Apanhadão: Morre Thiago Blumenthal, fundador da Lote 42
PublishNews, Redação, 30/11/2020
E mais: Campanha #tudocomecanalivraria reúne editoras para final de semana de descontos; Taschen abre loja pocket em SP; os participantes da Bienal Virtual do Livro de São Paulo

Thiago Blumenthal | © Facebook Lote 42
Thiago Blumenthal | © Facebook Lote 42
No último sábado (28), a editora Lote 42 comunicou o falecimento de Thiago Blumenthal, fundador da editora. Em suas redes sociais, Cecília Arbolave, uma das sócias da Lote 42, prestou homenagem ao amigo. "Thiago tinha um jeito de te envolver no papo e deixava qualquer assunto mais curioso, mais divertido, sempre com histórias, referências, detalhes eruditos ou pop que só ele sabia", escreveu. João Varella também escreveu um texto para o amigo em seu blog. "Era um camarada que tratava as palavras com carinho e acuidade, como poucos. Estou para conhecer alguém que exercesse tão bem o ofício de editar um livro", elogiou. Blumenthal trabalhou na TV Record, foi editor-assistente da Publifolha, além de um dos sócios da editora e mantinha desde setembro, o podcast Afinidades eletivas, com Juliana de Albuquerque, que reunia especialistas para falar de crítica literária, filosofia, política e religião. À Folha, Úrsula Passos publicou uma homenagem ao editor.

Na última quinta (26), Samuel Seibel, presidente da Livraria da Vila foi o convidado da live da IstoÉ Dinheiro. Na entrevista, o livreiro fez uma análise sobre a atual situação do mercado editorial e de como a pandemia do coronavírus afetou o segmento. Para ele, as vendas de livros no Brasil só vão aumentar quando a educação melhorar e crescer a consciência da sociedade da importância da leitura para o desenvolvimento do país e das pessoas.

Em dezembro, uma iniciativa vai oferecer descontos exclusivos em livrarias físicas por três dias a partir do dia 11 de dezembro, adiantou a coluna Painel das Letras. O projeto divulgado como Super Sexta - #tudocomecanalivraria vai reunir 11 das maiores editoras do país: Companhia das Letras, Gente, Globo, HarperCollins, Intrínseca, Melhoramentos, Mundo Cristão, Planeta, Record, Rocco e Sextante. Entre as livrarias, estão confirmadas as redes Curitiba, Leitura, Loyola, Martins Fontes, Travessa e Vila. Mas a ideia é que mais lojas se juntem até a data do evento.

Ainda na coluna, destaque também para a Bienal Virtual do Livro de São Paulo que receberá nomes como Xuxa, Nélida Pinõn, Claudia Raia, Mauricio de Sousa, Jarid Arraes, Itamar Vieira Junior, Thalita Rebouças e Raphael Montes.

A Taschen, editora alemã de livros de arte e arquitetura, abriu uma loja pocket dentro da loja de design Mula Preta. A primeira loja da editora no Brasil tem uma estante com quinze módulos chamada K7, porém há títulos por todo o espaço. Quinhentas obras estão disponíveis, incluindo edições especiais que marcam em 2020 os 40 anos da editora. A vinda da Taschen para o Brasil é esperada desde 2004. O país é a quarta praça da editora nas Américas. À Veja São Paulo, Julius Wiedemann, editor executivo da companhia alemã, explica: “Tivemos na pandemia uma oportunidade única”, e elenca ainda fatores para a abertura da unidade: “Há uma dificuldade de distribuição no país, devido à crise de grandes redes. Também é muito difícil vender os livros de edições limitadas aqui”.

Vitor Tavares, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL) escreveu um artigo publicado n’O Globo. No texto ele chama a atenção para o papel social da livraria. “Livraria aberta é questão de saúde mental”.

O Estadão separou trechos de alguns livros vencedores do Prêmio Jabuti 2020. Entre os escolhidos estão Solo para vialejo (Cepe), o Livro do Ano; Torto Arado (Todavia), de Itamar Vieira Junior; Uma mulher no escuro (Companhia das Letras), de Raphael Montes; Uma furtiva lágrima (Record), de Nélida Piñon e Urubus (Confraria do Vento), de Carla Bessa.

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[30/11/2020 10:00:00]