Na mente do terrorista
PublishNews, Redação, 28/10/2019
Na obra, o autor Boris Sávinkov narra a história de um núcleo terrorista que tem como missão o assassinato do governador-geral de Moscou

O codinome George O’brien vem escrito no passaporte Britânico, mas George não sabe uma palavra de inglês. Ele lidera Vânia, Fiódor, Heinrich e Erna, especialista em bombas. Com identidades falsas e armas sob as camisas, eles transitam como sombras pelas ruas de Moscou vigiando por semanas cada passo do governador-geral da cidade. Eles são o terror. As relações entre os terroristas, suas questões de foro íntimo, morais e éticas, quanto ao ato de matar, o cotidiano tenso na clandestinidade, os sentimentos que um tem pelo outro, são narrados pelo frio George, que ama Elena, uma mulher casada. Publicado em 1909, O cavalo pálido (Grua, 168 pp, R$ 46 – Trad.: Rubens Figueiredo), narrativa em forma de diário da história de um núcleo terrorista que tem como missão o assassinato do governador-geral de Moscou teve grande impacto. Seu autor, Boris Sávinkov, havia fugido de uma prisão na Rússia e morava em Paris. Frequentava o círculo de amizade de artistas como Picasso, Modigliani, Appolinaire e Cendras, que ficaram fascinados com a exuberância do autor, cujo nome era sinônimo de terrorismo revolucionário.

Tags: ficção, Grua
[28/10/2019 07:00:00]