Relato de Led Zeppelin sem maquiagens
PublishNews, Redação, 25/03/2024
Desde as notas de abertura do seu primeiro álbum, a banda anunciou-se como algo diferente, uma colisão de grande ambição artística e força bruta primal

Rockstar. Seja lá o que esse termo signifique, é provável que ele tenha uma dívida com o Led Zeppelin. Ninguém antes ou depois viveu o sonho como Jimmy Page, Robert Plant, John Paul Jones e John Bonham. Em Led Zeppelin: A biografia (Belas Letras, 720 pp, R$ 79,90 – Trad.: Paulo Alves), Bob Spitz avalia tudo, separando o mito da realidade com seu conhecimento e talento para contar histórias que são sua marca registrada. Desde as notas de abertura do seu primeiro álbum, a banda anunciou-se como algo diferente, uma colisão de grande ambição artística e força bruta primal, de música folclórica inglesa e blues afro-americano. Seu relato da fusão de Page e Jones, os virtuosos sofisticados de Londres, com Plant e Bonham, os homens selvagens de Midlands, em uma cena dominada pelos Beatles e pelos Stones, mas em rápida mudança, é em si uma revelação. Bob Spitz leva a música a sério e dá vida plena e vívida à jornada artística da banda. A música, no entanto, é apenas parte da lenda. O livro é também a história de como os anos 60 se tornaram os anos 70, de como os clubes se tornaram estádios, de como a inocência se tornou decadência. Led Zeppelin não foi a primeira banda de rock a se soltar na estrada, mas, como tudo o mais, eles levaram isso a um nível totalmente novo. Nem todas as lendas são verdadeiras, mas no relato cuidadoso de Bob Spitz, o que é verdade é surpreendente e às vezes perturbador.

[25/03/2024 07:00:00]