O romantismo alemão
PublishNews, Redação, 02/03/2018
Em ‘Noites florentinas’, Heinrich Heine cria uma narrativa que mistura lirismo e mordacidade em comentários sobre as cidades europeias, seus povos e costumes

Embora escrito num período turbulento, tanto na vida de Heinrich Heine quanto na história da Europa, Noites florentinas (Carambaia, 112 pp, R$ 68,90 – Trad.: Marcelo Backes) permitiu ao poeta transportar para a prosa a delicadeza de sua poesia, pelo menos nas primeiras páginas. É quando Maximilian chega à casa de uma mulher enferma, Maria, para durante duas noites distraí-la contando algumas de suas histórias. Nada sabemos sobre as relações anteriores entre os dois, mas o autor desenha um sutil e ambíguo jogo de sedução enquanto se desenrolam as lembranças de Maximilian – que promete abrir seu coração à interlocutora. As narrativas de Maximilian se encadeiam como várias histórias dentro de uma. Elas transitam entre personagens da ópera, obras de arte, a paixão de Maximilian por estátuas e mulheres mortas, além de considerações espirituosas sobre os franceses, ingleses e alemães. E ao longo do texto, o autor encontra maneiras de visitar as camadas mais profundas do romantismo.

Tags: Carambaia
[02/03/2018 07:00:00]