Sobre o avanço nas políticas de reparação
PublishNews, Redação, 10/07/2025
Obra publicada pela Fósforo ajuda o leitor a se aprofundar no pensamento negro contemporâneo para refletir sobre a importância de políticas na construção de um futuro digno e igualitário para toda a sociedade

Ato de se retratar, dar satisfação a alguém violado ou ofendido, para além dos significados do dicionário, reparação é um conceito e uma demanda que há anos vem ganhando tração nas lutas antirracistas e anticoloniais. Sendo a escravidão e o tráfico de africanos crimes contra a humanidade que têm consequências até hoje para a população negra, é tarefa inadiável tomar iniciativas que reconheçam a perpetuação de seus efeitos na sociedade, honrem a memória das vítimas e reparem os desdobramentos do passado escravista. Nesse sentido, o Instituto Ibirapitanga promoveu em 2023 o seminário que deu origem ao livro Reparação: memória e reconhecimento (Fósforo, 296 pp, R$ 94,90), para oferecer caminhos e contornos às questões em torno dos nexos entre memória e reparação, bem como do seu próprio conceito e implicações que estão em disputa e construção. Com curadoria da historiadora Luciana da Cruz Brito, o evento contou com oito rodas de conversas registradas neste livro, que agora podem ser lidas e referenciadas. Ao reunir experiências, trajetórias, projetos e interesses diversos, a obra traz diálogos com os atuais desafios e necessidades de avanço neste campo no Brasil, que vão desde a preservação de memória na cultura e nos arquivos até a indenização jurídica e financeira.

[10/07/2025 07:00:00]