Apanhadão: reitoria do Mackenzie manda cortar editoras de feira
PublishNews, Redação, 22/04/2019
E mais: Edições Sesc e Grupo Planeta lançam novas coleções e campanha #DesafioDaLeitura começa nesta terça

A Reitoria da Universidade Presbiteriana Mackenzie censurou a participação das editoras Boitempo e Contracorrente na Feira de Livros, organizada pelo Centro Acadêmico João Mendes Jr., em São Paulo. Segundo a Revista Fórum, a reitoria justificou a decisão dizendo que as duas editoras não têm em seu acervo “livros doutrinários e legislação de uso acadêmico”. Em resposta, a Boitempo e Contracorrente divulgaram uma nota de repúdio à decisão dizendo que "ambas as editoras ostentam um consistente catálogo na área do Direito, composto, aliás, por obras de professores da Faculdade de Direito do Mackenzie".

A coluna da Babel anunciou neste fim de semana que as Edições Sesc lançam neste semestre a coleção Deslocamentos. Com curadoria de Tiago Ferro, a série terá ensaios que procuram pensar o lugar dos jovens no mundo contemporâneo. A série contará com volumes digitais curtos, de cerca de 60 páginas, a começar por Mídias Digitais: Cultura, Posts e Redes, de Sérgio Branco; Games: Cultura, Arte e Joystick, de João Varella; e HQ: Criadores e Criaturas de Quadrinhos, de Rogério de Campos. O Grupo Planeta também prepara uma coleção. Ainda sem previsão de lançamento por aqui, a Bordes terá um livro brasileiro entre os selecionados: Descobri que estava morto (Tusquets/Planeta), de João Paulo Cuenca. A ideia da coleção é reunir algumas das vozes mais potentes do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai em edições de bolso e a preços acessíveis.

A Dublinense comprou os direitos de mais dois títulos de Buchi Emecheta, uma das primeiras autoras a falar, nos anos 1970, da condição das mulheres imigrantes nigerianas. Segundo o Painel das Letras, a editora lança em junho No fundo do poço e, até o próximo ano, O preço da noiva. Já a Âyiné adquiriu os direitos de dois títulos de Carolin Emcke, uma das principais intelectuais alemãs da atualidade. A editora lançará Contra o ódio e Como desejamos.

N’O Globo, Ancelmo Gois adiantou que para comemorar o Dia Mundial do Livro, Marcos da Veiga Pereira, editor da Sextante e presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), lançará amanhã nas redes sociais o #DesafioDaLeitura. A ideia é que todo mundo crie o hábito de ler pelo menos 15 minutos por dia, o que daria, em média, um livro por mês. Ancelmo contou também que apesar da crise, a Companhia das Letras teve seu melhor primeiro trimestre da história.

Já o Valor publicou uma matéria sobre a cultura brasileira e como lidar com os constantes cortes em seu orçamento orçamento, assim como a revisão da Lei Rouanet. "O Estado passa por uma necessidade de ajuste fiscal, e a cultura se vê colocada no meio de um debate que é, sobretudo, econômico", comentou Christian Castro, diretor-presidente da Ancine. A matéria apresenta também opiniões diversas sobre a manutenção e importância da Lei.

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[22/04/2019 08:00:00]