Serruya, embora brasileira e residente no país, publica seus livros em língua inglesa desde 2012 e os comercializa em plataformas de autopublicação. Na ação, Roberts chama Serruya de “serial plagiarizer” e fala que foram encontrados plágios de 34 outros autores em 51 livros da brasileira. Em correspondência à Nora Roberts, Serruya informou a venda de 22 mil livros físicos e o licenciamento de 68 mil downloads gratuitos.
Quando a história veio a público, Serruya culpou um ghost writer freelancer de uma empresa chamada Fiverr. Mas Roberts ressalta na ação que a responsabilidade pelo plágio é exclusiva de Serruya já que ela se beneficiou dos resultados financeiros ou da fama decorrentes da venda e da notoriedade dos livros publicados em seu nome.
Roberts aponta circunstâncias agravantes no caso como a exclusão dos perfis de Serruya no Twitter, no Facebook e nas páginas da Amazon, Barnes & Noble e e-Bay.
Evocando a lei brasileira, Nora Roberts lembra que a maioria das vendas foram de e-books, portanto, não faz sentido aí a apreensão dos exemplares. Pede, então, que seja aplicada, como reparação por danos materiais, o valor equivalente a três mil exemplares, considerando maior valor cobrado por cada um deles. Na ação, a norte-americana garante ainda que, caso ganhe o pleito, doará o dinheiro – ela estima pelo menos US$ 25 mil - a instituições de combate ao analfabetismo. Além disso, os livros físicos deverão ser apreendidos e a sua impressão e vendas suspensas. A título de reparação de danos morais, a autora da ação pede igual valor.
Além disso, Nora Roberts pede na Justiça que Serruya crie e mantenha um site contendo a íntegra digitalizada dos seus livros com os trechos plagiados assinalados. Com isso, a americana quer inibir a comercialização de obra concebida de forma ilícita.
O PublishNews não o conseguiu contato de Serruya.