O escritor Marcelo Mirisola está anunciando o lançamento do seu novo romance, Espeto corrido, livro que estreia o selo editorial capitaneado por ele: Velhos Bárbaros. Logo na primeira página, o autor explica a motivação de escrever o novo romance: “Se não fosse minha amiga Angela Maria me dar um sacode, um ‘acorda pra vida, cara, você é escritor, larga de frescura, e escreve’. Se não fosse por ela, esse livro não existiria”. O livro já está indo para a segunda tiragem e terá o lançamento oficial em São Paulo na Ria Livraria (Rua Marinho Falcão, 58, Sumarezinho), no dia 26 de junho, quarta-feira, a partir das 18h.
Após o dia do lançamento, o único lugar para adquirir o livro é no Sebo do Bactéria.
Ele acrescenta: “Coincidentemente, na mesma época, Gabriel Mordoch, também me deu uma sacudida com base na realidade material das coisas: quando fez a ponte com a Universidade de Michigan, e enviou-me uma boa grana dos EUA. Aí a realidade material e a realidade moral dos fatos viraram uma coisa só, juntou a fome com a vontade de comer. Com as verdinhas no bolso, e com o tranco da Angela, reestabeleci o tesão, e escrevi este Espeto corrido”.
Na obra, a autoficção encontra os aplicativos de relacionamento. Resultado: um mergulho no deep Tinder, metalinguagem, sacanagem e hedonismo elevados à décima potência.
No evento de lançamento, também ocorrerá uma apresentação musical da banda Saco de Ratos, liderada pelo ator e dramaturgo Mário Bortolotto.
Velhos Bárbaros
Com a publicação de Espeto corrido, o escritor Marcelo Mirisola também inaugura a editora Velhos Bárbaros. “Diante do patrulhamento e da autocensura generalizada, fui meio que obrigado a abrir uma editora”, explica. O investimento no novo selo surgiu de uma venda do acervo de sua biblioteca para a Universidade Michigan. “Estou gastando os últimos recursos do dinheiro da venda do acervo como editor e mascate da minha obra, e quiçá de outras obras. Tenho outros 'proibidões' na lista, meus e de outros autores, mas tudo vai depender de ‘fazer caixa’”, finalizou.
Entre os livros planejados estão as obras Mesa 5 – uma peça “malditona” escrita a quatro mãos por Marcelo Mirisola e Nilo Oliveira –, assim como os livros de Fábio Pagotto e Paulo Jordão.