
A iniciativa visa divulgar ao público toda a produção da editora ao longo de quase três décadas. Do total de obras, mais de 300 já estão disponíveis em formato digital e podem ser acessadas diretamente pelo catálogo – basta clicar no título ou na capa do livro. Há também a opção de consultar pelo site.
“Deseja-se que este catálogo, assim como todos os livros da Fundação, estejam presentes em espaços de formação e debate, fomentando a leitura, o pensamento crítico e a construção coletiva. Além disso, esperamos que essa produção seja apropriada pelos núcleos, dirigentes e militantes do partido”, afirma o diretor responsável pela editora, Carlos Henrique Árabe.
Nova edições
Paralelamente ao catálogo, a editora relança três livros em formato digital e físico. O primeiro é a obra Padrões de manipulação na grande imprensa (aqui), do jornalista Perseu Abramo, originalmente publicada em maio de 2003.
O segundo é Florestan Fernandes (aqui), de Antonio Candido. Trata-se de uma coletânea que reúne 12 textos sobre o pensamento e a militância do sociólogo Florestan Fernandes. Foi lançado em 2001, quando o crítico literário e ensaísta Antonio Candido presidia o conselho editorial da Fundação Perseu Abramo.
O último é um clássico do feminismo brasileiro, de Elisabeth Souza-Lobo. A classe operária tem dois sexos (aqui) resgata os estudos e a militância da autora junto ao movimento organizado de mulheres no Grande ABC. Esta edição passa a fazer parte da coleção Nalu Faria.
História
Desde a criação até meados dos anos 2000, a editora da Fundação Perseu Abramo buscou divulgar conteúdos produzidos pela própria instituição, além de atender a demandas externas. Várias obras surgiram de pesquisas nacionais que se tornaram referência sobre os mais diversos temas: juventude, mulheres, negros, LGBTQIAPN+ e pessoas idosas. Outra fonte de publicação eram os debates e seminários que uniram universidade e militância de esquerda, com o objetivo de contribuir com a formação e a crítica.
Em 1999, a editora lançou O Brasil privatizado – Um balanço do desmonte do Estado, de Aloysio Biondi, na coleção Brasil Urgente. O livro superou a marca de 130 mil exemplares vendidos, com dezenas de parcerias com organizações sindicais e movimentos contrários à onda de privatizações no país.
Outros títulos de destaque do período são Brasil – Mito fundador e sociedade autoritária (2000), de Marilena Chaui, que inaugurou a coleção ilustrada História do Povo Brasileiro; Introdução à economia solidária (2002), de Paul Singer; e O marxismo na América Latina – Uma antologia desde 1909 aos dias atuais, de Michael Löwy.
A Fundação lançou em 19 de setembro de 2007 sua biblioteca digital com 43 livros gratuitos em PDF. Naquele ano, surgia um embrião dos atuais livros eletrônicos. De 2013 até o momento, a editora priorizou a distribuição gratuita dos livros no formato digital. Atualmente, para produzir o livro impresso, conta com editoras parceiras que trazem em seu catálogo ou modo de trabalho identificação com a pluralidade democrática e o público que se deseja alcançar.






