A coletânea Vermelho rubro (Citadel, 128 pp, R$ 59,90) reúne poemas de Isis Valverde escritos ao longo de cinco anos e é dedicada a Rosalba Nable, mãe da artista, que venceu o câncer de mama após intensas sessões de quimio e radioterapia em 2024. Conhecida por papéis marcantes na televisão e no cinema, Isis revisita no livro episódios pessoais e reflete sobre laços afetivos em um mosaico emocional que revela a mãe, a filha, a esposa e, acima de tudo, a mulher real por trás da figura pública exposta aos holofotes. No prefácio, Nelson Motta descreve a obra como um “compilado de confissões poéticas de uma jovem estrela pop que todos imaginam levar uma vida perfeita de Instagram”. Os poemas desmontam a ilusão da perfeição por trás da fama e conduzem o leitor pelos escombros de uma alma.

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Cícero Alves dos Santos, apelidado Véio aos cinco anos por estar sempre entre os mais velhos, nasceu em Nossa Senhora da Glória (SE) em 1947. Sem nunca ter observado o trabalho de outros artistas, num ambiente rural em que o único contato com o mundo exterior era pelo rádio, começou a moldar primeiro em cera de abelha, depois em madeira. Recebeu o título de Mestre dos Saberes e Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Sergipe, ocupa a Décima cadeira da Academia Gloriense de Letras e suas obras estão espalhadas pelo Brasil e o mundo, na Pinacoteca de São Paulo, Museu do Homem do Nordeste, em Recife, Museu de Belas Artes Rio de Janeiro, Fundação Cartier em Paris, The Armory Show New York. Bonecos de pau: A felicidade de Véio (WMF Martins Fontes, 168 pp, R$ 99,90) é mais que uma biografia romanceada, é uma homenagem. "O mundo criado por Véio e narrado pelas suas filhas – Julia Katiene Pereira Santos e Katiuscia Pereira Santos – neste livro é um mundo que vale a pena, uma existência verdadeiramente gratificante, uma história de amor que mistura realidade e ilusão", diz a quarta capa.

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Lançada aos holofotes públicos aos quinze anos, após o atentado perpetrado pelo Talibã contra sua vida, Malala se transformou em um ícone internacional. Mas, longe das câmeras e das multidões, a garota passou anos lutando para se encontrar em um mundo desconhecido. Agora, Malala apresenta aos leitores sua trajetória para além das manchetes. No meu caminho (Companhia das Letras, 320 pp, R$ 69,90 — Trad.: Berilo Vargas e Lígia Azevedo) é um livro de memórias com histórias de amizade e de primeiro amor, de ansiedade e autodescoberta, de se manter fiel à sua identidade mesmo quando todos insistem em lhe impor rótulos. Malala narra como passou de estudante do ensino médio introspectiva a universitária imprudente até enfim se tornar uma jovem em paz com seu passado. Nesta autobiografia, Malala se reapresenta ao mundo e compartilha como aprendeu a viver sob o risco de ser definida por seus momentos mais sombrios.

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Imagina passear pelas ruas de Havana com Leonardo Padura? Em Ir até Havana (Boitempo, 288 pp, R$ 87 — Trad.: Monica Stahel), o escritor cubano leva o leitor a uma caminhada por locais que marcaram sua vida e sua literatura. Os relatos são entremeados por trechos de seus livros e romances, com claras referências e inspirações. A segunda parte da obra conta também com reminiscências do autor, que vão de 1984 aos dias atuais. Comoventes, resgatam a história de ambientes importantes da capital cubana: pontos turísticos, bairros, construções e monumentos. Ao fim, completa o volume um belo caderno com fotos da cidade. No texto de abertura, Padura escreve sobre sua obsessão com a cidade e afirma que esta é uma obra que ele sempre quis escrever. “Este livro é um canto de amor à cidade em que nasci e vivo, escrevo e padeço, o lugar do mundo ao qual pertenço, como uma bênção ou uma fatalidade inapeláveis: como a água que nesta ilha nos rodeia por todos os lados.”

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As cartas do Boom (Record, 590 pp, R$ 189,90 – Trad.: Mariana Carpinejar) traz a vasta correspondência trocada entre quatro dos autores mais influentes e premiados da literatura latino-americana: Julio Cortázar, Carlos Fuentes, Gabriel García Márquez e Mario Vargas Llosa. O livro reúne e documenta a relação entre os escritores e revela bastidores de publicações, parcerias e conflitos entre importantes nomes das letras. Muito além de uma simples coincidência de talentos, o que se formou no início da segunda metade do século XX foi uma constelação intelectual movida por afinidades eletivas, ambições estéticas e compromissos políticos que, juntos, produziram uma reconfiguração sem precedentes da literatura latino-americana. A projeção internacional de autores da região marcou um momento de inflexão em que a América Latina passou a ocupar o centro das atenções do circuito literário global. A nova edição oferece ao leitor um acesso privilegiado à intimidade desse movimento por meio da correspondência trocada pelo quarteto, que registra com franqueza os bastidores da criação literária, os dilemas editoriais, as tensões ideológicas e os afetos — ora solidários, ora conflituosos — que compuseram esse momento de euforia e ruptura.

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O Saindo do Forno é uma seleção de 4 livros para ajudar o livreiro a comprar, o editor a se informar sobre a concorrência e o leitor a ver o que o espera nas livrarias. De segunda a sexta, o PublishNews publica nesta seção livros que estão saindo do forno das editoras. Os textos são delas e a curadoria é nossa — as obras estão agrupadas por tema.

Como a demanda de sugestões é muito alta, além de as escolhas obedecerem a critérios da redação, muito do que nos chega fica de fora. No entanto, há também a possibilidade de veicular seu lançamento como conteúdo pago (fale com brisa@publishnews.com.br).