Narrativa sombria
PublishNews, Redação, 11/08/2020
‘O mal nosso de cada dia’, publicado pela DarkSide, traz uma trama violenta ambientada no pós-Segunda Guerra

Em uma cidade esquecida no interior de Ohio, a esposa de Willard Russell está à beira da morte, não importa o quanto ele beba, reze ou faça sacrifícios e oferendas. Com o passar dos anos, seu filho Arvin, uma criança negligenciada, torna-se um homem frio e cruel. Em torno deles, circula um nefasto e peculiar grupo de moradores – um insano casal de assassinos em série, um pastor que come aranhas e um xerife corrupto –, todos entrelaçados numa viciante narrativa da mais corajosa e sombria lavra americana. Donald Ray Pollock, constrói em O mal nosso de cada dia (DarkSide, 304 pp, R$ 59,90 – Trad.: Paulo Raviere) uma trama hiperviolenta, ambientada no pós-Segunda Guerra. Há muito mais por trás das manchas de sangue, da avareza e da mesquinharia: o desespero e as limitações de uma cidade pequena, a frustração de seus habitantes, a síntese de quem não equilibra luz e sombra dentro de si.

[11/08/2020 07:00:00]