A 17ª edição do Festival Literário Internacional de Poços de Caldas teve início no último sábado (03), e segue até domingo (11), com uma programação intensa que inclui lançamentos de livros, debates sobre temas atuais e homenagens. Com pouco mais de 80 expositores e 187 convidados, o evento da “resistência e resiliência” - definido dessa forma por quem esteve presente nos primeiros dias da programação -, foi montado com pouco menos de R$ 400 mil, valor esse que Gisele Ferreira, organizadora do festival, avalia como um “verdadeiro milagre”. “O que a gente faz aqui é milagre. A nossa boa vontade é tão grande que o dinheiro multiplica, porque com R$ 370 mil como você faz um evento desse tamanho?”, questionou em conversa com o PublishNews. “O que falta realmente para a gente é recurso. Porque se a gente tivesse o dinheiro e recursos que outros festivais do gênero têm eu transformava essa cidade”, disse. Ocupando o Espaço Cultural da Urca, no centro da cidade, a 17ª edição do Flipoços começou com a participação ainda tímida do público, mas com uma programação de peso que trouxe nomes como Marcelino Freire, Janine Rodrigues, Chris Fuscaldo, Marcelo Bortoloni, Afonso Reis Cabral, Cristovão Tezza, Márcio Borges e Zé Ibarra. Os dois últimos, aliás, muito esperados pelo público que acompanhou a cerimônia de abertura do festival. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Durante a programação do Flipoços no último sábado, uma mesa reuniu Vitor Tavares, presidente da CBL; Raquel Menezes, editora da Oficina Raquel; e Eliana Gaiga, estudante de Biblioteconomia, para discutir a Lei da Política Nacional de Leitura e Escrita, também conhecida por Lei Castilho. Mediada pelo próprio “homem da lei”, José Castilho Marques Neto, a discussão girou em torno das dificuldades de se implementar o decreto. “A lei está inerte desde a sua promulgação em julho de 2018. O Estado não se manifesta, mas ao mesmo tempo nós temos um movimento social, que envolve escritores, editores, livreiros, bibliotecários, ativistas da leitura, que continuam fazendo seu trabalho na sociedade civil e isso é muito importante, porque a democracia se faz, principalmente, pelo movimento real da sociedade e não apenas por indicações daqueles que estão responsáveis pela política em determinado período”, pontuou Castilho. Com críticas a falta de ações concretas do atual Governo, a discussão tratou de pontuar o que pode e ainda precisa ser feito para que a lei passe a vigorar. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A editora Lote 42 divulgou a lista de selos, artistas e coletivos independentes que vão participar da edição 2022 da Miolo(s), feira de arte gráfica realizada na Biblioteca Mário de Andrade (Rua da Consolação, 94 - República - São Paulo / SP). Gratuita tanto para os expositores quanto para o público, a nona edição da Miolo(s) está programada para os dias 05 e 06 de novembro, voltando ao formato presencial após dois anos. São 180 expositores, entre eles editoras que já ganham destaque no mercado, como Banca Tatuí, Claraboia, Dublinense, Editora Nós, Editora Peabiru, Editora Urutau, Laranja Original e Quelônio. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O Museu do Futebol, que funciona dentro do Estádio do Pacaembu, em São Paulo, aposta na diversidade com dois novos produtos culturais: o e-book Corpos e corpos plurais: a diversidade no futebol e o Podcast Futebóis. O e-book foi pautado por um amplo estudo sobre o tema, iniciado em 2020. Em seis capítulos, vários autores relatam suas experiências e opiniões sobre as dificuldades e os avanços na inclusão da comunidade no esporte. Para abrir a primeira temporada do podcast foi escolhido o tema “Diversidade em campo”, discutindo a homofobia no futebol desde o passado até os dias de hoje, usando como referência os casos do ex-jogador e hoje comentarista de TV Richarlyson e do ex-árbitro Margarida. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Foi aberto o período de inscrições para a segunda edição do Prêmio Geek de Literatura, organizado pela Amazon Brasil. Até o dia 05 de novembro, autores e artistas que quiserem participar podem enviar suas obras por meio do Kindle Direct Publishing - KDP, a ferramenta de autopublicação gratuita da Amazon. O concurso foca em escritores de ficção científica, fantasia, terror e HQ. Os interessados devem autopublicar suas obras e incluir a hashtag #PrêmioGeek no campo de metadados de palavras-chaves. A nova edição do prêmio aumentou o valor aos vencedores. Os primeiros colocados em cada categoria recebem R$ 10 mil e o contrato de edição para uma versão impressa de sua obra pela Pipoca e Nanquim. Os segundos e terceiros colocados nas duas categorias recebem prêmios de R$ 5 mil e R$ 2 mil, respectivamente. Todos os livros e quadrinhos participantes do Prêmio Geek de Literatura estarão disponíveis para os leitores na loja Kindle. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A HarperCollins Brasil está em busca de um estagiário comercial digital, para atuação no Rio de Janeiro. O estagiário ficará responsável por apoiar os cadastros de lançamentos nas plataformas, acompanhar atualizações de projetos especiais de clientes, analisar dados dos sites de vendas, além de ajudar nos relatórios de vendas e KPI e na manutenção do e-commerce. É necessário que o candidato esteja cursando faculdade de Administração, Marketing, Comunicação Social ou áreas afins, seja comunicativo, apaixonado por leitura e tenha conhecimento básico de Excel. Os interessados podem se inscrever clicando aqui.

Marcelo Saravá e André Freitas criaram um marco nos quadrinhos brasileiros. META – Depto. de Crimes Metalinguísticos, editada com apoio do Rumos Itaú Cultural e publicada pela Zarabatana Books, venceu o Prêmio Jabuti em 2021 de Melhor HQ. Este ano, ganhou edições nos EUA, na Inglaterra, no Canadá e na Austrália, pela Scout Comics. Propondo situações bizarras de metalinguagem, como um assassino que sai das páginas de um livro policial para matar pessoas no mundo real ou um vilão de filme que pula fora da tela do cinema para sequestrar incautos, o gibi apresenta como heróis uma polícia secreta que investiga a fronteira entre realidade e ficção. Sua sequência, META Vol. 2 – A jornada do leitor, está em campanha de financiamento coletivo no Catarse. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Fundação Santillana e a Editora Moderna, em parceria com a Comunidade Educativa (CEDAC), lançaram o livro Direção para os novos espaços e tempos da escola, organizado por Roberta Panico e Teresa Perez. A publicação é acompanhada da série de podcast Na escola, que complementa a obra e está disponível para download gratuito. O livro é lançado neste período em que as escolas ainda sentem os efeitos na pandemia de covid-19. O que aconteceu nos últimos dois anos obriga uma reestruturação do funcionamento das entidades e só reforça a importância da formação continuada de gestores no Brasil. Entre esses profissionais, 90% têm formação superior, segundo o Censo Escolar da Educação Básica de 2021, mas apenas 10% têm curso de formação continuada em gestão escolar .O livro pode ser acessado neste link. Serão distribuídos 68 mil exemplares impressos para diretores e diretoras escolares em todo o país. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Rodrigo Nunes, professor de filosofia contemporânea na PUC-RJ, faz nesta terça-feira (07), às 19h, lançamento virtual de seu livro Do transe a vertigem (Ubu), no canal do YouTube da Anpof - Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia. Na próxima semana, na segunda e na terça, dias 12 e 13, ele dará duas aulas na programação deste mês do Ubu em Curso. Do trânsito a vertigem tem o subtítulo Ensaios sobre Bolsonarismo e o mundo em transição. No livro, Nunes faz uma análise original do momento político atual, oferecendo uma ferramenta crítica potente para compreender os fundamentos do Bolsonarismo. Para o autor, é um fenômeno político e social que tende a transcender o governo que lhe deu o nome, e é necessário pensar os caminhos que podem ajudar a superá-lo. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Todo brasileiro aprende que em 07 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga, D. Pedro declarou que o Brasil passaria a ser independente. No entanto, poucos conhecem os pormenores das batalhas e dos conflitos que ocorreram em regiões distintas do território brasileiro e além-mar, em Portugal, e que resultaram, de fato, na emancipação. Será que a independência foi mesmo um divórcio pacífico? Existia, na época, um povo brasileiro e um projeto de nação? Como foi possível unificar e manter um território tão vasto? Fruto de uma extensa pesquisa feita pelo diplomata e historiador Helio Franchini Neto, Redescobrindo a Independência (Benvirá, 384 pp, R$ 59,90) narra em detalhes os conflitos políticos, as operações militares e as batalhas sangrentas que marcaram o início da trajetória do Brasil enquanto nação. Mesmo com 200 anos de atraso, nunca é tarde para quebrar mitos, desvendar fatos e conhecer melhor o passado do país.

Paulo Rezzutti já narrou, em dois de seus livros, a história não contada de D. Pedro I e D. Leopoldina, reapresentando aos leitores o casal imperial brasileiro como personagens complexas e humanas. Agora, a Independência deixa de ser coadjuvante − um evento dentro das biografias das personagens − para se tornar protagonista numa história diferente de tudo o que você já leu. O livro Independência: a história não contada - a construção do Brasil (LeYa, 320 pp, R$ 65) leva o leitor, inicialmente, para 1943, quando diversas peças de ouro prestes a serem derretidas são identificadas como a coroa de D. Pedro I. Em seguida, o autor parte para 1798, testemunhando o nascimento do futuro primeiro governante do Brasil – herdeiro de uma das mais poderosas dinastias portuguesas. E volta ainda mais alguns séculos, ao ano de 1500, para mostrar Pedro Álvares Cabral cruzando o Atlântico até uma terra que, embora fosse um novo mundo para os europeus, já era lar de mais de 2 milhões de pessoas – até então independentes. A partir daí, entre a “descoberta” e a opressão, começam a pairar no ar as primeiras ideias de liberdade. No fim do século XVIII, jovens e intelectuais tramam a independência na malograda Inconfidência Mineira, porém, quem diria, é a transferência da corte portuguesa para o Brasil que acaba por culminar, ainda que por estradas tortuosas, no famoso Grito do Ipiranga, em 07 de setembro de 1822. Ao não se render à versão da história conduzida somente pelos feitos das maiorias e dos poderosos, Rezzutti insere o povo brasileiro nesta jornada.

Publicado originalmente em 2004, A outra independência: Pernambuco, 1817-1824 (Todavia, 288 pp, R$ 94,90), livro central na historiografia brasileira, aborda o processo da Independência a partir de Pernambuco, que se destacou pela resistência contra o centralismo da corte do Rio de Janeiro e seu projeto de unificação do país. Esta nova edição traz um caderno de imagens inédito e um prefácio da Heloisa Murgel Starling. Vista sob a ótica da corte do Rio de Janeiro, a história da Independência limita o processo emancipacionista do Brasil à criação de uma unidade nacional entre 1820 e 1822, conduzida pela então capital. Mas, antes da proclamação e depois dela, existiram projetos políticos alternativos concebidos longe dali. Como o que se verificou em Pernambuco, palco de revoltas protagonizadas por pessoas que se opunham ao centralismo do Império e lutaram para implantar naquela província um sistema de governo que lhe conferisse ampla autonomia na administração, nas finanças e no controle da força armada. Numa perspectiva diferente da que nos oferece a historiografia oficial, Evaldo Cabral de Mello reconstitui neste livro o processo de emancipação a partir da província onde se contestaram, mais do que em qualquer outra, as diretrizes impostas pela corte carioca. E mostra como em Pernambuco a Independência ficou polarizada pela competição entre dois programas políticos – o unitário e o federalista.

Independência do Brasil: a história que não terminou (Boitempo, 306 pp, R$ 79), obra organizada por Antonio Carlos Mazzeo e Luiz Bernardo Pericás, oferece ao leitor, 200 anos após o grito do Ipiranga, uma discussão abrangente e elucidativa sobre um processo que até hoje desperta controvérsias e mal-entendidos. Reunião de 12 artigos de autores especializados no tema e no período, o conjunto apresenta visões diversas sobre o processo político e econômico da época (crise do antigo sistema colonial, formação do Estado brasileiro, estrutura de classes) ao lado de estudos mais detidos de interpretações clássicas, bem como de temas como o mapeamento do território, a formação do mercado livreiro, a estrutura tributária da colônia e Império, rebeliões populares do período. Ao mesmo tempo em que divulga algumas das pesquisas mais aprofundadas sobre o assunto, o livro contribui para que se tenha uma visão panorâmica do processo de Independência do Brasil. Trata-se, portanto, para os especialistas, de peça de atualização e discussão, e, para o público geral, de obra de informação e reflexão sobre um processo importantíssimo, mas de certa forma ainda inconcluso.