Tradição, amor e liberdade
PublishNews, Redação, 11/07/2022
Em 'A maldição das Flores', Angélica Lopes mergulha no universo das mulheres rendeiras de Pernambuco ao contar a história de mulheres que inventaram um código para se comunicar numa época em que não tinham voz

Quando a jovem e rebelde Alice recebe uma renda misteriosa, herança de uma antepassada que nunca conheceu, nem imagina que ela conta uma história de violência ocorrida cem anos antes, no interior de Pernambuco, envolvendo mulheres de sua família. Ao perceber que nas linhas e pontos que formam aquela renda há uma mensagem escondida, Alice começa a desvendar um código inventado por uma das rendeiras, Eugênia, como um subterfúgio para se comunicar com as demais, a despeito da opressão dos homens de sua vida. Essa jornada em busca da ancestralidade é o fio condutor de A maldição das Flores (Planeta, 256 pp, R$ 49,90), primeiro romance histórico de Angélica Lopes. Com décadas de experiência como roteirista e 18 títulos publicados para o público infantojuvenil, a jornalista mergulhou fundo nas raízes pernambucanas para contar a história das mulheres da família Flores, que no romance representam as primeiras rendeiras do interior de Pernambuco. Vítimas de uma sombria maldição, lançada por uma cigana traída e abandonada por seu grande amor, que predizia a morte prematura de todos os homens que cruzassem o caminho das Flores, elas fazem dos trabalhos em renda seu ganha pão. E vão além: passam a tecer neles mensagens em código por meio das quais conseguem se comunicar com outras mulheres oprimidas pelos homens de suas respectivas famílias. A maldição das Flores teve os direitos vendidos para a Itália e Portugal antes mesmo de ser lançado no Brasil.

Tags: Planeta, romance
[11/07/2022 07:00:00]