As sigilosas relações entre a ditadura brasileira e o governo francês
PublishNews, Redação, 08/11/2019
Historiador Paulo César Gomes analisa em ‘Liberdade vigiada’ como os dois países atuaram durante a ditadura por meio de suas representações diplomáticas e consulares

Após o golpe militar de 1964, recursos diplomáticos foram mobilizados com a finalidade de assegurar a legitimidade do novo regime e, durante muito tempo, prevaleceu a versão de que a diplomacia brasileira não se envolveu nas arbitrariedades da ditadura. Em 2011, no entanto, a Lei de Acesso à Informação possibilitou o acesso aos acervos documentais da época e o mundo secreto do Itamaraty estava então desprotegido. O historiador Paulo César Gomes, que atuou como pesquisador na Comissão da Verdade, debruçou-se sobre esse material e cruzou com informações do próprio governo francês. O resultado está no livro Liberdade vigiada (Record, 560 pp, R$ 74,90). A obra examina de que forma as práticas repressivas que caracterizaram esse período da história brasileira, bem como as denúncias de tais práticas no exterior, influenciaram as relações entre os dois países.

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[08/11/2019 07:00:00]