O padre Marcelo já teve na lista livro de colorir, para crianças e agora um com receitas, e todos transformaram-se em best-seller. Ruah (Principium/Globo), assumiu a liderança da lista geral dos mais vendidos após seis semanas de reinado da vlogger Kéfera Buchamann, com o livro Muito mais que 5inco minutos (Paralela). Na briga das panelas menos santas, e com mais linhaça, Cozinha prática (Senac-SP), de Rita Lobo, passou, por apenas 75 exemplares, Bela cozinha 2 (Globo), da Bela Gil, e ficou em terceiro lugar na lista de não ficção. Ainda, correndo por fora com receitas do tempo da vovó, Dona Benta (Companhia Editora Nacional) ficou em oitavo. Clique no Leia Mais e veja outros destaques da lista dessa semana.

A Nielsen BookScan divulgou os segmentos de livros que mais venderam nos EUA e os que tiveram maior queda no número de vendas em 2015. A categoria que mais cresceu foi a de Arte / Arquitetura / Fotografia, com aumento de mais de 60% em relação a 2014, devido, sobretudo, ao boom dos livros de colorir. Os livros de autoajuda e pertencentes ao segmento crafts / hobbies também foram impulsionados por essa febre de 2015, obtendo crescimento de 15% e 35% respectivamente. Entre as categorias que decaíram no número de vendas unitárias estão os livros de romances e mistério para adultos e as obras sobre computação.

O selo infantil da Boitempo, o Boitatá será oficialmente lançado no próximo sábado (16), na Livraria da Vila da Fradique Coutinho (Rua Fradique Coutinho, 893 - Vila Madalena - São Paulo/SP). O evento contará com várias atividades lúdicas, entre elas, uma elaborada pela contadora de histórias Kiara Terra, a partir dos dois primeiros livros do selo: A democracia pode ser assim, de Marta Pina, que discute como as pessoas se relacionam em sociedade e apresenta os conceitos de democracia através de imagens, e A ditadura é assim , livro de Mikel Casal criado para mostrar às crianças os males desse sistema político. Quem comprar os dois títulos durante o lançamento leva para casa o Jogo da Memória dos Ditadores, com caricaturas exclusivas de Mikel Casal. O evento começa às 16h e tem entrada franca.

Nessas férias, Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura (Avenida Paulista, 37, São Paulo/SP) preparou uma programação gratuita, divertida e ao ar livre para os pequenos. Neste domingo (17), às 15h, será narrada a história de uma destemida princesa que se perdeu na floresta, na contação A princesa Ciganinha, com Cristiane Velasco. Já no dia 31 de janeiro, às 15h, Camila Feltre comanda uma tarde de brincadeiras no jardim da instituição. A criançada poderá construir brinquedos movidos pelo vento, como helicóptero de sucata, pipas e um barangandão. Para incentivar o passeio ao museu, no dia 31, o Núcleo Educativo ainda preparou uma atividade especial para os bebês. A visita Faz do colo uma casa, é destinada para bebês de colo e seus pais ou responsáveis. A ideia de explorar a Casa com os pequenos. Para esta atividade as inscrições podem ser feitas na recepção ou pelo e-mail educativo@casadasrosas.org.br.

A Operação Praia Segura 2015/16 do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo recebe neste verão um reforço importante na prevenção de afogamentos. 1,5 milhão de unidades da revista Turma da Mônica em: Salvando Vidas, serão distribuídas no litoral paulista. A publicação conta a história da ida dos personagens da Turma da Mônica à praia. Lá, conhecem o guarda-vidas do Corpo de Bombeiros Paulo, que explica diversas dicas de segurança, muito importantes para os banhistas que visitam as praias. A revista aborda também o assunto meio ambiente, ao explicar sobre os riscos causados pelo lixo deixado nas praias.

O Memorial da América Latina, com o apoio da Associação dos Cartunistas do Brasil e do Instituto Memorial das Artes Gráficas do Brasil, realiza em abril o 1º Salão Internacional de Humor Latino-Americano. As inscrições para participantes já estão abertas. O evento tem como objetivo trabalhar, através do humor gráfico, temas relacionados a música, esporte, literatura, turismo e cultura em geral. Os trabalhos dos participantes podem ser enviados até o dia 15 de março. Para mais informações, clique aqui.

A Livraria Unesp Móvel retorna no próximo dia 20 de janeiro ao Guarujá. Até o dia 9 de fevereiro, a loja funcionará na Praça dos Expedicionários, no Centro da cidade, oferecendo descontos de 30% nos livros da Editora Unesp e 10% nos demais títulos. Serão oferecidos cerca de seis mil volumes de gêneros variados, que incluem livros acadêmicos, paradidáticos, infantojuvenis, best-sellers e autoajuda. Nesta edição, a livraria vai contar com o apoio da Sextante. O funcionamento da unidade móvel será das 14h às 20h.

No protesto que ocorreu na última sexta-feira (08), no centro de São Paulo, contra o aumento da tarifa nos transportes públicos municipais de R$3,50 para R$3,80, alguns participantes realizaram atos de depredação. Em resposta à repressão policial, parte dos manifestantes jogaram pedras na Biblioteca Mário de Andrade, segunda maior do país e mais importante da cidade de São Paulo. A fachada de vidro foi estilhaçada e uma bala atingiu uma das portas. Em artigo publicado pela Folha de S.Paulo, Luiz Armando Bagolin, diretor da biblioteca, lamentou o ocorrido. “Atacar uma biblioteca pública não é apenas uma contingência do momento político, tampouco um efeito colateral adverso na luta dos manifestantes. Representa, na verdade, uma crise mais profunda em nossa sociedade”, disse no artigo.

A geladeira transformada em biblioteca comunitária na calçada da Rua Portugal, em Porto Alegre, ganhou companhia. Diante da falta de espaço para tantas doações, um micro-ondas e um fogão, igualmente coloridos, foram instalados para abrigar as obras, e quando se deu conta a microempresária Viviane de Melo havia montado uma cozinha cultural para os moradores do bairro Higienópolis, na capital gaúcha. Ela destaca que o objetivo da "geladoteca" era incentivar o troca-troca de livros — qualquer um pode retirar um livro e deixar outro. Mas descobriu que os eletrodomésticos quebrados também teriam o poder de aproximar a vizinhança. Em um domingo de dezembro, cerca de 40 moradores participaram de um encontro ao redor da geladeira. "Remeteu ao passado, isso de vizinhos se encontrarem, se conhecerem e confraternizarem, coisa que é difícil hoje em dia em uma cidade grande. As pessoas levaram cadeiras, chimarrão, e até espumante teve no final, para brindar as coisas não pagas da vida — como nossa geladoteca e agora a cozinha literária".

Sobre língua não se legisla. Quando isso ocorre, é sempre um ato de cima para baixo, ordens do topo da pirâmide para o povo na areia escaldante, e ocorre com frequência num contexto de dominação e incompreensão das diferenças que enriquecem nossa fala. Um dos primeiros atos dessa natureza no Brasil foi o do Marquês de Pombal, que baniu em 1758 a língua geral paulista, derivada do tupi e que se falava em São Paulo, por exemplo, tornando a língua portuguesa obrigatória na colônia. O nheengatu é a única das línguas crioulas que sobreviveu, sendo falada ainda hoje no norte do país. Eu certamente teria gostado muito de ter crescido bilíngue, falando o português e o tupi ou uma das línguas crioulas derivadas deste. Como teria sido nossa relação com a terra e com os povos nativos que nos formaram se isso tivesse ocorrido? Precisamos realmente de outro acordo ortográfico, e os motivos para esse novo acordo são plausíveis? Algum leitor brasileiro algum dia teve problemas ao ler edições portuguesas de poetas como Fernando Pessoa e Mário Cesariny? E o que fazer com os poemas de Mário de Andrade, por exemplo? Pessoalmente, não acho que o acordo seja uma tragédia. Mas temo os problemas maiores neste campo mesmo da escrita, onde ainda há tanto racismo, ignorância e mentalidade colonialista. Parece-me simplesmente um desperdício de energia e recursos, uma demonstração de incompreensão da língua justamente por aqueles que querem legislar sobre ela.

Da autoestima ao tratamento de problemas de saúde, uma boa alimentação é uma das ferramentas mais eficazes na busca por equilíbrio. O sucesso, porém, está no domínio do que cada fruta, grão e vitaminas podem fazer a nosso favor. No livro Alimento, movimento & alma (SESI-SP Editora; 300 pp; R$ 110), a nutricionista funcional Lucyane Crosara, com colaboração da chef Ana Vitória Fonseca, elenca receitas que despertam o paladar e a consciência, valorizando a comida de verdade, natural, com o mínimo de industrializados, acompanhadas por um material explicativo sobre seus efeitos e benefícios. São 11 capítulos direcionados, compilados sobre muito estudo, e que tratam de pontos importantes para a saúde da mulher, do homem, da criança e do adolescente, respeitando as diferenças e peculiaridades de cada gênero e fase. O livro também traz as melhores receitas de família na versão funcional. Estrogonofe, fricassê, galinhada, manjar e muitas outras.

Em Método para uma boa alimentação (Egrégora, 144 pp; R$ 43), o mestre DeRose desconstrói uma série de mitos em torno de alimentos e põe por terra uma sucessão de desatinos. Sem soja, sem tofu, sem mascavo, sem salada, sem ricota e, principalmente, sem folclores. Para o autor, uma alimentação inteligente consiste, entre outras coisas, em: evitar a soja, sempre que puder, não misturar sal com açúcar na mesma refeição, evitar líquidos às refeições, restringir o uso de maioneses, ovos, creme de leite, manteiga e gorduras de origem animal, bem como quaisquer outras que fiquem em estado sólido sob temperatura ambiente, além de reduzir os laticínios. O autor é criador de um método de alta performance, qualidade de vida, boas maneiras, boas relações humanas, boa cultura, boa alimentação e boa forma.

Para seguir uma alimentação saudável no trabalho, o designer David Bez decidiu encarar o desafio de criar uma salada por dia, no horário de almoço em seu escritório. O livro Adoro salada -260 receitas saudáveis e variadas para fazer em até 20 minutos (Publifolha, 304 pp, R$ 59,90) reúne receitas preparadas por ele para todos os gostos e tipos de alimentação - crudista, vegana, vegetariana, pesco-vegetariana e onívora -, divididas em quatro estações do ano e com sugestões de ingredientes alternativos. Bez orienta como planejar as compras para a semana, lista os utensílios indispensáveis para o preparo, explica como montar um prato nutricionalmente balanceado, e indica as proporções adequadas de cada ingrediente: folhas, verduras, legumes, frutas, proteínas, complementos, ervas, temperos e molhos.

Depois do sucesso de Clean, traduzido em mais de 13 idiomas e até hoje na lista dos mais vendidos do New York Times, chega ao Brasil Clean eats (Réptil, 400 pp; R$ 68,90 – Trad. Amanda Meirinho de Mello). A obra reúne mais de 200 receitas do poderoso programa alimentar do médico Alejandro Junger, que promete restaurar, reequilibrar e curar o organismo a partir da alimentação saudável e livre de produtos industrializados. Em suas 400 páginas, os leitores encontram fotografias e receitas divididas por temas variados, como café da manhã; saladas, molhos e condimento; acompanhamentos, entradas e lanches; pratos com peixes; aves; carnes; legumes e verduras; e sobremesas. Os pratos do livro foram preparados pelo chef Frank Giglio, que tem mais de 20 anos de experiência e é um entusiasta do programa Clean, e por amigos que compartilharam seus pratos favoritos. Todas são feitas com carne e vegetais integrais, ingredientes orgânicos e não processados, livres de químicas e conservantes.