
Rosália Meirelles, veterana na festa e neste ano representando a Grua, concorda com as estimativas da organização. “A Festa foi intensa. Não paramos um minuto. Mesmo com menos movimento, o tíquete médio estava mais alto”, disse ao PublishNews. “Notei que a sexta-feira foi um pouco diferente. Nos anos anteriores, as quintas sempre foram muito boas de vendas. Neste ano, foi a sexta”, completou.
A Editora 34, que também esteve na Festa, apurou uma venda menor do que a de 2018, mas maior do que a de 2017. “Ano passado foi completamente atípico para todo mundo”, disse Eliete Cotrim, diretora comercial e de marketing da editora, que está presente no evento desde a primeiríssima edição. O que 2018 teve de diferente foi o fato de que foi a primeira vez que a festa aconteceu no sábado e a sua realização se deu em meio ao grande alvoroço causado pelo pedido de recuperação judicial de Saraiva e Cultura. Mesmo vendendo menos, ela aponta que o tíquete médio não caiu e notou também uma procura pelo que chamou de “fundão de catálogo”. “A gente leva todo o catálogo da 34. Tudo o que está disponível vai para a feira e, neste ano, vendemos pelo menos um exemplar de cada título. As pessoas estão indo à feira atrás do fundão de catálogo”, comemorou.
Ela apontou que a chuva forte que caiu na quarta-feira e o frio e a garoa de quinta atrapalharam um pouco o início do evento, mas foi compensado na sexta e no sábado. “De modo geral, a Festa da USP sempre vale a pena”, concluiu.
Para Pedro Almeida, sócio da Faro Editorial, a Festa superou as expectativas. “Reparamos que vem pessoas de outra cidades e aproveitam a oportunidade para comprar livros para dar de presente de Natal. Tínhamos a meta e registramos um aumento de 20% acima dela”, disse ao PublishNews.
A Planeta, que esteve pela segunda vez na feira, apurou vendas semelhantes às do ano passado. Cynthia Müller, coordenadora comercial da empresa, observou que a Black Friday, que coincidiu com o evento neste ano, criou uma concorrência. “Não foi incomum encontrar clientes com listas de preços e fazendo consultas em sites antes de efetuar as suas compras”, disse. A Planeta vendeu 3,6 mil exemplares e, segundo Cinthya, a estrutura para os expositores foi repensada para que as editoras tivessem mais agilidade. "Uma coisa que esse ano nos ensinou é que temos que ser maiores, ano que vem estaremos com muitas mesas a mais, o espaço foi insuficiente para expor tudo que levamos", concluiu.
A HarperCollins apurou um bom crescimento nas vendas neste ano. "A Festa da USP já entrou para o calendário da HarperCollins como um dos grandes eventos do ano, uma festa onde podemos nos aproximar cada vez mais dos nossos leitores", disse Daniela Kfouri, diretora comercial e de marketing da casa. "Tivemos um bom crescimento nas vendas desse ano e o nosso livro mais vendido foi o Hobbit, de J.R.R. Tolkien, e nosso livro nacional mais vendido foi Darwin sem frescura, de Pirula e Reinaldo José Lopes", completou.