Em meio ao caos
PublishNews, Redação, 24/04/2020
Escrito por Marcelo Rocha Ferroni, Natalia Borges Polesso e Samir Machado de Machado, ‘Corpos secos’ traz a pendemia para a literatura

Uma doença fatal assola o Brasil e o transforma em uma terra pós-apocalíptica: sem governo, sem leis e sem esperanças. Os sobreviventes tentam cruzar o país em busca de um porto seguro. Primeiro, o uso de novos agrotóxicos sem os devidos testes. Depois, a reação inesperada com as larvas que eles deveriam dizimar. Não se sabe quem foi o primeiro infectado, apenas que o surto começou no Mato Grosso do Sul. São os chamados corpos secos: espectros humanos que não possuem mais atividade cerebral. Mas seus corpos ainda funcionam e anseiam por sangue. Seis meses depois, há poucos sobreviventes. Um jovem aparentemente imune à doença está sendo estudado por uma equipe médica e precisa ser protegido a qualquer custo; uma dona de casa vive em uma fazenda no interior do Brasil e se encontra sozinha precisando reagir para sair de seu isolamento; uma criança vê a mãe tentar de tudo para salvar a família e fugir do contágio; uma engenheira de alimentos percebe que seus conhecimentos técnicos talvez não sejam suficientes. Juntos, eles vão narrar suas jornadas, em busca do último refúgio ao sul do país. Escrito em conjunto por Luisa Geisler, Marcelo Rocha Ferroni, Natalia Borges Polesso e Samir Machado de Machado, Corpos secos (Alfaguara, 192 pp, R$ 44,90) é uma narrativa sobre os limites da maldade humana, e as chances de redenção em meio ao caos.

[24/04/2020 07:00:00]