Qual o segredo da sobrevivência? Aos 12 anos, o pequeno Umi se viu sob a mira de uma arma. Não era o primeiro nem seria o último dos inumeráveis desafios que atravessou em sua jornada. Sorte? Acaso? Perspicácia? Com certeza, ajudaram. Mas não teriam o salvado caso lhe faltassem os anjos sem asas. Sim, pessoas que com pequenos gestos ou arriscando suas próprias vidas tornaram o inferno nazista uma passagem, não seu fim. Uma cozinheira polonesa, uma jovem alemã, um médico americano, um ciclista, um comunista, um oficial nazista, além de muitos outros que cruzaram sua história, tornando-a um chamado à esperança. Este é o mote do romance de autoficção Cicatrizes e esperanças (Folhas de Relva, 204 pp, R$ 72,90), que marca a estreia de Ercilia Fligelman na literatura. Após 40 anos de dedicação à Ortodontia, Ercilia Fligelman decidiu trilhar um novo caminho. A oportunidade de escrever a história de Abram Fligelman, seu sogro, foi decisiva nessa mudança de carreira.