Sobre os sonhos que guiam o cotidiano
PublishNews, Redação, 30/06/2025
Sol revisita seu passado após perder o emprego e investiga o desaparecimento do antigo dono da loja de fitas VHS

Em 2003, a Dom Quixote Vídeos — uma locadora situada no coração de Daejeon, na Coreia do Sul — era um refúgio para um grupo de adolescentes. Entre pilhas de fitas VHS, tteokbokki e risadas, Sol e seus amigos encontravam acolhimento em Dom, o excêntrico dono da loja. Dom ensinava a eles uma lição simples, mas poderosa: sempre seguir seus sonhos, por mais impossíveis que pareçam. Quinze anos depois, Sol retorna a Daejeon, sentindo-se desnorteada após perder o emprego em Seul. Em busca de um novo propósito, ela decide criar um canal de viagens no YouTube. Mas o rumo do canal muda quando ela revisita o antigo prédio da Dom Quixote Vídeos — agora transformado em uma cafeteria. O espaço parece ter virado uma mera lembrança do passado. Dom desapareceu, mas o porão da loja, repleto de relíquias, ainda guarda vestígios daquela época. Tocada pelas memórias da adolescência, Sol decide mergulhar de cabeça no mistério do sumiço de Dom. Conforme surgem pistas e relatos de pessoas que dizem tê-lo visto, a jornada à procura desse “Dom Quixote coreano” se transforma em uma aventura de descobertas e autoconhecimento. Meu Dom Quixote coreano (Bertrand, 416 pp, R$ 59,90 – Trad.: Núbia Tropéia) é mais do que uma homenagem à obra de Cervantes, é uma reflexão sobre os sonhos que guiam escolhas de vida, as pessoas do convívio ao longo da vida e a força que move mesmo quando tudo ao redor parece desmoronar.

Tags: Bertrand, romance
[30/06/2025 07:00:00]