
Mas, achou um caminho e a Leitura acaba de colocar no ar a sua nova loja virtual. “Cada braço do grupo precisa ser rentável”, disse ao PublishNews Daniel Rodrigues, responsável pelo novo e-commerce da Leitura. “Nunca conseguimos fazer um desenho que fosse suficientemente bom para pelo menos empatar. Não estamos esperando agora grandes lucros, mas não dando prejuízo, já está valendo”, completou.
O desenho encontrado pela Leitura para conseguir se sobressair nesse segmento foi criar um marketplace interno, usando os próprios estoques de suas 70 unidades físicas para alimentar a loja virtual.
O foco está nas pontas de estoques, aqueles títulos que têm poucos exemplares remanescentes nos depósitos. Segundo levantamento realizado pela própria rede, existem 40 mil títulos nessas condições.
Rodrigues comentou que a Leitura.com vai trabalhar com lançamentos e best-sellers, mas reconhece que não conseguirá competitividade nesses segmentos. A maioria dos livros serão ofertadas com descontos agressivos que podem bater os 80% em alguns casos. “Com isso, vamos resolver um problema nas lojas [de dar vazão aos seus encalhes] e ganhar dinheiro. A internet ajuda a vender cauda longa e vender cauda longa com descontos, chama a atenção dos clientes”, acredita Rodrigues.
Por enquanto, só a do Shopping Dom Pedro, de Campinas (SP), dirigida por Rodrigues, está interligada ao sistema. O catálogo do e-commerce, portanto, ainda é pequeno, composto por 10 mil títulos. Na próxima semana, entra o catálogo da outra loja da rede em Campinas, aí o catálogo já chega a 100 mil, segundo Daniel. A expectativa é que até setembro, todas estejam conectadas e com isso estarão disponíveis 250 mil títulos. Para 2020, a rede espera lançar o serviço retire em loja o que deve, na avaliação da direção da casa, ajudar na captação de novos clientes.
A Leitura.com usa a tecnologia desenvolvida pela gaúcha F1 para gerenciamento de marketplaces.
[Nota atualizada em 1º/08/2019].