exterior este ano, tendo como objetivo aproximar as empresas brasileiras dos mais variados setores do mercado internacional. Agora, na Casa Brasil Lisboa, será incluído, excepcionalmente, um espaço dedicado exclusivamente à literatura, com foco nas comemorações do bicentenário da Independência. A curadoria é de Bruno Simões e a empresa Liser – que em março inaugurou o seu braço editorial – foi a selecionada para representar a literatura como um produto de exportação. Diferentemente do que ocorre em feiras de livros internacionais, o foco será apresentar o livro no formato físico e as possibilidades de levá-los a um enorme mercado de leitores da língua portuguesa em países em que o idioma oficial deixa-os distantes da língua materna. Durante o encontro, será contada a história do desenvolvimento do Brasil em diversos setores da economia brasileira, passando pelo agronegócio, indústria e serviços no arco histórico de 200 anos de Independência, além de trazer uma visão de futuro dos negócios do Brasil no mundo e da brasilidade, atributo que reúne as características da nação e cultura do país.

Neste sábado (08), às 15h, o desenhista Maurício de Sousa, pai da Turma da Mônica, realiza a sua primeira sessão de autógrafos "pós pandemia". O encontro com os fãs será na Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis (Av. Higienópolis, 618 - São Paulo / SP) para comemorar o lançamento de Finalmente, o Brasil Independente! (Melhoramentos). A retirada das senhas e compra dos livros começa um dia antes, na sexta (07), a partir das 10h, no mesmo local. Este é o primeiro projeto da turma a abordar essa temática, graças à parceria entre Mauricio de Sousa e Mary Del Priore, renomada historiadora e vencedora do Prêmio Jabuti, que se uniram para criar um livro de ilustrações imersivas que ajudarão os jovens a refletir sobre o tema e tornar o aprendizado muito mais dinâmico e divertido. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Livraria da Tarde (Rua Cônego Eugênio Leite, 956 – São Paulo / SP) recebe nesta quinta (06), das 18h30 às 21h, o lançamento de Alma corsária, obra de Claudia Roquette-Pinto publicada pela Editora 34. No livro, a autora reafirma uma percepção de mundo intensa e singular, trabalhada por olhos, ouvidos — e vários outros órgãos — alertas. Nas páginas da obra, o corte preciso das imagens se articula a uma atenção ímpar para o ritmo da língua, com a qual a poeta flagra, no movimento fugidio das palavras, o claro instante em que o real e a subjetividade se encontram em poesia: flores ou arestas. Durante o encontro, haverá a leitura de poemas de Ademir Assunção, Claudio Daniel, Diana Junkes, Marcelo Ariel e Rodrigo Petrônio, e uma sessão de autógrafos com a autora.

Os autores Dante Gallian, professor da Unifesp, e Alexandre Seraphim, executivo da indústria farmacêutica, estarão presentes para uma noite de autógrafos na Livraria da Travessa do Shopping Iguatemi (Av. Faria Lima, 2.232 - São Paulo / SP), das 19h às 21h, nesta quinta-feira (06). O evento marca o lançamento da obra Responsabilidade humanística – uma proposta para a agenda ESG (Poligrafia Editora), que aborda a excessiva racionalização da vida e propõe às empresas uma agenda focada no meio ambiente, na área social e na governança. O tema é muito discutido no meio empresarial que, com o avanço tecnológico e a velocidade no desenvolvimento e crescimento, deve se adaptar às consequências de graves problemas nas questões socioambientais, na excessiva racionalização da vida, e consequentemente um processo de desumanização, uma questão cada vez mais preocupante e ainda não devidamente enfrentada. Clique no Leia mais para ter acesso à íntegra desta nota.

A jornalista Cláudia Gaigher estará na Livraria da Travessa (Rua dos Pinheiros, 513 – São Paulo / SP) nesta sexta (07), às 19h, para o lançamento oficial de sua publicação Diário de uma repórter no Pantanal. Na obra, a autora narra seus 24 anos de comprometimento com a defesa da preservação de um dos biomas mais ricos do Brasil, por meio de 30 histórias dos bastidores de suas reportagens. A publicação do livro foi integralmente financiada pela Documenta Pantanal, uma iniciativa que reúne profissionais de áreas diversas comprometidos com a urgência de tornar as fragilidades e as riquezas do Pantanal mato-grossense conhecidas do grande público. A profissional produziu diversos conteúdos para a TV Globo e é uma das especialistas em cobrir assuntos sobre o Pantanal.

Amir Haddad de todos os teatros (Cobogó, 176 pp, R$ 58) reúne o pensamento e os ensinamentos de um dos grandes mestres do teatro brasileiro, dimensionando seu legado e trajetória. Artista com identidade própria, Amir, fundador do grupo Tá na Rua, é porta-voz de uma arte que se libertou do espaço convencional do teatro e se aproximou do povo nas ruas, integrando as artes cênicas aos cenários urbanos – criando, com isso, um teatro tão inovador quanto político. O livro é organizado pelos atores e diretores Claudio Mendes e Gustavo Gasparani a partir de pesquisas no acervo de Amir, contando também com um texto do crítico, professor e jornalista Daniel Schenker sobre a carreira do artista e sua contribuição para a cena teatral brasileira. Em uma das partes do livro, por exemplo, Amir expõe seu pensamento sobre Arte Pública, conceito que desenvolveu ao longo dos anos. Trata-se de uma concepção única do fazer teatral, liberto do espaço institucional para ganhar o espaço da esfera pública, das ruas e das praças, estreitando a relação com a plateia, na contramão de um teatro convencional. Amir Haddad de todos os teatros, título escolhido pelo próprio Amir, materializa com sabor e precisão uma maneira única de se fazer e pensar o teatro.

O livro O desertor de Princesa (Nova Fronteira, 112 pp, R$ 40,90), de 1948 ocupa um lugar de especial relevância na dramaturgia de Ariano Suassuna (1927-2014). A peça é ambientada durante a guerra de Princesa, ocorrida no Sertão da Paraíba, movimento separatista já totalmente inserido no contexto das lutas políticas que antecedem a Revolução de 1930. Do ponto de vista formal, trata-se de uma tragédia construída a partir das clássicas unidades de lugar, tempo e ação, e com uma ambiência trágica que paira rigorosamente sobre todo o desenrolar da trama. Suscitada já nas estrofes que abrem a encenação, cantadas à luz de uma vela, essa ambiência trágica intensifica-se a cada diálogo. Partindo de uma guerra de proporções locais e consequências relativamente modestas, o autor consegue fazer de sua peça um contundente libelo contra todas as guerras, um grito, em suas próprias palavras, contra a guerra em si mesma, num tempo em que o mundo inteiro ainda procurava se recuperar do trauma sofrido com a Segunda Guerra Mundial, terminada havia apenas três anos. O desertor de Princesa é uma peça atual e necessária. Qualquer que seja a guerra, de um modo geral, os líderes políticos e os oficiais de alta patente, abrigados em seus palácios, quartéis e postos de comando, limitam-se a dar ordens, e muito provavelmente morrerão com a idade avançada e o peito cheio de medalhas; os jovens soldados, nas frentes de batalha, matam e morrem.

O rei de Ramos (Bertrand, 168 pp, R$ 54,90) foi encenada pela primeira vez em 11 de março de 1979, inaugurando o novo Teatro João Caetano, no Centro do Rio de Janeiro. A trama conta com canções de Chico Buarque e Francis Hime. Nela, o romancista e dramaturgo Dias Gomes desenvolve uma crônica musicada da rivalidade de dois banqueiros do bicho, Mirandão e Brilhantina, cujo ódio recíproco não é suficiente para impedir o amor entre seus filhos, Taís e Marco. A peça é também uma sátira da realidade brasileira contemporânea, com seu humor ágil e linguagem certeira. A simplicidade da história envolve; a ironia e a crítica social a temperam. Com enredo popular, as cenas são tipicamente brasileiras e mais ainda: é particularmente carioca sendo ambientada no bairro considerado o berço do choro. Integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL), Dias Gomes (1922-1999) foi um dos mais célebres nomes da escrita do século XX e vem tendo sua obra relançada por conta de seu centenário de nascimento. A próxima publicação será As primícias, seguindo o projeto gráfico com capa nova já usado em O bem-amado, O pagador de promessas, Sucupira: ame-a ou deixe-a, A invasão, Campeões do mundo, O santo inquérito, Odorico na cabeça e O berço do herói.

“O mais trágico dos poetas”, no dizer de Aristóteles, Eurípides é, com Ésquilo e Sófocles, um dos três grandes dramaturgos atenienses do século V a.C. Retratado de forma irônica em muitas comédias de Aristófanes e tendo vencido apenas cinco vezes os concursos teatrais, o autor de As Troianas e outras tragédias fundamentais legou uma obra cuja ressonância ainda se faz presente no teatro, no cinema e na literatura contemporâneas. A obra Teatro completo I (Editora 34, 384 pp, R$ 86,00 - Trad.: José Antonio Alves Torrano), é o primeiro dos seis volumes bilíngues que formam o seu Teatro completo. A obra reúne, ordenados por ordem cronológica, o drama satírico O Ciclope, a tragédia Alceste, que põe em questão a nossa condição de mortais; e aquela que é uma de suas obras mais célebres, Medeia, representada no primeiro ano da Guerra do Peloponeso. A tradução de Jaa Torrano, professor titular de Língua e Literatura Grega da Universidade de São Paulo, vem acompanhada de estudos sobre cada uma das peças e, neste volume em particular, de uma valiosa introdução sobre o sentido das tragédias gregas em seu contexto histórico, a dinâmica das imagens míticas, as relações entre homens e deuses e a importância da noção mítica de justiça nos dramas de Eurípides.