O que acontece quando um professor tenta recriar o movimento nazista em sala de aula?
PublishNews, Redação, 20/07/2020
Baseados em fatos reais, ‘A onda’ traz questionamentos bastante atuais sobre o fascismo e a intolerância e inspirou filme de mesmo nome e a série ‘Nós somos a Onda', da Netflix

A turma do último ano do Colégio Gordon deveria estar estudando a Segunda Guerra Mundial, mas os alunos parecem um tanto quanto céticos em relação ao nazismo. Afinal, parece impossível para eles que a juventude alemã tenha apoiado um regime com ideias tão deturpadas, que causou a morte de tantas pessoas. Mas Ben Ross, o professor de História da escola, parece ter a ideia perfeita para engajar a classe. Ele começa um movimento estudantil focado no discurso de “disciplina” e “comunidade”, bastante semelhante às premissas que inspiraram a juventude de Hitler. A ideia era mostrar para a turma que, com um líder carismático e um discurso inflamado, é fácil se deixar levar. Em pouco tempo, a Onda varre toda a escola. Atraídos pela ideia de “igualdade” que propõe o movimento, os alunos veem na Onda a solução para problemas como bullying, desatenção e até mesmo o baixo rendimento do time estudantil em campo. Mas quando alguns alunos se recusam a se juntar à Onda, a pressão popular aumenta, e eles se veem vítimas da intolerância dos colegas. Baseado em fatos ocorridos em 1969 em um colégio na Califórnia, A Onda (Galera Record, 160 pp, R$ 34,90 – Trad.: Paula Di Carvalho), livro de Todd Strasser, traz questionamentos bastante atuais sobre o fascismo e a intolerância, explorando o papel da juventude idealista na consolidação desses discursos.

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[20/07/2020 07:00:00]