
As Filipinas revelaram nesta quinta-feira (26), em uma coletiva de imprensa, o escopo de seu programa de Convidado de Honra para a Feira de Frankfurt 2025 (15 a 19/10), posicionando o arquipélago como uma força em ascensão no mercado editorial global.
O país anunciou que organizou mais de 77 eventos literários, com 100 autores e criativos, e 50 artistas em exposições, performances e filmes. Inspirado por um verso de Noli Me Tangere, de José Rizal, o tema do país — A imaginação povoa o ar — busca capturar a interação entre literatura, cultura e história das Filipinas, convidando o mundo a se envolver com suas histórias.
Karina Bolasco, curadora de livros e chefe do programa literário do Programa de Convidado de Honra, afirmou que “enquanto ocupamos o centro do mercado literário global, neste momento em que o mundo está malignamente dividido, nossos espaços: o Pavilhão, o Palco Ásia e nossa Plataforma Nacional — serão para o diálogo, para a escuta e a reflexão com clareza de propósito e respeito mútuo. Serão fóruns para o engajamento de ideias, guiados pela memória e movidos pela resistência a qualquer injustiça, emergente ou arraigada.”
“A apresentação do Convidado de Honra deste ano está abrindo um portal para a rica variedade cultural das Filipinas. Um país desconhecido para muitos na Europa. Estou muito entusiasmado com a chegada a Frankfurt das histórias de 7.641 ilhas, com mais de 100 idiomas diferentes, para nos mostrar a história viva, vibrante e contraditória do nosso país convidado”, comentou Juergen Boos, presidente da Feira. “Experimentaremos a literatura filipina ao vivo por meio de inúmeros eventos. Por meio da literatura filipina, obteremos insights sobre o colonialismo e as mudanças sociais e aprenderemos mais sobre ficção climática. Sob o lema 'A imaginação povoa o ar', está sendo criado um programa que constrói relacionamentos: entre continentes e gerações; entre herança colonial, mudanças climáticas e visões de futuro”.
Pavilhão das Filipinas

O Pavilhão fará alusão a uma clareira arquipelágica, animada por livros e imagens em movimento de artistas contemporâneos que refletem a literatura do país ao longo das estações. Haverá quatro zonas, cada uma dedicada à obra de e sobre o Herói Nacional José Rizal; à obra de Artistas Nacionais e Tesouros Vivos Nacionais; à história dos livros nas Filipinas; e aos livros sobre as Filipinas publicados fora do país nos últimos cinco anos.

Configuradas como ilhas, as estruturas serão dispersas, mas os caminhos que as conectam serão fluidos, serpenteando como rotas de água ou trilhas nas colinas. A pele das estruturas consistirá em membranas translúcidas que lembram a qualidade de pipas ou luminárias, ambas fazendo referência a anedotas em torno de José Rizal.
“A sensação geral no Pavilhão é de leveza e generosidade. É uma situação aberta para honrar os dons da escrita e da leitura em um mundo inquietante, mas, espera-se, irreprimível, concebido por um hóspede que povoa a imaginação”, afirmou Flores.
Programa cultural
A agenda literária contará com mais de 100 delegados — um ganhador do Prêmio Nobel, artistas nacionais, autores, poetas, criativos, editores, autores com novas edições internacionais e figuras culturais.
A programação abrange palestras, performances, lançamentos de livros e negociações de direitos autorais, destacando a crescente presença global do país no mercado editorial. Os eventos ocorrerão no Pavilhão das Filipinas, no Palco Ásia e em um Estande Nacional de 300 m².
O Pavilhão das Filipinas, com seus dois palcos, sediará sessões de uma hora, incluindo palestras, conversas, entrevistas, painéis, leituras comentadas, poesia performática, rap, fliptop, justas poéticas, cantos, música e dança, desenho ao vivo, ensino de idiomas, trechos de filmes comentados e outras performances inspiradas em livros.
Além disso, o Estande Nacional das Filipinas apresentará milhares de títulos disponíveis para venda de direitos autorais e distribuição internacional.