O primeiro sinal de vida inteligente fora da Terra
PublishNews, Redação, 25/05/2021
Em 'Extraterrestre', o chefe do departamento de Astronomia de Harvard defende que artefato observado por telescópio em 2017 foi criado por alienígenas

Em outubro de 2017, cientistas de um dos maiores observatórios espaciais do mundo – localizado no topo de um vulcão dormente no Havaí – detectaram um objeto transitando por nosso sistema solar. A primeira hipótese foi a de que se tratava de um mero asteroide, como tantos outros que cruzaram e seguem cruzando nossa galáxia. Mas os dados coletados pelo telescópio Pan-STARRS1 revelaram detalhes curiosos no comportamento desse visitante. Diferentemente de meteoros e asteroides, o objeto, batizado de ‘Oumuamua, não liberava gases e não deixava rastro de poeira estelar e detritos em sua passagem. Seu eixo de rotação era contínuo e estável, sem sinal dos típicos solavancos dos cometas. Mas o dado mais atípico de todos era sua trajetória: seu movimento não era orientado apenas pela gravidade exercida pelo Sol. Seguindo linhas mais conservadoras de pesquisa, a maioria dos astrônomos decidiu mantê-lo na categoria de asteroide raríssimo. Em Extraterrestre (Intrínseca, 304 pp, R$ 49,90 – Trad.: Lívia de Almeida), o proeminente catedrático de Harvard Avi Loeb segue na contramão do status quo científico e investiga as chances reais de que tenhamos, pela primeira vez, sido acessados por uma tecnologia extraterrestre. Mas aventar a possibilidade de que o ‘Oumuamua tenha sido criado por uma civilização extraterrestre – viva ou extinta – é apenas uma das frentes de batalha do astrônomo israelense. A principal delas é derrubar a fronteira do pensamento que até aqui nos impediu de acreditar na possibilidade de não estarmos, de forma alguma, sozinhos na imensidão do universo.

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[25/05/2021 07:00:00]