Vinte dias depois do anúncio do fim da Cosac Naify, a Companhia das Letras comunicou que assumirá alguns títulos do catálogo da editora de Charles Cosac e Michael Naify. A editora não revelou quais títulos da Cosac irão para a Companhia, mas adiantou que serão títulos das áreas de ficção literária, clássicos, antropologia e literatura infantojuvenil. A lista final só será divulgada depois da anuência de autores e detentores dos direitos autorais de cada uma das obras. O comunicado diz ainda que a Cosac está negociando com outras casas o restante do catálogo e que, ainda nesse ano, a editora lançará cinco títulos que estão em processo de confecção.

Um incêndio começado na tarde da última segunda-feira (21) destruiu o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. Mais de 60 viaturas e 100 homens do Corpo de Bombeiros foram deslocados para o local na tentativa de debelar as chamas que tomaram conta do prédio histórico da Estação da Luz, que abrigava o museu. Ronaldo Pereira da Cruz, brigadista do museu, morreu após tentar combater as chamas. Clique no Leia Mais e veja a íntegra dessa matéria

Sete patinhos na lagoa, de Caio Riter e ilustrações de Laurent Cardon, lançado originalmente pela Biruta aqui no Brasil, acaba de sair no Japão. Os direitos foram negociados na última Feira do Livro de Bolonha e foi publicado lá na Terra do Sol Nascente pela World Library Corp. Em 2014, o livro já tinha sido lançado na França, pela Èditions Père Fouettard e, no início desse ano, na Coreia do Sul, pela Nurimbo Publishing Co.

Inicia em fevereiro na Casa Educação, com apoio do PublishNews, o MBA em Book Publishing, pós-graduação Lato Sensu. O curso será coordenado pelo mestre em Linguística pela FFLCH da Universidade de São Paulo Jiro Takahashi e por Carlo Carrenho, que possui sólida experiência na indústria do livro, com destaque para as áreas de gerenciamento, estratégia digital, editorial e produção. O programa foi elaborado para contemplar as profundas transformações que o mercado editorial vem passado nos últimos anos. O objetivo é apresentar com profundidade o trabalho de produção editorial. As aulas serão quinzenais, aos sábados, das 9h às 19h. Para mais informações, clique aqui ou envie um e-mail para contato@casaeducacao.com.br.

Em 2016, a parceria do PublishNews com a Casa Educação (Rua Paulistânia, 551 – Vila Madalena – São Paulo/SP) continua a todo vapor. Para o primeiro semestre, já temos dois novos cursos programados e os dois estão em promoção. No dia 27 de janeiro, Cassia Carrenho, responsável pela lista dos mais vendidos do PN, vai ministrar o curso Lista dos Mais Vendidos: o que você precisa fazer para emplacar um livro, além de vender?. No curso, Cassia vai explicar como é feita a lista e dar dicas para quem quer emplacar um livro na lista de mais vendidos. O valor do curso é R$ 285 e quem fizer a inscrição até o dia 31 de dezembro, tem desconto. O outro curso acontece no dia 12 de março e vai tratar da Edição de Livros Juvenis. As editoras Carla Bitelli e Giu Alonso vão mostrar como falar com o segmento mais aquecido do mercado editorial. O valor do curso é R$ 495, mas quem fizer inscrição até 31 de dezembro paga R$ 297. Os valores dos cursos podem ser parcelados em até três vezes no cartão de crédito.

É curiosa a discussão se escritor deveria ser encarado como profissão, com o direito constitucional a ter um conselho federal e seus correlatos estaduais, a exemplo dos conselhos que contribuem na fiscalização e regulação de outras tantas profissões no Brasil. É bom lembrar que essas estruturas são absolutamente federais e têm um regramento e próprio baseado em lei aprovada no Congresso. Digo que é curiosa a discussão porque esta levanta uma série de questões que a antecedem, e que precisam ser aprofundadas. E vejo a principal como a definição do que é ser escritor, e a separação entre autor e escritor, visto os nossos modernos tempos de publicações instantâneas em papel e digital pelo mundo afora.A ideia não era ir tão longe com o assunto, mas visto a necessidade de novos entendimentos que balizem a revisão do direito autoral, e que sabemos está na pauta do dia de muitos, e também da crescente participação de novos e diversos autores em entidades e novas agremiações a integrar escritores, é fundamental analisar um pouco mais essa questão. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra da coluna.

Estão abertas as inscrições para candidatos a uma bolsa de projetos para produção de reportagens ou livros investigativos oferecida pelo Fundo para Jornalismo Investigativo (FIJ, na sigla em inglês). A iniciativa busca histórias que abram novos caminhos e exponham irregularidades - como corrupção, desvio de poder ou prevaricação - nos setores público e privado, nos Estados Unidos e em outros países. A bolsa é de US$ 5 mil e cobre despesas como viagem, documentação e aluguel de equipamentos. A candidatura deve ser escrita em inglês e o orçamento do projeto deve ser detalhado e expresso em dólares americanos. As inscrições seguem abertas até 1º de fevereiro de 2016, clicando aqui.

A LeYa Brasil acaba de confirmar sua participação na 5ª Bienal do Livro de Minas, que acontece entre 15 e 24 de abril de 2016. O estande da editora, no pavilhão geek, vai contar com o concorrido Trono de Ferro de Westeros, da série As crônicas de gelo e fogo, escrita por George R.R. Martin, e terá a presença de autores como o mestre da fantasia Affonso Solano e a historiadora Mary del Priore, que vai lançar durante o evento o primeiro volume da coleção Histórias da gente brasileira. Os leitores ainda vão poder conhecer as novidades da editora na área de fantasia, entre elas, volumes inéditos de O trono do sol, de S.L. Farell, A sombra do corvo, de Anthony Ryan, e Wild cards, capitaneada por George R.R. Martin.

“Esse poema ia ter que dizer tudo, ia ser o poema final. Então, pensei: eu vou vomitar tudo o que vivi, vou vomitar no papel tudo o que vivi, vou criar um magma e vou tirar depois desse magma o poema. O poema começará como um caos, e depois vou fazer o poema do que está ali em estado caótico”, relata o poeta, escritor, ensaísta e crítico de arte Ferreira Gullar, logo na abertura do 4.º episódio da série documental Há muitas noites na noite, que será exibido no próximo sábado (26), às 23h45, na TV Brasil. Gullar se refere ao que se tornaria seu seminal Poema sujo, escrito em meio à tristeza, à solidão e às incertezas do exílio, em Buenos Aires, em 1975, no período de ditadura no Brasil. Gullar o via como um texto final, uma despedida. Tomou um café, foi para a máquina, mas nada veio. Mesmo diante da falta do “vômito”, tinha certeza que o poema sairia de qualquer maneira. Poema sujo acaba sendo o fio condutor de Há muitas noites na noite. O diretor da série, Silvio Tendler, percorre a trajetória pessoal e política de Gullar.

Há seis meses, Julio Daio Borges colocava no ar o seu Portal dos Livreiros, uma rede de vendedores de livros do Brasil. Nos seis primeiros meses de funcionamento, o portal contabilizou mais de 12,5 mil leitores inscritos e está chegando aos 500 livreiros cadastrados. Funciona assim, livreiros e donos de sebos cadastram seus livros e os oferecem aos leitores que recebem diariamente uma newsletter com os títulos do dia. Julio disse ao PublishNews que diariamente, cerca de 100 novos livros são incluídos no sistema. O próximo passo será efetuar as vendas pelo portal (hoje os compradores são direcionados para uma interface com os vendedores e a operação não é realizada dentro do ambiente do Portal dos Livreiros). O Portal dos Livreiros oferece um plano gratuito para pequenos livreiros, que podem disponibilizar até 100 livros no portal. Acima dessa quantidade, é cobrada uma taxa.

Até o dia 27 de fevereiro, o público pode conferir a exposição de livros Joias bibliográficas da biblioteca Nélida Piñón, no Instituto Cervantes, no bairro da Barra, em Salvador, na Bahia. A exposição oferece um tour visual de uma seleção de exemplares do acervo da biblioteca particular da escritora brasileira, doada por ela ao instituto. A exposição é composta de três partes. A primeira, exibe os livros mais singulares, antigos e raros, a segunda, com amostras de dedicatórias que revelam a relação especial entre os autores e Nélida Piñón. Por fim, a terceira, com as obras completas da escritora brasileira presentes na biblioteca do Instituto Cervantes. A visitação tem entrada franca.

Sabe o livro Memórias de uma guerra suja, de Rogério Medeiros e Marcelo Netto, com depoimentos do ex-delegado do Dops, Cláudio Guerra, lançado em 2012 pela Topbooks? Lá aparece Jone Romaguera Trotte como o agente da CIA que teria contrabandeado armas e injeções envenenadas utilizadas contra opositores da ditadura. Semana passada, o TRF-Rio concedeu habeas corpus a Trotte para ficar calado numa investigação que está sendo feita pelo MP em Campos. A investigação é para apurar as mortes citadas no livro. Segundo a obra, os corpos de dez presos políticos teriam sido incinerados na Usina Cambaíba, em Campos.

Olav é um matador de aluguel, especialista em matar a sangue frio. E é pela sua incrível habilidade que ele é contratado para prestar serviços a um dos mais perigosos chefes do crime organizado de Oslo, Daniel Hoffman. Olav só não sabia que, ao aceitar este novo (e perigoso) desafio, acabaria conhecendo a mulher da sua vida. Corina é linda: loira, com maçãs do rosto salientes e chama a atenção de Olav. O problema é que ela é a esposa de Daniel Hoffman e também aquela que o assassino deve matar. Com situações brutais, diálogos inteligentes e afiados, Jo Nesbø conduz a história de Sangue na neve (Record, 154 pp., R$ 29 - Trad.: Gustavo Mesquita). Através do anti-herói Olav, o autor aborda a dualidade entre a sensibilidade e a sede por sangue.

Em 2005, o caso Enric Marco chocou a Espanha. Conhecido por ter lutado contra a ditadura de Franco e ter sido deportado para um campo de concentração nazista, Marco presidiu durante anos a Amical de Mauthausen, importante associação de vítimas do Holocausto. Dias antes de uma cerimônia dos 60 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, o historiador Benito Bermejo revelou que Marco nunca tinha sido prisioneiro do regime nazista. A história intrigou Javier Cercas, que durante sete anos relutou em escrever sobre este estranho personagem. Em O impostor (Biblioteca Azul, 464 pp; R$ 49,90 – Trad. Bernardo Ajzenberg), o escritor relata a vida de um homem que, ao reinventar sua história, enganou um país. No romance sem ficção, como o autor define, o narrador é personagem e o leitor acompanha sua resistência à ideia de escrever o livro, suas entrevistas com Enric Marco, a pesquisa e as dúvidas que surgem durante o processo de escrita.

Jacques Derrida (1930-2004) é um dos pensadores mais traduzidos do mundo, exercendo influência em diversos campos das ciências humanas, dos estudos literários ao direito, passando por arquitetura e psicanálise. No livro Figuras do saber – Derrida (Estação Liberdade, 168 pp; R$ 39), Jean-Michel Salanskis analisa a vida e conceitos fundamentais da obra de Derrida, como a ideia de desconstrução e a noção de diferença/différance. O autor também fala dos pensadores que influenciaram o pensador, como Emmanuel Lévinas e Martin Heidegger, além de fornecer informações sobre o importante momento da filosofia francesa em que Derrida se encaixa, ao lado de pensadores como Michel Foucault, Gilles Deleuze e J.-F. Lyotard.

Depois de 30 anos, em continuidade ao projeto das três coleções Melhores Contos, Melhores Poemas e Melhores Crônicas, a Global Editora lança a obra Melhores Crônicas Odylo Costa Filho (Global Editora, 536 pp., R$ 65), com seleção e edição de Cecília Costa Junqueira e Virgilio Costa. Romancista, poeta, contista, ensaísta e contador de histórias, Odylo fez sua literatura como fez sua vida, com amor e fé. Sua prosa, mesmo que de circunstância, destinada a jornal, crônica ou reportagem sempre foi carregada de poesia. Poeta da terceira geração do modernismo, conviveu com Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira. Os escritores e selecionadores, que compõem as coleções, foram escolhidos pela escritora Edla van Steen.

Amigo pessoal e também grande admirador de Rubem Alves, o Professor Samuel Ramos Lago descobriu como lidar com a saudade que sentia do camarada, que faleceu em julho de 2014. A solução foi escolher as melhores crônicas de Alves já publicadas na Folha de São Paulo e na revista Educação em uma só obra. O resultado está compilado em A fisgada da saudade (Nossa Cultura, 56 pp, R$ 19). Este também é o título de um dos 24 textos reunidos no livro. Nesta crônica, Alves reflete sobre a existência de sentimentos como a saudade, que, assim como Deus, não pode ser vista ou tocada, embora o ser humano possa sentir e constatar que existe. O livro compreende também pensamentos mais complexos de Rubem sobre história, política e sociedade, em textos que ainda são atuais e provocam reflexão no leitor.