
Seis títulos inauguram o selo Cobalto, com lançamentos previstos para setembro de 2023:
- Três clássicos: O paraíso dos gatos, de Émile Zola, Berthe, a contrita, de Honoré de Balzac (com apresentação de Henry James) e As quadras de Valais”, do alemão Rainer Maria Rilke (este escrito originalmente em francês);
- Três contemporâneos: Espelhos, de Ademir Assunção, em parceria com Sandro Saraiva (desenhos), Para dentro, da mineira Simone Andrade Neves, De amor & morte, de Vanderley Mendonça.
O nome do novo selo é uma homenagem que os editores fazem ao poeta João Cabral de Melo Neto, tipógrafo de primeira grandeza, que imprimiu a palavra Cobalto numa plaquete do poeta catalão Joan Brossa, utilizando uma pequena impressora tipográfica que havia comprado quando viveu em Barcelona como cônsul, em 1949. O nome foi estampado na capa como se fosse o de uma editora, porém Cabral nunca mais o utilizou.
Segundo a nova editora, a palavra cobalto tem origem no antigo vocábulo alemão “kobold”, derivado do proto-germânico Godbald, que é formado pelas palavras Gott (Deus) e bald (desobediente). "Na Idade Média, os mineiros germânicos acreditavam que pequenos demônios que habitavam as minas, espécies de espíritos (kobold) malignos, roubavam-lhes a prata e deixavam no lugar o cobalto, devido à semelhança dos minérios. Quando o metal foi identificado, no século XVIII, recebeu o nome Cobalto graças a essa lenda. O azul cobalto é uma cor especial, de difícil reprodução e repetibilidade. Na tipografia da primeira metade do século XX a produção de tintas tipográficas tinta uma paleta com um número muito reduzido de cores e o azul era chamado pelos impressores simplesmente de azul cobalto", diz o material de comunicação do selo.
Entre os livros e autores já programados para o final de 2023, estão: Crimes Exemplares, do francês Max Aub; Cheri, da francesa Sidonie-Gabrielle Colette; Azul, do nicaraguense Rubén Darío; Escorpião e Félix, novela humorística do filósofo alemão Karl Marx, Madeira viva, com musgo, Walt Whitman; Lustra, de Ezra Pound; Pedra de sol, de Octavio Paz; entre outros.