Entre viagens no tempo, amor e pandemia
PublishNews, Redação, 16/04/2025
'Mar da tranquilidade', de Emily St. John Mandel, é um romance de viagem no tempo que captura nuances inacreditáveis do nosso momento atual

Mar da tranquilidade (Intrínseca, 272 pp, R$ 79,90 – Trad.: Débora Landsberg), da escritora Emily St. John Mandel, é uma ficção especulativa que foi traduzida para 25 idiomas e apontada por Barack Obama como uma de suas obras preferidas em 2022. Na narrativa, um detetive espacial é contratado para investigar uma anomalia espaço-temporal que parece entrelaçar os destinos de diferentes personagens ao longo da linha do tempo do universo. Edwin St. Andrew tem 18 anos quando cruza o Atlântico em um navio a vapor, em 1912. Ele se embrenha em uma floresta e ouve as notas de um violino ecoando em um terminal de dirigíveis — experiência que o deixa profundamente perturbado. Dois séculos depois, Olive Llewellyn, uma escritora famosa, sai em turnê para divulgar seus livros. Ela está viajando por toda a Terra, mas seu lar é a segunda colônia lunar, um lugar feito de pedras brancas e beleza artificial. No best-seller de Olive, um romance pandêmico, há uma passagem estranha: um homem toca violino para ganhar uns trocados no corredor de um terminal de dirigíveis, quando, de repente, as árvores de uma floresta se erguem ao seu redor. Quando um detetive da Cidade Noite — onde o céu é perpetuamente escuro — é contratado para investigar uma anomalia nas florestas da América do Norte, ele descobre uma série de vidas reviradas: o filho exilado de um conde levado à loucura, uma escritora atormentada enquanto uma pandemia devasta a Terra e uma amiga de infância da Cidade Noite que, como o detetive, vislumbrou a chance de fazer algo extraordinário que bagunçará a linha do tempo do universo.

[16/04/2025 07:00:00]