A Associação Nacional de Livrarias (ANL) e a GfK publicaram o relatório que acompanha as vendas de livros no varejo nacional referente ao período de 1º a 22 de junho. Neste intervalo, os estabelecimentos monitorados pelo instituto de pesquisa venderam 3,4 milhões de exemplares, o que redundou em faturamento de R$ 140 milhões. Na comparação com igual período de 2019, isso representa crescimento de 4% em volume e de 8,6% em valor. No acumulado do ano, no entanto, as perdas já somam 12,7% em número de exemplares e 12,8% no faturamento. De janeiro a junho, foram vendidas 20,6 milhões de cópias e os estabelecimentos apuraram faturamento de R$ 950 milhões com a venda de livros. Clique no Leia Mais e confira a íntegra desta nota.

Em abril, o PublishNews noticiou a criação do Mapa Colaborativo das Livrarias que se mantiveram ativas, mesmo no período de isolamento social. Criado pela vendedora de livros Beatriz Alves, o mapa chegou a reunir mais de 200 livrarias, de 20 estados e amealhou mais de 20 mil acessos enquanto esteve no ar. Como estava baseado num documento aberto, no Google Docs, o mapa foi “derrubado”. Agora, ele voltou em uma plataforma mais parruda, resistente a ataques e pode ser acessado pelo site Cadê o Livro. A ideia é unir as pontas entre leitores e livrarias para que eles possam descobrir as lojas do seu bairro ou da sua cidade que, mesmo com as portas fechadas, continuam vendendo livros seja pelas redes sociais, WhatsApp ou e-commerces próprios. O mapa continua colaborativo: qualquer pessoa pode incluir, de forma muito intuitiva, suas livrarias favoritas. Basta informar o tipo de livraria (independente, loja virtual, sebo, franquia etc); quais os produtos vendidos (livros novos, usados, infantis, importados etc); o nome do estabelecimento; o endereço; telefone; e-mail; site; redes sociais e horário de funcionamento. Além disso, é possível incluir fotos e informações de canais de vendas. Clique no Leia Mais para ter acesso à íntegra desta nota.

Em junho, a Câmara Brasileira do Livro (CBL), a Associação Nacional de Livrarias (ANL), o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e importantes players do mercado editorial do país se uniram para criar o Projeto Retomada. A iniciativa teve com o objetivo arrecadar fundos para ajudar financeiramente as micro, pequenas e médias livrarias que sofreram com a pandemia do novo coronavírus. Nesta quarta (12), às 11h, serão anunciadas as livrarias selecionadas pelo projeto em uma live que contará com a participação de Alexandre Martins Fontes, coordenador do projeto e dono da Livraria Martins Fontes Paulista; Bernardo Gurbanov, presidente da ANL; Roberta Machado, diretora de comunicação do SNEL e Vitor Tavares, presidente da CBL. A live será transmitida pela página da CBL no Facebook. Lembrando que o projeto continuará recebendo doações até o dia 31 de agosto.

A Thomas Nelson Brasil, editora cristã do grupo HarperCollins Brasil, lançou o programa Consultores TNB, com o objetivo de ajudar as pessoas que estão passando por momentos difíceis por conta da pandemia e que estão buscando uma nova fonte de renda. A ideia é que qualquer pessoa em território nacional possa revender bíblias e literatura cristã em suas comunidades locais ou igrejas de maneira independente. Os interessados podem fazer o cadastro clicando aqui. Os formulários serão analisados pelo departamento comercial da editora, e, uma vez aprovados, os consultores TNB poderão adquirir obras de sua escolha para revenda em sua região. Não há custo de adesão e, atingindo o pedido mínimo para envio para sua região, o consultor também contará com frete gratuito para recebimento das obras a serem comercializadas. Para mais informações é só mandar e-mail para consultores@thomasnelson.com.br.

Depois de inaugurar um quiosque no Aeroporto Internacional de São Paulo, investir nas graphic novels e lançar selos para crianças e adolescentes, a Panini, editora italiana de quadrinhos e álbuns de figurinha, irá entrar para o mercado de licenciamento. No Brasil, a editora detém os direitos de publicação da Turma da Monica, Marvel, DC e parte da coleção da Disney, mas se prepara para oferecer sua própria marca a fabricantes de produtos como tênis, roupas e brinquedos. O objetivo é explorar a marca entre os colecionadores para vender produtos que levam sua logomarca ou fazem referência a suas coleções. Ao Valor, José Martins, diretor-presidente da Panini no Brasil, contou que na Europa, onde a empresa já licencia produtos, essa linha de negócio vem crescendo em mercados como Itália, Inglaterra e Espanha. "A expectativa é repetir o sucesso no país", disse. A previsão é que os primeiros produtos sejam lançados no Brasil em 2021.

A Associação de Escritores de Literatura Infantil e Juvenil (Aeilij) passará a oferecer a partir de setembro, um catálogo de cursos sobre a Criação Literária para a Infância e a Juventude, voltados para escritores, ilustradores, bibliotecários, docentes, estudantes e demais interessados em Literatura. Os primeiros cursos terão carga horária de 9h e poderão ser ofertados nas modalidades presencial ou on-line, tendo como produto final uma coletânea em e-book, com a produção dos participantes, que terá publicação pelo selo Edições Aeilij e será disponibilizada gratuitamente para acesso e leitura em sites e/ou plataformas digitais. O primeiro minicurso, A narrativa popular: Contos e recontos, será on-line e ministrado pelo escritor e ilustrador Ricardo Azevedo, e a escritora Susana Ventura. As aulas acontecerão de 14 a 23 de setembro, das 19h às 21h, sempre às segundas e quartas-feiras. As inscrições acontecem até 7 de setembro, por meio de um formulário on-line. O investimento é de R$ 125 (associados Aeilij), R$ 175 (professores, bibliotecários e estudantes) e R$ 250 (público em geral).

O árabe é a quinta língua mais falada no mundo, falada por mais de 400 milhões de pessoas. E os 17 séculos que marcam o seu desenvolvimento serão alvo de um projeto monumental, o Historical Corpus of the Arabic Language, empreendimento encabeçado pela Academia de Língua Árabe de Sharjah que resultará em uma plataforma digital à qual pesquisadores e linguistas de todo mundo terão acesso. A biblioteca digital abrigará um catálogo de mais de 40 mil títulos, extratos e documentos, muitos deles inéditos no formato digital. Para levantar o projeto, pesquisadores, editores e especialistas de todo o mundo árabe estão com a missão de documentar e pesquisar a história e a evolução de todas as palavras do idioma. A ideia é que o estudo responda a várias perguntas sobre o uso da linguagem, à medida que os pesquisadores vão à raiz original de cada palavra, rastreando metodicamente o uso do vocábulo. A estimativa é que o trabalho dure seis anos.

Doze anos se passaram desde que Malorie e os filhos atravessaram o rio com vendas no rosto, mas tapar os olhos ainda é uma regra que não podem deixar de seguir. Eles sabem que apenas um vislumbre das criaturas pode levar pessoas comuns a uma violência indescritível. Ainda não há explicação. Nenhuma solução. Tudo o que Malorie pode fazer é sobreviver... e transmitir aos filhos sua determinação. Quando eles tomam conhecimento de uma notícia que parecia impossível, Malorie se permite ter esperança pela primeira vez desde o início do surto. Há sobreviventes. Pessoas que ela considerava mortas, mas que talvez estejam vivas. Junto dessa informação, porém, ela acaba descobrindo coisas aterrorizantes: em lugares não tão distantes, alguns afirmam ter capturado as criaturas e feito experimentos. Invenções monstruosas e ideias extremamente perigosas. Além disso, circulam rumores de que as próprias criaturas se transformaram em algo ainda mais assustador. Malorie agora precisa fazer uma escolha angustiante: viver de acordo com as regras de sobrevivência que funcionaram tão bem até então, ou se aventurar na escuridão e buscar a esperança mais uma vez. Escrita por Josh Malerman, Malorie (Intrínseca, 288 pp, R$ 39,90 - Trad.: Alexandre Raposo) é a aguardada sequência de Caixa de pássaros, livro que inspirou Bird Box, filme da Netflix estrelado por Sandra Bullock.

Com os indícios de que o fim do mundo está próximo, Fausto, um ator reconhecido por interpretar Jesus é acusado de ser o Falso Profeta depois que pequenos chifres crescem em sua cabeça. A massa fervorosa, que anteriormente o venerava, começa a enxergá-lo como uma ameaça à sobrevivência e partem em busca de seu sacrifício para que sejam salvos das trombetas do apocalipse. Décimo livro do escritor e cineasta Marcos DeBrito, Apocalipse segundo Fausto (Coerência, 200 pp, R$ 55) tem capítulos escritos em versículos e apresenta passagens bíblicas reinterpretadas, além disso, segundo DeBrito, o terror presente no enredo também debate o comportamento humano durante crises e o papel do universo nesses momentos: “O livro fala um pouco da situação do país que vivemos hoje, quase uma distopia em que religião, política e opinião se tornaram uma coisa só”, explica.

Em uma cidade esquecida no interior de Ohio, a esposa de Willard Russell está à beira da morte, não importa o quanto ele beba, reze ou faça sacrifícios e oferendas. Com o passar dos anos, seu filho Arvin, uma criança negligenciada, torna-se um homem frio e cruel. Em torno deles, circula um nefasto e peculiar grupo de moradores – um insano casal de assassinos em série, um pastor que come aranhas e um xerife corrupto –, todos entrelaçados numa viciante narrativa da mais corajosa e sombria lavra americana. Donald Ray Pollock, constrói em O mal nosso de cada dia (DarkSide, 304 pp, R$ 59,90 – Trad.: Paulo Raviere) uma trama hiperviolenta, ambientada no pós-Segunda Guerra. Há muito mais por trás das manchas de sangue, da avareza e da mesquinharia: o desespero e as limitações de uma cidade pequena, a frustração de seus habitantes, a síntese de quem não equilibra luz e sombra dentro de si.

Em Vazio da Forma (Skull, 230 pp, R$ 35), escrito por Andrew Oliveira, o leitor acompanha a história de Frey, um pintor atormentado que lida com duas fatalidades: uma depressão severa e a Sombra, uma entidade que pode assumir a forma de qualquer coisa. Ele vive em Porto das Oliveiras ao lado do seu esposo Jacinto e uma filha adotiva chamada Lírio. Ao precisar encarar o desaparecimento de sua filha, ele se vê imerso em memórias enquanto tenta manter as rédeas de seu casamento. Além da busca pela filha perdida, Frey precisará ainda recuperar a sua fé nas Três Irmãs, as deusas matriarcais de sua terra natal.