De Paris a Saquarema
PublishNews, Redação, 09/01/2018
Romance de Zé McGill mistura humor e suspense e traz originalidade às histórias de detetive

"Bom dia, eu matei um homem no verão de 1973, em Saquarema. Sei que você não me conhece e nem me perguntou nada, mas é que eu precisava tirar isso de dentro do peito. Nunca contei esse segredo a ninguém e já faz tanto tempo… Você não tem idade para ter conhecido o morto, portanto, não se preocupe demais. Espero não ter estragado o seu dia”. Este é o primeiro parágrafo de Saquarema Sete Três (Tinta Negra, 160 pp, R$ 33,90), livro de Zé McGill que conta a história de um tradutor brasileiro que vai morar em Paris e conhece, dentro do metrô, o seu algoz. A partir dessa abordagem, o protagonista embarca em uma jornada obsessiva em que busca desvendar os detalhes do suposto segredo que lhe foi confidenciado dentro do vagão. O cenário parisiense de 2015 se confunde com reflexões e delírios sobre Saquarema e o ano de 1973. A condição de estrangeiro, o exílio e a solidão se abraçam ao álcool, sonhos e pesadelos, ditadura militar, música, cinema e literatura. Assim o narrador tenta descobrir o que, afinal, aconteceu naquele verão de 1973, em Saquarema.

[09/01/2019 07:00:00]