Em seu primeiro projeto literário, 'Minha cabeça trovoa – as letras que eu fiz e suas histórias', artista apresenta suas letras acompanhadas de comentários acerca dos caminhos poéticos e criativos de seu trabalho
Em seu primeiro projeto literário,
Maurício Pereira apresenta suas letras acompanhadas de comentários acerca dos caminhos poéticos e criativos de seu trabalho.
Minha cabeça trovoa – as letras que eu fiz e suas histórias (Mireveja) traz textos em tom de conversa, nos quais ele descreve cenas, pessoas, parcerias, angústias, dilemas, inspirações e influências, além de revelar um pouco do cotidiano de um músico independente no Brasil. O autor lança o livro neste sábado (24), a partir das 14h, na Livraria Martins Fontes da Vila Buarque, em São Paulo (Rua Dr. Vila Nova, 309 – São Paulo / SP).
No livro, Maurício também abre seu baú de memórias ao falar da família, dos três filhos, também artistas, e das amizades. Recorda, por exemplo, momentos em que ninava Tim Bernardes, seu filho mais velho, durante as madrugadas de insônia – e que lhe renderam estrofes e ideias para composições como a própria Um dia útil e o sucesso Trovoa.
Maurício Pereira iniciou sua carreira nos anos 1980 com Os Mulheres Negras, duo com André Abujamra, com uma pegada vanguardista. São dessa época canções como
Eu vi,
Elza e
Purquá mecê, interpretadas com verve cenográfica em performances irônicas feitas pela dupla. Em 1996, fez a primeira transmissão brasileira de um show pela internet, o que rendeu uma entrada no livro dos recordes. Desde então, o artista lançou seis álbuns solo autorais:
Na tradição,
Mergulhar na surpresa,
Pra Marte,
Pra onde que eu tava indo,
Outono no Sudeste e o recente
Micro, que recupera parte de seu repertório numa parceria com o guitarrista Tonho Penhasco.
O novo livro perpassa todo o acervo letrístico do artista, repleto de narrativas sintéticas, cinematográficas, e, claro, urbanas.