
A reflexão para a conversa parte da ideia de que “a palavra, na modernidade e na contemporaneidade, apresenta-se muito fortemente como imagem em trabalhos predominantemente plásticos, chegando, em alguns casos, até ao ponto em que o escrito se torna ostensivamente visual, isto é, em que o texto é a imagem”, explica Verônica Stigger.
A intelectual ainda completa, dizendo que para a conversa “serão levantados alguns exemplos e formas de tratar a palavra nas artes, antes de se deter no caso da obra de Pedro Moraleida, em que a imagem parece não dar conta sozinha do que se quer expressar e o escrito acaba aparecendo como uma forma de grito incontido".
Laymert Garcia considera Faça você mesmo sua Capela Sistina a obra maior que Pedro Moraleida deixou, “como o rastro de um cometa que riscou o céu de modo vertiginoso, antes de desaparecer”. O pensador ainda destaca que tal criação "choca, interpela, intriga, deixando o espectador perplexo e desorientado, sem saber como percebê-la e apreendê-la". Para a conversa, Laymert intenciona limitar-se a expressar, através das ressonâncias que a obra evoca, o que entende como o "modo de ser" do artista.
O Ciclo de debates “Arte Hoje: encontros....” reúne, até julho de 2025, mesas de conversa sobre o atual estado e estatuto das artes, como parte das atividades “Moraleida, 25 anos depois...” que marca o jubileu da morte do artista mineiro Pedro Moraleida.
SERVIÇO
Ciclo de debates “Arte Hoje: encontros....”
Data: 12 de fevereiro
Horário: 19h30
Local: Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia, 1466 – Belo Horizonte / MG)