Criado há aproximadamente 1,5 mil anos na Ásia, o xadrez ganhou importância e popularidade em diversas culturas, inspirando quadros, livros e filmes e fascinando figuras importantes da história da humanidade, como reis, generais e presidentes. Em A revolução do xadrez (Record, 392 pp, R$ 119,90 – Trad.: Alessandra Bonrruquer), Peter Ribeiro-Doggers — enxadrista e um dos mais relevantes jornalistas especializados no assunto — explora a história do jogo por meio de dados históricos, análises aprofundadas de partidas emblemáticas e relatos sobre as trajetórias dos maiores jogadores do mundo. Além de analisar sua influência através dos séculos, como a proibição pela Igreja durante a Idade Média por ser comparado a jogos de azar, o fato de Che Guevara chamá-lo de “sua segunda namorada” e a relação intrínseca entre o xadrez e os políticos russos, o autor faz uma reflexão sobre o encontro entre a tradição e a inovação, revelando como o xadrez influenciou revoluções tecnológicas que estão transformando a sociedade e, em contrapartida, como a tecnologia mudou a forma de joga-lo na atualidade. A revolução do xadrez é a celebração de um fenômeno cultural em constante movimento, que nos permite vislumbrar como o futuro do xadrez está sendo modelado e como as novas tecnologias estão transformando um jogo milenar no século XXI.