Novo selo Cobalto vai publicar traduções inéditas, reedições de clássicos esgotados e obras contemporâneas
PublishNews, Redação, 23/08/2023
Vanderley Mendonça (Selo Demônio Negro​) e Jorge Henrique Bastos (Expresso, Martins Fontes, Empório do Livro, B4Editores) estão por trás da nova empreitada

Primeira leva de livros do novo selo Cobalto
Primeira leva de livros do novo selo Cobalto
Vanderley Mendonça (Selo Demônio Negro) e Jorge Henrique Bastos (Expresso, Martins Fontes, Empório do Livro, B4Editores) estão lançando o novo selo Cobalto, destinado a traduções inéditas em português, reedições de clássicos esgotados e obras contemporâneas de autores brasileiros e estrangeiros.

Seis títulos inauguram o selo Cobalto, com lançamentos previstos para setembro de 2023:

  • Três clássicos: O paraíso dos gatos, de Émile Zola, Berthe, a contrita, de Honoré de Balzac (com apresentação de Henry James) e As quadras de Valais”, do alemão Rainer Maria Rilke (este escrito originalmente em francês);
  • Três contemporâneos: Espelhos, de Ademir Assunção, em parceria com Sandro Saraiva (desenhos), Para dentro, da mineira Simone Andrade Neves, De amor & morte, de Vanderley Mendonça.

O nome do novo selo é uma homenagem que os editores fazem ao poeta João Cabral de Melo Neto, tipógrafo de primeira grandeza, que imprimiu a palavra Cobalto numa plaquete do poeta catalão Joan Brossa, utilizando uma pequena impressora tipográfica que havia comprado quando viveu em Barcelona como cônsul, em 1949. O nome foi estampado na capa como se fosse o de uma editora, porém Cabral nunca mais o utilizou.

Segundo a nova editora, a palavra cobalto tem origem no antigo vocábulo alemão “kobold”, derivado do proto-germânico Godbald, que é formado pelas palavras Gott (Deus) e bald (desobediente). "Na Idade Média, os mineiros germânicos acreditavam que pequenos demônios que habitavam as minas, espécies de espíritos (kobold) malignos, roubavam-lhes a prata e deixavam no lugar o cobalto, devido à semelhança dos minérios. Quando o metal foi identificado, no século XVIII, recebeu o nome Cobalto graças a essa lenda. O azul cobalto é uma cor especial, de difícil reprodução e repetibilidade. Na tipografia da primeira metade do século XX a produção de tintas tipográficas tinta uma paleta com um número muito reduzido de cores e o azul era chamado pelos impressores simplesmente de azul cobalto", diz o material de comunicação do selo.

Entre os livros e autores já programados para o final de 2023, estão: Crimes Exemplares, do francês Max Aub; Cheri, da francesa Sidonie-Gabrielle Colette; Azul, do nicaraguense Rubén Darío; Escorpião e Félix, novela humorística do filósofo alemão Karl Marx, Madeira viva, com musgo, Walt Whitman; Lustra, de Ezra Pound; Pedra de sol, de Octavio Paz; entre outros.

[23/08/2023 10:08:28]