O destaque das notícias desse final de semana vai para a versão sem recortes de ‘O diário de Anne Frank’ que foi publicada pela primeira vez. Segundo o Estadão, Anne deixou duas versões de seu diário, a primeira, que é chamada agora de versão A, foi escrita espontaneamente, enquanto sua família estava escondida dos nazistas em Amsterdã. Depois, após escutar em uma rádio uma chamada para documentar o sofrimento dos judeus holandeses, Anne Frank reescreveu parcialmente seu diário com a esperança de ver o texto publicado depois da guerra, o que resultou na chamada versão B. A nova edição inclui tanto a versão A como a versão B.
O Estadão também repercutiu a notícia de que a editora italiana abertamente neofascista, Altaforte foi excluída da Feira do Livro de Turim, no noroeste da Itália, depois de provocar polêmica no setor literário. Mesmo com o contrato anulado, o editor Francesco Polacchi apareceu na feira com cópias do seu livro Eu sou Salvini, de entrevistas com Matteo Salvini, ministro de extrema direita. Um dia antes, uma queixa por apologia ao fascismo foi apresentada contra Polacchi. A denúncia se deveu às declarações do editor, que descreveu Benito Mussolini como o "melhor homem de Estado italiano" e ressaltou que "um pouco de ditadura não faz mal". Na lei italiana, a apologia ao fascismo é um crime que pode ser punido com penas de seis meses a dois anos de prisão.
Na coluna da Babel, notícias sobre a Flip. Em seu terceiro ano no evento literário, a Casa Paratodxs, que reúne as editoras Nós, Edith, Demônio Negro, Relicário, Dublinense, Kapulana, Macondo e Cepe, terá, pela primeira vez, um autor homenageado: Chico Buarque. A ideia é entremear a programação com leituras de textos dele – e, quem sabe, músicas também. Entre os convidados já confirmados estão Bárbara Paz, Martinho da Vila, Yuri Al’Hanati e Walnice Nogueira Galvão. A casa ficará na Galeria Aécio Sarti.
Já a Liga Brasileira de Editoras (Libre) e a Casa Santa Rita da Cássia, de Cassia Carrenho, estarão juntas este ano. A ideia é discutir iniciativas pró-livro e leitura provenientes de esforço coletivo e pensar novas parcerias.
E a polícia prendeu a escritora Izaura Mendes por estelionato. Izaura afirmava que a obra Ágape, de padre Marcelo Rossi foi plagiada e pedia R$ 51,6 milhões de indenização. Mas, segundo o G1, uma investigação da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPim), da Polícia Civil, descobriu que ela falsificou documentos da Biblioteca Nacional. A polícia suspeita que duas advogadas, também presas, auxiliaram a mulher na possível fraude. O processo tramita na Vara Empresarial do Tribunal de Justiça de Rio.
O Painel das Letras adiantou que o Prêmio Jabuti irá separar de novo as categorias Infantil e Juvenil. No ano passado, elas se uniram e causaram polêmica entre os profissionais do setor.
N’O Globo, Ancelmo Gois contou que Haroldo Costa, 88 anos de serviços à cultura e à causa negra, lança hoje (13), data de assinatura da Lei Áurea, o projeto Abolição: realidade ou ilusão. Haroldo pesquisou as vidas de negros famosos como Aleijadinho, Pixinguinha, Heitor dos Prazeres, Ismael Silva, Tia Ciata, Clementina de Jesus, Ruth de Souza, Taís Araújo e Lázaro Ramos.