A ciência e a história da libertação da maconha
PublishNews, Redação, 17/11/2023
Escrito por Sidarta Ribeiro, 'As flores do bem' apresenta um breve histórico da erva milenar e busca romper preconceitos e abrir o diálogo sobre o tema

Com a linguagem acessível que caracteriza a obra de Sidarta Ribeiro, As flores do bem (Fósforo, 184 pp, R$ 59,90) propõe combater a desinformação acerca da maconha, mesclando história, cultura e depoimentos pessoais com rigor científico. Na obra, Ribeiro apresenta um breve histórico da erva milenar e descreve como os feitos coletivos humanos conseguiram domesticar uma planta de incrível versatilidade, cuja história se confunde com a de nossa espécie. Fosse cânhamo para produtos navais na Europa e teares na China ou unguento medicinal na Índia e na África, a maconha sempre esteve presente na sociedade e evoluiu conosco, elevando a qualidade de vida da humanidade. Na longa história de interação entre a Cannabis e o homem, as últimas décadas foram marcadas por um proibicionismo de motivações políticas em que o racismo e o conservadorismo têm papel central, mas o avanço da ciência aponta para um novo capítulo. Depois de inúmeros estudos e descobertas relativas ao tratamento da epilepsia, o uso medicinal da maconha já não é mais questionado pela ciência. E ainda há muito a se descobrir sobre as potencialidades da erva: ansiedade, depressão, Parkinson e Alzheimer são algumas das doenças que podem ser curadas ou mitigadas com a Cannabis. As flores do bem não é, portanto, apenas um livro de divulgação científica: é a contribuição de um dos maiores cientistas brasileiros para um debate urgente, na forma de um libelo que busca romper preconceitos e abrir o diálogo.

[17/11/2023 07:00:00]