Cinema e psicanálise na mesma página
PublishNews, Redação, 14/12/2022
Primeiro volume da nova edição da série ‘Talentos da computação’, da editora Blucher, revela os bastidores das criações do visionário da informática

Cinema e psicanálise tem algum ponto em comum? No primeiro volume da série O psicanalista vai ao cinema (Blucher, 192 pp, R$ 64), do autor Sérgio Telles, a resposta é sim. A trilogia, que ganha nova edição, fala da união que não apenas se prova pertinente, mas adiciona novas dimensões para a análise da psique humana por meio dos personagens da sétima arte. Ao longo dos mais de 80 artigos que compõem a coletânea completa, Telles mergulha em filmes que trazem personagens cujos conflitos internos se evidenciam em suas angústias, seus relacionamentos pessoais, suas condutas, suas escolhas. Ao analisá-los, torna compreensível o que antes parecia não ter sentido ou significado, ou seja, revela a lógica própria do inconsciente, tão distante da racionalidade consciente. De acordo com o autor, “a psicanálise é um saber que possibilita detectar essa outra dimensão do psiquismo e sua lógica particular. Integrar esse lado obscuro e pouco perceptível só enriquece a apreciação de qualquer produção artística e nos permite admirar a potência criadora dos artistas, que, com suas histórias, nos dão acesso a verdades recônditas de nossas almas”. A obra aborda filmes de diversas épocas, lugares e gêneros, desde blockbusters, como O código Da Vinci (2005, Ron Howard) e O show de Truman (1998, Peter Weir), até clássicos como Persona (1966) e Gritos e sussurros (1972), ambos de Ingmar Bergman, passando pelos brasileiros Cidade de Deus (2002, Fernando Meirelles), Tropa de elite (2007, José Padilha) e Bicho de sete cabeças (2000, Laís Bodanzky).

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[14/12/2022 07:00:00]