Uma fábula madura
PublishNews, Redação, 30/07/2018
Livro utiliza uma trama de fantasia para abordar temas como política, opressão, conformidade e amadurecimento

A garota que bebeu a lua (Galera, 308 pp, R$ 49,90), de Kelly Barnhill, conta a história de um povo que mora num local conhecido como Protetorado. Na trama, todo eles deixam um bebê como oferenda para a bruxa que vive na floresta, na esperança de que o sacrifício a impeça de aterrorizar sua pequena cidade. É um povo triste, que vive isolado e protegido por muros, sem grandes distrações ou ambições. A lenda da bruxa se estende há anos, criada pelos Anciãos, os donos da cidade – mas eles sabem que não existe bruxa má nenhuma. Para os Anciãos, os bebês deixados ali acabam morrendo, comidos pelos bichos selvagens da floresta. Mas a crença da população na lenda ajuda a mantê-los sob rédea curta, e é isso que importa. O que ninguém sabe é que de fato existe uma bruxa que mora na floresta. Mas Xan não é nada má. Todo ano ela pega o bebê deixado pelo povo do Protetorado – sem entender exatamente por que eles abandonam suas crianças – e faz uma longa viagem para entregá-lo a uma família nas Cidades Livres, que cuida com carinho dos pequenos. Mas em uma das ocasiões ela sente uma conexão forte com a bebê da vez. E sem querer alimenta a menina durante a viagem com a luz da lua, substância dotada de magia extraordinária, o que acaba “embruxando” a garota.

[30/07/2018 07:00:00]